Verso 1: Brevemente infinitos.

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Notas Iniciais: meus agradecimentos a Teeh, a Bea e a Gabi pela betagem, vocês são sempre muito incríveis e pacientes comigo.

Boa leitura, seus lindos, e sejam bem-vindos de volta a viagem para Multiverso! <3


Para alguns, segundas-feiras podiam significar recomeço, uma oportunidade de ser e de fazer melhor, mas para mim, segunda-feira sempre havia sido apenas mais um dia como qualquer outro

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Para alguns, segundas-feiras podiam significar recomeço, uma oportunidade de ser e de fazer melhor, mas para mim, segunda-feira sempre havia sido apenas mais um dia como qualquer outro. No entanto, foi naquela segunda-feira específica que minha vida virou de cabeça para baixo, literalmente falando.

O sangue escorria pela lateral do meu rosto e minha visão estava turva como o inferno. Independente de quem ou o que estivesse ouvindo os meus pensamentos, eu repetia a mim mesmo que eu estava pronto. Onde estava a bendita luz? Ela apenas deveria aparecer e me levar de uma vez.

Basicamente, eu era um escritor que escrevia tudo aquilo que jamais viveria. Meus dias monótonos se resumiam a regar plantas pelas manhãs, as tardes sendo dedicadas ao meu emprego em uma livraria que decaía aos poucos em falência, as noites eram gastas com a escrita e finais de semana para levar Aslan ― meu labrador babão ―, para passear pelo parque.

Eu odiava concordar com a minha mãe, mas eu era a droga de um solitário, arrastando-me pelos dias e fugindo de qualquer tipo de demonstração afetiva, diferentemente da maioria das pessoas da minha idade. Sexo não era o meu ponto alto como os diálogos que eu ouvia dentro do metrô, eu me sentia excitado e coisas assim, mas nada que a imaginação não resolvesse.

Há quase meia-hora atrás eu era apenas um cara pronto para sair de casa. Havia pego as chaves do carro, olhado uma última vez para Aslan ― que estava rebeldemente deitado em cima do sofá ― e resmungado algumas palavras como:

― É bom não comer nada não-comestível enquanto eu estiver fora, não quero meus móveis ou chinelos pela metade, estamos entendidos?!

Me lembro que ele devolveu com um latido. Eu revirei os olhos ao pensar que, com certeza, ele não atenderia ao meu pedido e que como sempre, eu não deveria esperar por uma resposta sensata.

O tempo estava fechado a meia-hora atrás, as calçadas vazias e regadas por pós-chuva. Acomodei a jaqueta jeans no corpo e entrei no meu carro velho. Enquanto o dirigia, meu celular vibrou. Desbloqueei a tela do celular e percebi que estava recebendo uma ligação. Era a minha mãe. Não era para dar uma boa notícia, provavelmente.

― Baekhyun?

― Mãe, eu estou no trânsito. ― Meus olhos atentamente analisavam a direção do carro enquanto eu equilibrava com o ombro, o celular em meu ouvido.

― Como foi o encontro?

― Eu não fui.

― Como assim, não foi? ― O tom parecia de reprovação.

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