Chan | apartamento 2.

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Song imagine.
Escutem a música da multimídia.

⚠️ talvez esse capítulo possa causar gatilho de violência, se não se sentir bem não leia ⚠️

chan's point of view
3h da manhã, sexta-feira, dia 2.

De novo esse barulho vindo do apartamento acima do meu... Eu perdi as contas de quantas vezes a escutei chorando só essa semana.

Consigo ouvir barulho de vidro quebrando fortemente no chão ou na parede, e um choro. O choro dela.

Eu pensei ser um sonho, mas acredito que eu esteja enganado, não é possível que esse sonho seja tão real.

Estou preocupado demais para dormir. Preocupado e inquieto. Levanto da cama e coloco meu casaco. Entro no elevador e aperto o número dois, que me levará até o segundo andar. Bato na porta assim que chego na frente da mesma, depois de caminhar pelo corredor não tão grande.

- Ham... Oi? - ela disse assim que abriu a porta.
E la estava ela, com os olhos meio avermelhados pelo choro.

- Está tudo bem aí? - pergunto tentando não ser tão intrometido. Ela me olha sem expressão alguma e abre a boca diversas vezes tentando achar o que falar - é que... Eu... Eu ouvi de lá debaixo. Do andar de baixo, eu moro lá...

- Sim, está tudo bem! - ela diz depois de olhar para trás, pra dentro de casa. - você deve ter se enganado... Está tudo bem por aqui - ela forçou um sorriso.

- Ah... okay então. - me viro para ir andando, mas antes escuto a dizendo algo.

- Mas... Mesmo assim obrigado por se importar. É muito gentil da sua parte, ja que são 3h da manhã.

Faço um aceno com a cabeça e volto para o corredor. Entro no elevador e volto para dentro do meu quarto.

Eu devo ter me enganado. Mas mesmo assim a sensação de preocupação com ela não mudou.

2:45 da manhã, segunda-feira, dia 5.

De novo, De novo! A escuto chorando novamente. E dessa vez a voz dele. A voz dele meio grogue, talvez de bebida... Não tem como saber.

Eu não quero ser um intrometido, mas não quero deixá-la passar mais por isso. Mas ela insistiu em dizer que foi coisa da minha cabeça, na segunda vez que fui lá, exatamente um dia depois da primeira vez.

Peguei novamente o elevador e apertei para o segundo andar. Bati na porta e ela atendeu. Seus olhos não enganam ninguém.

- Você pode confiar em mim... - digo assim que ela abre a porta.

Seus olhos pedem por algo. Mas eu não sei dizer o que é. Ela fecha a porta e se aproxima de mim. Sinto seus braços em volta do meu pescoço. É um abraço. É disso que ela precisava.

Sinto a começar a chorar em meu ombro. Minhas mãos estão estendidas por não saber se a abraço também. Mas devo enrolar meus braços em voltar de sua cintura, como um abraço de verdade deve ser.

- Obrigada por se preocupar! - ela diz baixinho entre o choro.

Eu não sei o que dizer, então fico apenas retribuindo o abraço até que ela decida parar.

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⏰ Última atualização: Nov 03, 2020 ⏰

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