Capítulo 23

399 33 11
                                    

S/n pov:

No dia seguinte, eu liguei pro meu pai e marquei de nos encontramos, os três.
À noite, fomos pra um restaurante, pedimos e eu decidi contar logo:
- Mãe, pai, eu tenho que contar uma coisa para vocês.
Meu pai se alarmou:
- Acontece alguma coisa?
- Aconteceu, mas não é ruim.

Mostro o anel e digo:
- Eu tô noiva!
Meu pai se levanta e me abraça, dizendo que não podia estar mais feliz. Minha mãe diz:
- É com aquele menino, o Noah?
- É mãe, e eu espero que você não dê a sua não esperada opinião sobre isso.
- S/n, você é muito nova. E esse menino vive viajando pelo mundo o ano todo, e ele é cantor, você não acha que ele vai te trair com uma fã ou uma menina do grupo?
- Nossa! Eu não achei que você me ofenderia assim. Como você pôde ir tão baixo assim. Por quê?

Meu pai intervém:
- Ok, vamos todos nos acalmar e lembrar que estamos em um restaurante...

Minha mãe interrompe gritando:
- Eu não vou me acalmar, foi a SUA filha que quis ficar namorando famosinho! Foi a SUA FILHA que quis
seguir essa carreira de VAGABUNDA! Foi a SUA FILHA que DEIXOU aqueles homens ESTUPRAREM ELA!

Eu respondo, calmamente:
- Eu não quero você no meu casamento! Nem na minha vida. Até nunca mais!

Meus olhos se enchem de lágrimas, pego minha bolsa e vou embora. Do lado de fora, ligo pro Noah.

- Amor, você pode vir me buscar?
- Eu já tô indo. O que aconteceu? Você tá chorando?
- Eu te explico no carro.

Meu pai aparece:
- Ela sempre foi tão calma com você.
- É, quando eu obedecia o que ela queria pra minha vida.
- S/n...
- Não, pai. Isso que ela fez a minha vida toda foi abusivo. Me impedia de fazer o que eu queria. Ela nunca me deixou fazer teatro nem aulas de canto, nem entrar num coral. Foi briga pra convencer ela a me dar um violão de presente e ela sempre torce o nariz se me escuta cantando.

Eu seco as lágrimas:
- Enfim, eu ia convidar vocês dois pra um jantar com o Noah e os pais dele. Você vai?
- Claro que eu vou. E eu vou levar você até o altar.

Eu o abraço e ele volta pra dentro. Uns dois minutos depois, Noah chega e nós vamos pra uma pizzaria e eu conto tudo:
- Você acredita que ela disse que foi minha culpa o que os caras fizeram? Inacreditável! E também...foi ela que me fez pensar que o que aconteceu com você foi minha culpa também...
- Você sabe que nada disso foi sua culpa. Ela tá só tentando te atingir, e ela foi muito embaixo.
- Eu sei. Acho que não me abalou muito. Mas olha, meu pai me apoia e disse que vai estar comigo sempre. E os seus pais reagiram como?
- Muito bem. E eles pediram pro jantar ser lá em casa. Ah, e eu aposto que minha mãe vai querer te ajudar com o planejamento.
- A sua mãe é um amor. Ah, lembrei. Eu consegui marcar a prova dos bolos pra amanhã a tarde, pra você poder ir
- Isso é ótimo! E...
O celular dele toca:
- Alô?
- Noah, é a Any. Você olhou alguma rede social hoje?
- Não, por quê?
- O vídeo da mãe da S/n viralizou.
- Peraí que eu vou passar pra ela.

Eu faço uma cara de "o que foi?" e ele me passa o celular.
- S/n, você tá bem? Olhou alguma rede social essa noite?
- O que aconteceu?
- O vídeo da sua mãe viralizou.
- De agora a pouco? Dela gritando comigo?
- Esse mesmo. Você vai se pronunciar?
- Acho que sim né. Vou explicar assim que chegar em casa.
- Tá certo, mas toma cuidado com as palavras. Nada em duplo sentido e nada de ironias. Eles acham interpretação errada em cada "a".
- Tá bom. Depois eu te aviso como foi. Ou você fica sabendo.

Desligo, pagamos a conta e vamos pra casa. Ele tá dormindo lá o tempo todo, então já é nossa casa. Eu lavo o rosto, tiro a maquiagem borrada e começo uma live. Em poucos segundos já tinha 15mil pessoas assistindo.

- Oi gente. Fazendo essa live pra explicar o que aconteceu no restaurante. Sim, eu fui abusada sexualmente esse ano. Não foi por ninguém da minha família e os responsáveis foram presos. Quanto a briga, eu não via meus pais pessoalmente desde 4 meses atrás, eu acho. E o jantar foi pra contar uma coisa que vocês ainda vão ficar sabendo mais pra frente, meu pai me apoiou mas minha mãe já não vinha me apoiando nas minhas decisões, desde quando eu decidi seguir uma carreira baseada na minha paixão.

Noah me interrompe, sem aparecer na frente da câmera:
- E ela me acha uma péssima influência, que eu que coloquei essas ideias na cabeça da S/n.
- Isso também.

Comentários
* Pra ela achar o Noah uma má influenciar, ela deve ser doida
*Mano essa mulher deve ser retardada
* Que mãe que faz um filhos passar essa vergonha na frente de todo mundo?
*Que filha da puta a sua mãe

- Eu também quero pedir a vocês pra não xingarem ela. Ela pode ser um monstro que nunca mais vai fazer parte da minha vida, mas só quem pode xingar sou eu. Enfim, esse assunto morre aqui. Era isso. Tchau.

Noah fala:
- Sabe, você devia tentar ligar alguns fãs antes de desligar.
- Eu sei, mas eu quero me ocupar com outra coisa.

Ele dá um sorriso safado e me empurra na cama. Nós rimos e começamos a tirar as roupas. Ele faz aquilo que eu amo, beijando meu pescoço e descendo enquanto eu digo:
- Noah...oh, Noah...caralho...você é bom nisso...muito muito bom.

A

í já sabem, começamos. E dez minutos depois, deitamos lado a lado e eu disse:
- Sabe...vai ser muito bom estar com você na cama todos os dias.
- É. Eu achei um lugar.
- Sério? Onde?
- No prédio ao lado. Eu marquei uma visita pra amanhã de manhã, tinha esquecido de te contar. O que você acha?
- Eu acho ótimo.

Na manhã seguinte, visitamos o lugar. Era um duplex, dois quartos, uma suíte, um banheiro, uma cozinha e uma sala. Eu já conseguia imaginar nossos filhos brincando, aprendendo a ler, crescendo em meio à música. Virei pro Noah e disse:
- É perfeita.
- Você tá chorando por causa de uma casa?
- Cala a boca... eu tô.
- É perfeita mesmo.

Uns dias depois, lá estávamos nós, nos mudando pra o nosso lugar.

Dizem Que Não Dá- Fic interativa- Noah Urrea- Now UnitedDonde viven las historias. Descúbrelo ahora