Capítulo V: Madame Malkin

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   O Sol refulgia numa pilha de caldeirões à porta da loja mais próxima. Caldeirões — Todos os Tamanhos — Cobre, Latão, Estanho, Prata — Automexediço — Dobrável, dizia um letreiro acima.

— É, está pedindo um na sua lista — disse Remus —, mas temos de apanhar o seu dinheiro primeiro.

   Vários garotos mais ou menos da idade de Harry espremiam os narizes contra a vitrine da loja Artigos de Qualidade para Quadribol, Harry conhecia a loja pois já a visitara algumas vezes, o garoto era totalmente fascinado por Quadribol, e em sua opinião, era o melhor esporte do mundo.

—Olhe — Harry ouviu um deles dizer —, a nova Nimbus 2000, mais veloz do que nunca.

   Havia lojas de vestes como a Madame Malkin, lojas com equipamentos de Astronomia, lojas vendendo ingredientes para poções e...

- Hagrid — disse Remus — Que bom te ver!

   Harry imediatamente se virou ao ouvir aquele nome, pois já havia o ouvido quando Sirius lhe contara a história do dia em que o tomara do meio-gigante para criá-lo.

— Remus, quanto tempo! — e então virou-se para Harry — Não o vejo desde que era um bebê Harry, você se parece muito com o seu pai, mas tem os olhos da sua mãe.

—Então Hagrid — recomeçou Remus —, o que faz aqui?

—Estou a serviços de Hogwarts - disse o meio-gigante — vim pegar algo importante em Gringotes.

—E o que é essa coisa importante, Hagrid? — perguntou um curioso Harry — Conta, vai!

—Ah desculpe Harry, mas não posso - disse ele —, você deveria ir comprar seus materiais, não?

—Viemos sacar dinheiro no cofre dele primeiro, Hagrid. — foi Remus quem respondera — e é melhor irmos logo, vamos Harry, Padfoot espere aqui.

   Dois duendes se curvaram quando eles passaram pelas portas de prata e desembocaram em um grande salão de mármore. Havia mais de cem duendes sentados em banquinhos altos atrás de um longo balcão, escrevendo escrevendo em grandes livros-caixas, pesando moedas em balanças de latão, examinando pedras preciosas com óculos de joalheiro. Havia ao redor do saguão portas demais para contar, e outros tantos duendes acompanhavam as pessoas que entravam e saíam por elas. Remus e Harry se dirigiram ao balcão.

—Bom dia — disse Remus a um duende desocupado — viemos sacar algum dinheiro do cofre do Sr. Harry Potter.

—O senhor tem a chave?

—Claro, está aqui — disse Remus mostrando uma chavinha de ouro.

   O duende examinou-a atentamente.

—Parece estar em ordem. Vou mandar alguém levá-los ao cofre. Grampo!

   Grampo era outro duende, Harry e Remus acompanharam Grampo a uma das portas que havia no saguão, Grampo segurou a porta aberta para eles passarem.

   Após sacarem uma boa quantia de dinheiro, foram se encontrar com Padfoot do lado de fora.

—Vamos comprar logo seu uniforme — disse Remus — escute Harry, eu e Padfoot vamos à floreios e borrões comprar seus livros, enquanto você compra seu uniforme, ok?

   Harry acenou a cabeça em concordância e então adentrou a loja. Madame Malkin era uma bruxa baixa, gorda e sorridente, toda vestida de lilás.

—Hogwarts, querido? - perguntou - Tenho tudo aqui. Para falar a verdade, tem outro rapazinho agora ajustando uma roupa.

   Nos fundos da loja, um garoto de rosto pálido e pontudo estava em pé em cima de um banquinho enquanto uma segunda bruxa encurtava suas compridas vestes pretas. Madame Malkin colocou Harry num banquinho ao lado do outro, enfiou-lhe uma veste comprida pela cabeça e começou a marcar a bainha na altura certa.

—Alô — cumprimentou o garoto — Hogwarts também?

—É — confirmou Harry.

—Meu pai está na loja ao lado comprando meus livros e minha mãe está mais adiante procurando varinhas  — disse o garoto. Tinha uma voz de tédio, arrastada — que até tinha um certo charme —, pensou Harry.

—Meu padrinho também está na loja ao lado comprando meus livros.

—Hum, acho depois vou levar meus pais para dar uma olhada nas vassouras de corridas. Não vejo por que os alunos de primeira série não podem ter vassouras individuais. Acho que vou obrigar papai a me comprar uma e vou contrabandeá-la para a escola às escondidas.

   Harry também gostaria de ter uma vassoura mesmo sendo um primeiranista, mas não chegaria a contrabandear uma, começou a estranhar o garoto um pouco.

Você tem vassoura? — perguntou o garoto.

—Não.

—Sabe jogar Quadribol?

—Sei — Harry exclamou, sentindo-se animado agora que a conversa fora voltada a algo que ele gostava.

—Eu também sei, meu pai falou que vai ser um crime se não me escolherem para jogar pela minha casa, e sou obrigado a dizer que concordo. Já sabe em que casa você vai ficar?

—Bom, ninguém sabe mesmo até chegar lá, não é? — disse Harry

—Bem, é, mas sei que vou ficar na Sonserina, toda a minha família ficou lá, imagine ficar na Lufa Lufa, acho que eu saía da escola, você não?

—Ah, não sei, não me importo muito, acho que não faz muita diferença — retorquiu Harry com rispidez, já não gostava do garoto.

—Acha, é? — disse o garoto com um leve desdém — Mas mudando de assunto, você disse que veio com o seu padrinho, não é? Por que é que ele está te acompanhando? Onde é que estão os seus pais?

—Estão mortos — respondeu Harry secamente. Não tinha mais muita vontade de alongar o assunto com esse garoto.

—Ah, lamento — disse o outro, sem parecer lamentar nada — Mas eram do nosso povo, não eram?

—Eram bruxos, se é isso que você está perguntando.

—Eu realmente acho que não deviam deixar outro tipo de gente entrar, e você? Não são iguais a nós, nunca foram educados para conhecer para conhecer o nosso modo de viver. Alguns nunca sequer ouviram falar de Hogwarts até receber a carta, imagine. Acho que deviam manter a coisa entre as famílias de bruxos. Por falar nisso, como é o seu sobrenome?

   Harry estava prestes a fazer um discrso em favor aos nascidos trouxas, mas antes que pudesse dizer algo Madame Malkin anunciou:

—Terminei com você, querido - E Harry, nada frustrado com a desculpa para interromper a conversa com o garoto, pulou do banquinho para o chão

—Bom, vejo você em Hogwarts, suponho — disse o garoto de voz arrastada.

—Até — disse Harry e logo saiu da loja, e foi à Floreios e Borrões se encontrar com seus padrinhos.

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Oie seus lindos! Peço mil desculpas pelo capítulo estar tão curto e eu ter demorado pra postar hoje, é que eu acordei meio mal, enjoada sabe? Mas estou aqui, e só deixo de escrever no dia prometido se eu quebrar os dois braços ou for internada com corona ù-ú

Bem, foi isso por hoje, a primeira vez que Drarry se encontrou.

Um beijão meus xuxus, até amanhã!

Um beijão meus xuxus, até amanhã!

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O Marotinho - E se o Harry fosse criado por WolfStar?Where stories live. Discover now