Capítulo 5 - Será?

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INÊS— Vamos embora, Vitoriano, eu converso com você em casa! – Inês observou o rosto vitorioso de Loreto e sentiu desespero. – Maldito!

VITORIANO— Se voltar a se aproximar de Inês, seu maldito filho de uma puta, eu mato você! – os rostos estavam próximos e os dois gladiavam...

Vitoriano segurou a mãos de Inês e os dois caminharam em direção a saída. Um tiro foi disparado... Inês gritou assustada...

LORETO— Que passa na sua cabeça, Emiliano? – Loreto gritou assustado com tiro que resvalou seu corpo mas não o acertou.

INÊS— Por Deus, Emiliano! Não! – ela gritou assustada caminhando em direção ao filho. Emiliano trazia uma arma em suas mãos e apontava para Loreto.

EMILIANO— Quem você crê que é para que aponte uma arma para minha mãe? – Emiliano gritou na direção de Loreto.

LORETO— Eu sou seu pai, Emiliano... Sú papá!

Emiliano abaixou a arma em total desespero. O rosto perdeu a cor e ele simplesmente não conseguiu conter a surpresa de seu rosto. Voltou-se para Inês, que loucura era aquela?

EMILIANO— Mãe, quem é aquele homem? Por que ele está dizendo que é meu pai? Meu pai está morto!

INÊS— Emiliano... – Inês engasgou-se, não havia como mentir.

Durante todo aquele tempo dissera a Emiliano que o pai havia morrido. Queria proteger o filho de todo mal que a companhia de Loreto podia trazer a vida deles.

O chão pareceu flutuar com o olhar triste e questionador que Emiliano destinou à ela. Não mentia para ele, nunca lhe dizia coisas que não eram. Sobre Loreto, precisara não contar a verdade. Como dizer a um filho que o pai está na cadeia por assassinato?

LORETO— Eu sou seu pai, Emiliano! E estou apontando a arma para Vitoriano, não para sua mãe. – Loreto se aproximou ganhado espaço na conversa. – Porque esse homem quer me separar de sua mãe, da minha mulher!

VITORIANO— Cale essa boca, animal!

Vitoriano avançou aos golpes sobre Loreto e tal como na adolescência dos dois, Loreto apanhava de forma clara. Inês avançou sobre eles na tentativa de separar a briga, mas era impossível. Os dois se socavam enquanto gritavam insultos. Pareciam dois animais e por mais que ela implorasse que ele parassem, mais se golpeavam, mais se feriam.

Inês, em desespero, pediu a ajuda a Emiliano e sem que pudesse controlar sua fala, confirmou:

INÊS— Segure seu pai, Emiliano! Estão loucos! Vão se matar! – gritou tentando fazer o filho reagir e separar a briga.

Emiliano reagiu e segurou Vitoriano afastando-o. Com gritos fortes e empurrando seu corpo contra o dele conseguiu criar distância. A briga foi interrompida, não porque os dois desejassem, mas porque Vitoriano não queria machucar Emiliano.

VITORIANO — Você é um imbecil, Loreto!

LORETO— É por isso, meu filho, que eu voltei! – Loreto limpou a boca que sangrava. –Para buscar você e sua mãe!

INÊS— Cale a boca, seu maldito! – ela voltou-se desesperada para o filho. – Meu amor, vamos conversar em casa, eu posso explicar! – os olhos cheios de lágrimas enquanto o filho se desvencilhava de seus braços.

VITORIANO — Vamos Inês! Vamos embora daqui Emiliano! Vamos deixar esse verme!

EMILIANO— Meu pai? Você é meu pai? – pronunciava aturdido, sem saber como reagir.

LAS AMAZONAS - Esperando por seu amorWhere stories live. Discover now