Koo não é um coelho

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#FoiPorCausaDasCenourinhas

Céus, o que era aquilo?

Pele? Ainda por cima parecia estar pegando fogo. E o peso em cima do meu corpo. Onde Bunny estava?

Eu precisava fazer alguma coisa ou talvez morreria torrado pelo calor que aquele corpo estava emanando.

Com um pouco de receio por me mover, estiquei meu braço direito até alcançar o abajur em minha cômoda e acendê-lo.

Eu não sei se me sentia desesperado ou se controlava meu coração para não ter um ataque.

A primeira coisa que vi foi uma cabeleira cor de rosa, completamente desgrenhada sobre meu peito. Parecia um menino.

Ele estava com os braços envoltos em meu tronco, assim como as pernas entrelaçadas as minhas, descansando tranquilamente ali. Parecia extremamente confortável também, ao contrário de mim, que estava sendo esmagado.

Sinceramente, eu não sabia o que fazer ou pensar, porque é meio bizarro você acordar com um desconhecido agarrado à você. Na verdade, muito bizarro.

Eu deveria acordá-lo? Deveria espernear? Gritar?

Não, Jimin, você é um homem de vinte e quatro anos, sem pânico!

Bem, digamos que eu estava tendo uma síncope e quase explodindo meus miolos, porque ao mesmo tempo que não queria acordar o menino, minha vontade era de chacoalhá-lo e perguntar o que ele estava fazendo na minha cama.

Entretanto, resolvi escolher pela primeira opção.

Peace and love, gays. Digo, guys.

Então, com toda a cautela do mundo, puxei meu edredom para o lado, na intenção de sair da cama, sem me mexer muito ou fazer alarde. Precisava tomar um ar e relaxar meu braço que estava sendo prensado pelo menino do cabelo de algodão doce.

Porém, contudo, todavia, congelei quando enfim me destapei completamente e percebi que o tal carrapato estava despido. Desnudo. Nu. Pelado. Completamente sem roupa. Com o cofrinho de fora.

Na verdade não era só o cofrinho, era a poupança inteira. Mas calma, Park Jimin, está tudo sob controle.

Não sei quem está com o controle, só relaxa, vai dar tudo certo.

Ok, apenas fingi que não vi a bundinha branca do rapaz e segui com minha árdua tarefa de sair da cama sem que o despertasse.

Uma coisa que aliviou meu coração e tirou um grande peso de minhas costas, foi ver que eu estava completamente vestido com meu pijaminha. Com certeza se minha situação fosse igual a do algodão doce ali, eu provavelmente teria um ataque e bateria as botas de vez.

Então me sentindo uns vinte quilos mais leve, finalmente fiz com que o garoto me soltasse e agarrasse um de meus travesseiros, podendo levantar e cobri-lo novamente.

Não perdi tempo em deixar o conforto do meu quarto, que naquele momento me pareceu tão sufocante, para ir até o banheiro jogar água gelada em meu rosto e tentar controlar minha respiração.

Que loucura era aquela? E o meu coelhinho, onde estava?

— Bunny! Bunny, onde você se meteu? — chamei-o, acendendo a luz da sala, olhando em volta para ver se o encontrava.

Pensei que por algum acaso ele pudesse estar no quintal, mas as portas e janelas estavam trancadas, não tinha como meu coelhinho sair. E Bunny nunca costumava ir para fora durante a madrugada, nunquinha.

Aquilo me preocupou ao mesmo tempo que me deixou encucado.

Bunny desapareceu e um menino brotou em minha cama. Só podia ser brincadeira.

Hey, Bunny! | JIKOOKWhere stories live. Discover now