Cap 01

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Eram 10hs da manhã, Dulce e Anahí terminavam de organizar a nova casa recém alugada. Casa essa simples, mas com o carinho e criatividade das duas amigas tornou-se um lugar muito bem decorado e aconchegante, cheio de quadros e fotos das amigas espalhados pelos cômodos, espelhos, e outros detalhes coloridos, mas ao mesmo tempo delicados.

As duas amigas chegaram noite passada, estavam já esgotadas de mexer com toda aquela bagunça. Anahí foi a primeira a se jogar no lindo sofá vermelho da sala, logo seguida por Dulce, que se jogou na poltrona elegante e caríssima que mal terminara de pagar.

- Aiai... Estou acabada! – Anahí disse num suspiro, literalmente jogada no sofá.

- Eu também... E com fome!

- Mas valeu à pena! Olha só que linda nossa casa Dul!

- Any, essa casa ta linda! Ta melhor que meu AP – A ruiva disse num ar triste, parecendo nostálgica

- Amiga... – Any levantou-se olhando para a ruiva – Não quero te ver assim, vim pra cá porque quero te ajudar a seguir em frente!

- Você tem razão! Bola pra frente – Dulce forçou um sorriso ficando de pé – Vou tomar um banho! É daqui a pouco aquela entrevista de emprego.

- De verdade eu não te entendo, uma carreira incrível pela frente... Mas prefere ser babá!

- Eu te disse que quero começar tudo de novo, e isso envolve um emprego novo também.

- Louca! - Provocou a loira que como resposta apenas teve uma careta de Dulce

~''~

Christopher acabara de acordar, levantou-se e foi comer algo. Era uma quarta-feira, o relógio já mostrava meio-dia. A pequena Clara como sempre já estava acordada, sozinha vendo TV na gigantesca sala.

- Bom dia papai! – A menina sorriu em pé no sofá

- Clara, desce do sofá. Já falei que sofá é pra sentar, não pra ficar em pé. – Ucker respondeu sério se aproximando com um prato cheio de besteiras, sentou- se e mudou o canal que a menina assistia para um canal de esportes.

- Eu estava assistindo...

- Não é hora de ver TV, era pra você estar no colégio. Era também pra eu estar na agencia, mas to aqui por causa de mais uma babá pra você, já que todas as outras, você deu um jeito de espantar. Então mocinha, é minha vez de assistir.

- Espantei mesmo, eram todas chatas. E na verdade, a essa hora era pra você estar me buscando. – Clara insistiu, mas foi em vão. Mais algumas horas se passaram e o porteiro do luxuoso prédio de Ucker o liga do interfone, avisando que uma jovem estava lá. Ucker sabia que se tratava de mais uma das tantas candidatas a babá de sua filha, então permitiu que ela subisse. Não demorou muito e a campainha do apartamento tocou, a jovem esperava do lado de fora, Clara curiosa foi correndo atender.

- Oi gatinha! Tudo bem? – A jovem sorria para Clara, que sorriu de imediato para ela.

- Oi moça! Entra! – A menina a puxou pela mão para dentro do apartamento – Meu nome é Clara!

- Prazer, eu sou Dulce Maria!

- Eu já falei que era pra esperar eu atender – Ucker surgiu do corredor, mas assim que notou a jovem parada em sua sala, ele entorpeceu. Ali estava uma linda mulher, de longos cabelos ruivos e ondulados, vestida discretamente com uma blusinha branca de alcinha, calça jeans e sapatilha. Aquela jovem, era naturalmente linda, uma beleza incrível em seu rosto sem maquiagem, apenas um gloss claro e rímel. Christopher não perderia a chance de contratá-la, seria mais uma babá para passar uma noite em sua cama, e tão linda como Dulce, para ele seria impossível não aproveitar essa oportunidade.

- Oi! Sou Dulce Maria! – A jovem sorriu estendendo a mão para cumprimentar Christopher, que finalmente despertou de seu transe.

- Ah sim! Prazer sou Chris...

- Christopher Uckermann. – Ela sorriu completando - Eu sei... O dono da agência de modelos

- Isso! Você deve saber.

- Papai ta viajando! – Clara debochou

- Então, você veio para a entrevista – Ele a olhou de cima a baixo – Por mim já está contratada.

- Mas não quer ver meu currículo? Minha experiência? – Dulce perguntou incrédula.

- Não precisa! Eu gostei de você! – A pequena Clara se intrometeu sorrindo

- Então está ótimo! Pode começar hoje mesmo! Não posso mais esperar, minha mãe tem compromissos, não tenho mais com quem deixá-la e já não trabalhei hoje para cuidar dela.

- Mas senhor Uckermann, eu não vim preparada. No telefone sua secretária disse que hoje seria apenas uma entrevista.

- Eu disse para aquela incompetente avisar que precisa pra hoje - Resmungou - Tudo bem... Então venha amanhã, às 12hs passarei no colégio da Clara para pegá-la e você me encontra aqui. Só pra te avisar, depois talvez a tia da minha filha venha passar aqui, como sempre ela vem ver se contratei alguém que preste aos olhos dela, o nome dela é Maite.

- Minha tia May é linda! E super legal, você vai gostar dela! – Clara comentou sorridente

- Sua tia é xereta, isso sim!

- Ok... Amanhã, ás 12hs estarei na portaria te esperando senhor.

- E, por favor, não me chame de senhor. Acredito eu que temos quase a mesma idade. Pode me chamar somente de Ucker.

- Tudo bem. Então já que está tudo combinado, eu já vou indo.

- Dulce! Você tem namorado? – Clara perguntou rapidamente

- Não tenho não – respondeu sem graça

- Meu pai também não!

- Clara! - Ele a encarou como se tentasse repreende-la - Dulce, eu te levo até a porta – Ucker assim seguiu até porta sendo acompanhado por Dulce

- Bye Dulce! – Clara já sentada no sofá acenou com a mão

- Tchau princesinha! Tchau Senhor...

- Ucker – Ele a interrompeu.

- Tchau Ucker... – Ela se despediu sorrindo.

- Tchau Dulce - Ao vê-la entrar no elevador Ucker fechou a porta voltando para a sala – Clara, o que foi aquilo? Por que perguntou se ela tem namorado? Que coisa feia

- Você viu que cabelo lindo dela? Um dia vou fazer o meu igualzinho!

- Mudando de assunto né! – Ele a encarou – Não faça mais isso, já te disse que não quero que se meta em meus relacionamentos, isso não é assunto pra criança.

- Mas eu não quero que namore aquela chata da Belinda – Clara fez cara de nojo ao pronunciar o nome da namorada do pai.

- Mas você não manda em nada aqui! Você é uma criança e tem que aceitar o que eu escolher. Teimosa!

- Sou mesmo! – Clara fez careta, a menina não tinha muito respeito pelo pai, já que o mesmo não sabia mais se impor e nem parecia fazer questão.

- Bobinha! – Ele devolveu a careta - Agora fica quietinha que vou fazer uma ligação.

- Aposto que vai ligar pra contar pro tio Poncho da Babá "gostosona" - A menina fez aspas com as mãos debochadamente

Minha "Dulce" BabáWhere stories live. Discover now