Será assim então?

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                CAPÍTULO 15

- Kisa, por favor espere... - Pediu Kou arfando, havia quanto tempo que não movimentava seu corpo afinal?

- Me... Me explique o que está havendo? - Peguntou completamente confuso, sem conseguir aceitar muito bem a ideia de que passara os últimos dois meses sofrendo atoa.

- Eu irei, apenas espere estarmos seguros. - Pediu Kisa sorrindo levemente e passando o braço direito de Kou sobre seus ombros.

- Estamos quase chegando. - Disse erguendo o peso de Kou e lhe amparando na caminhada.

Kou ia contestar mais uma vez quando conseguiu ver algo, era uma visão que enchia os olhos.

Kisa e Kou, que estavam sobre um monte, assim que chegaram à beira da daquela pequena montanha puderam ver as várias e várias barraca e armações de acampamento se expandindo pelo horizonte do fim da tarde. Era uma base armada.

Kisa sorriu levemente ao lado de Kou e achou um caminho para baixo, não tardou muito até alcançarem aquelas tropas.

- Kiss, por Deus, você está bem! - Cumprimentou um homem forte com cabelos castanhos se aproximando dos recém chegados e parecendo aliviado.

Kou lhe lançou um olhar curioso e repreensivo. Como ousava um desconhecido chamar o Jovem mestre do clã Nakamura de apenas "Kisa"?

- Sim, apenas fui buscar Kou, não precisava se preocupar. - Sorriu Kisa levemente e o outro pareceu relaxar. Kou lhe lançou um olhar confuso. Quem era aquele homem e como Kisa ficara tão íntimo dele?

- Houver alguma novidade na minha ausência? - Perguntou Kisa imediatamente.

- Sim, porém o clã Kobo está resistindo às negociações, estão com muito medo dos malditos Nara. - Disse o homem com certa raiva e urgência na voz.

- Entendo... Bem, isso é compreensível. - Ponderou Kisa brevemente antes de chacoalhar a cabeça.

- Eu encontro você no centro em alguns minutos, irei levar Kou para a minha instalação. - Disse lá lançando um sorriso gentil a Kou que estava um pouco desconfortável com aquelas pessoas curiosas se aproximando.

- Tudo bem. Seja bem vindo, Cavalheiro Kou. - Cumprimentou o homem com um aceno e logo se retirou apressado.

Kisa e Kou caminharam por dentre aquelas inúmeras barracas e aqueles inúmeros soldados até chegaram a uma tenda consideravelmente confortável.

- Kisa, o que estava havendo, me diga, por favor. - Implorou Kou sem mais cabeça para aquela loucura toda assim que adentram o abrigo.

- Kou, você passou tanto tempo preso no Palácio do Sol, por favor descanse um pouco. - Pediu Kisa empurrando Kou com carinho até a cama armada naquela barraca espaçosa.

- Eu irei explicar tudo amanhã, prometo. Não se esforce muito mais hoje. - Disse lhe dando um delicado selinho.

- Voltarei mais tarde. - Sorriu brevemente antes de sair "porta" afora.

Assim que Kisa sumiu, o coração de Kou apertou levemente e sua mente se tornou inquieta e desesperada. Quem garantiria que Kisa não iria embora novamente?

Ele não pôde se manter sentado, portanto começou a andar de um lado para o outro inconscientemente. Sua cabeça estava repleta de questões das quais não tinha nem ideia das respostas.

O que Kisa havia feito nos últimos meses? Como pôde passar tanto tempo sem dar sequer uma sinal de vida? Como pôde sobreviver quando Kou jurou vê-lo se matar?!

Imprevisível DestinoWhere stories live. Discover now