Posso simplesmente acabar com isso?

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"Eita poha, a 14 ta viva?"
Sim, estou. Boa sorte :3

                           🐛

                 CAPÍTULO 24

- Ei, Kisa, você está bem? - Perguntou Shun se levantando e indo até Kisa preocupado.

  A aparência de Kisa era assustadora.

- Não me toque. - Mandou Kisa em um tom de voz rispido, batendo na mão de Shun que se estendeu gentilmente.

  Após aquela sessão de tortura Kisa não podia dizer se ela fora bem sucedida ou não. Por um lado ele descobriu quem matou Kondo, por outro ele queria se matar.

- Você... O que aconteceu lá em baixo? Você está machucado? - Perguntou Shun vendo Kisa se jogar na cadeira mais próxima que encontrou.

- Fique quieto o porra de um segundo. - Mandou Kisa entre dentes, sentindo a cabeça rachar ao meio. Dessa vez Shun parou de falar e observou Keita fechar os olhos e suspirar profundamente.

- Como estão as coisas na base principal? - Perguntou Kisa ainda com os olhos fechados e o sangue quente. Era a primeira vez que ele sentia tamos sentimentos juntos, todos gritando ao mesmo tempo. Era insuportável.

- As batalhas acontecem todos os dias por lá, nenhum dos lados dá trégua portanto é difícil prever o vencedor. - Informou Shun com a voz suave.

- Onde está o Líder Yamato? -

- O último relato veia da capital Shinobu, mas o Líder nunca deixou claro o que pensa então não é certo onde ele está agora. - Informou Shun novamente proativo, dessa vez ele se se sentou na outra cadeira à borda da mesa daquela simples sala de jantar.

- Alguma notícia sobre algum outro membro do nosso clã? - Perguntou Kisa abrindo os olhos e vendo a expressão triste de Shun.

- Somos os últimos Nakamura. - Disse apenas.

- Como está a segurança no Palácio do Sol depois que Kondo foi morto? - Dessa vez a pergunta realmente importava à Kisa.

- Reforçada. - Respondeu Shun apenas, mas já imaginando os pensamentos de Kisa.

- Merda. - Praguejou Keita cerrando os punhos, irritado pela confusão em sua própria cabeça.

  Ele sabia bem que se duelasse contra Kou suas chances de ganhar eram boas. Ele cresceu com Kou, conhecia seus princípios e suas técnicas. Mas o problema não era esse.

  Apenas imaginar ficar frente a frente com Kou, vê-lo de tão perto e mesmo assim não poder abraçá-lo. Kisa não concebia a ideia, era simplesmente impossível ele abandonar seu amor de oito anos e acabar com a vida de Kou em alguns segundos. Mas algo precisava ser feito.

  Isso era certo: algo precisava ser feito.

- Keita, você pode gritar comigo ou me xingar, mas nós faremos uma meditação de limpeza agora. - Impôs Shun com a voz firme, sem dar espaço para Kisa negar.

- Tanto faz. - Mumrurou Kisa cansado. Ele sabia que se Shun quisesse ele faria qualquer coisa mesmo que tivesse que usar a força, e Kisa também sabia que sua alma agitada estava instável. A melhor era a opção de Shun.

- Ótimo. Concentre-se na sua respiração. - Pediu ele com o tom de voz ameno, acendendo dois incensos sobre a mesa e pegando um pequeno instrumento de sopro que cabia na palma de sua mão.

  Kisa respirou fundo aquele cheiro adocicado do incenso e a música calma e prolongada começou. Era relaxante, ele conseguia sentir cada batida do seu coração desacelerar, cada célula acalmar-se, cada pensamento sumir. Bastaram alguns minutos até toda a sobrecarga tomar Kisa e ele adormecer.

Imprevisível DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora