Cálida neve {jjk+pjm}

제 9 장 | 2

PARTE 2

A dupla de amigos permaneceu o caminho inteiro calados, pois assunto nenhum veio à mente. Porém, não fora um silêncio agonizante, e sim relaxante. Não era necessário dizer uma única palavra para que eles soubessem que a presença de cada um ali estava fazendo uma grande diferença, visto que os dois estavam bem pertinhos um do outro, quase de mãos dadas, e um sorriso de canto estava estampado no rosto deles.

Talvez, não fosse a estação que estragava ou piorava uma relação, e sim o desinteresse das pessoas. Portanto, o Jimin e o Jungkook pareciam sempre interessados.

Ao chegarem ao asilo, não demoraram muito até entrarem novamente no táxi. O Jimin ficou o caminho inteiro conversando com sua avó, ato que era desigualado aos dois amigos pelo simples fato de não precisarem disso para terem uma boa companhia. Já a idosa gostava de bater papo, principalmente com as pessoas que amava, e ficar em silêncio era o que ela menos queria.

O Jimin disse a avó, novamente, que estava planejando uma exposição das suas obras. Ele disse que os quadros que iria apresentar seria os que pintou da sua mãe, da Dinah e da sua tia. Era importante fazer quadros com significado pois dava-os um ar mais leve, os tornava mais bonitos. E, com a sua grande ideia, além de ter um significado profundo, traria o sentimento de calmaria e aconchego a quem fosse ver.

As obras em que pintara da sua mãe eram um tanto quanto vulgares, pois, na maioria, a mulher estava nua, isso porque ela dizia que a arte mais bonita era o corpo humano e jamais se importaria em exibir seu corpo esbelto para várias pessoas poderem admirar. Se fosse pensar bem, não era, de fato, vulgar, era só exagerado demais para aquelas pessoas com pouco conhecimento da arte.

O Jungkook o escutava atentamente, absorvendo vários conhecimentos enquanto ele falava da sua exposição. É claro que ele o ajudaria, caso pedisse, e ele saberia muito bem o que fazer para o deixar feliz, pois, em todas as suas conversas mais profundas ele guardava cada informação para que assuntos como estes não passassem despercebidos, visto que eram os mais importantes.

Para se conhecer alguém não deve-se fazer muitas perguntas, apenas escutar, porque, certamente, a pessoa vai falando sobre si em assuntos em que, por conta do grande desejo de conhecer aquela pessoa profundamente, acabam sendo descartados da memória, por acharem que estes não fariam muito diferença.

Enfim, o Jungkook achava que perguntar sobre o passado de alguém seria invasivo demais, enquanto conversar normalmente levando a assuntos profundos como aquele, dizendo, por exemplo, sobre sua infância, fazia tudo se tornar bem mais leve, não deixando a pessoa nervosa ao contar coisas íntimas. E o garoto sabia que, cedo ou tarde, iria acabar contando sobre os seus pais, sem que seu amigo o perguntasse.

O Jimin comprou alguns biscoitos recheados na barraquinha que tinha perto do hospital, pois sabia que demorariam ali. Aquele dia não sorria, como ele esperava, apenas carregava uma áurea mais leve, por conta da carta que o garoto havia recebido. Ele mal podia esperar para chegar em casa e se empanturrar com todas aquelas rosquinhas ganhadas de presente.

Era fato que ele amava doce, qualquer pessoa que entrasse em sua casa poderia perceber, devido à grande quantidade de pacotinhos de bala espalhados pela cozinha. Ele sabia que aquele vício fazia um grande mal para sua saúde, mas, ultimamente, era uma das únicas coisas que a deixava feliz, nem que fosse apenas um pouquinho, e com ânimo para aguentar mais um dia.

A quimioterapia da sua avó poderia durar muito tempo até que ela melhorasse. O Jimin não conseguia acreditar como ninguém havia feito um exame na Dinah antes. Seria correto, na verdade, terem a levado ao médico dês da sua primeira dor de cabeça, pois, até mesmo ele, que não estudava medicina ou qualquer faculdade na área de saúde, sabia que idosos tinham uma imunidade bem mais baixa do que jovens ou crianças e que, nem que fosse apenas uma dor mínima, deveriam considerar aquilo como caso sério.