Dívida criminal 2T - noany

Capítulo 12

Certo. Eu já tinha feito aquilo antes, não tinha como dá errado.
Sigo as instruções do Bailey na escuta e corto a porra do fio que ligava o rastreador do carro forte.

O sistema apaga e solto a respiração aliviado. 

-Ja pode abrir- falo pela ponto.

Não demora muito e Lamar abre a porta de trás do carro forte. Tínhamos feito um buraco do lado da lataria e jogado um gás. Os policiais estavam desacordados e tínhamos vinte minutos para pegar todos os malotes e fugir.

-são dez malotes cara, vamos ter que ser mais que rápidos para transportar pro caminhão.

Droga, era só o que me faltava agora. Desço da frente do carro e dou a volta entrando na parte de trás. Era malotes grandes e aquilo podia atrasar as coisas.

-conseguiu detectar algum rastreador nos malotes?- pergunto olhando pro Lamar.

-não, tudo limpo.

Josh estaciona a vam do lado do carro forte e começamos a passar os malotes.

-treze minutos.

Bailey alerta na escuta e nos apressamos. Eu estava suando, nervoso. 
Terminamos de passar os malotes pra vam e corremos pros carros. Meu coração estava muito acelerado e eu já podia ouvir os carros da polícia...

...

Any on:

Olho pro teto todo branco do quarto do hospital e respiro fundo pela milésima vez. Eu estou cansada, com dor de cabeça e enjoada.
Está preocupada com Noah me deixa assim, a beira de ter um ataque.

Passo a mão sobre minha barriga e agradeço a Deus em silêncio por não ter tirado meus filhos de mim, eu não aguentaria uma perda dessas.

-vocês bem que podiam dá um sinal de vida- sussurro olhando pra minha barriga coberta pela camisola do hospital.

Fico acariciando e sussurrando algumas palavras bonitas, devem está dormindo. Uma pontada me faz ficar surpresa e sorrio contente. Passo a mão sobre o mesmo local e posso sentir outra vez uma pontada.

-isso bebê, mostra pra mamãe que você está acordado.

Uma lágrima risca meu rosto e fico alisando minha barriga. Eu não via a hora de segurar meus filhos. Minha pequena Wendy e meu pequeno Marco.
Ainda não contei ao Noah, que quero fazer essa homenagem aos pais dele, espero que ele goste muito da ideia, mas pra isso acontecer, ele tem que voltar sã e salvo.
Como um passe de mágica, Noah, passa pela porta do meu quarto e sorrio abertamente quando vejo um buquê de rosas brancas. Ele estava um pouco sujo e tinha sangue seco na testa dele.

-eu prometi que voltaria.

Concordo e ele se aproxima beijando minha testa. Noah põe as flores na mesinha e senta na cadeira ao lado da cama.

-você está bem, está todo machucado.

-eu não queria te preocupar mas, eu me meti numa briga com um policial, ele conseguiu me alcançar e eu tive que me livrar dele...

-o quê?

Noah suspira pesadamente e aperta a minha mão.

-a polícia está na minha cola e na dos meninos.

Eu sabia que uma hora o outro isso iria acontecer. A vida deles é muito errada e tenho certeza que se a polícia tive uma ficha criminal deles, eles poderiam ser presos a qualquer minuto.

-eu decidi que vou dar o nome dos seus pais aos bebês.

Falo aquilo para quebrar a tensão no ar e ele ergue o olhar pra mim. Noah parecia surpreso, mas não deixa de sorrir. Ele alisa minha barriga todo bobo e morde o lábio inferior quando sente um chute.

-isso foi...

-sim, eles começaram a dar sinais de que realmente estão entre nós dois.

Uma lágrima escorre pelo o rosto dele e a enxugo com carinho.

-eu prometo que vou resolver tudo, que nada vai me impedir de ver os meus filhos crescer, nem que pra isso eu tenha que deixar essa vida...

-Noah, você não pre...

-sim, Any, eu preciso. Vocês são a minha vida e eu não quero perder nada.

Concordo com ele e fico imaginando uma vida sem todos esses perigos, mas isso não seria nada fácil. Se a polícia está atrás deles, nada seria capaz de impedir que eles passassem um bom temporada presos.