Mãe?

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Tobirama on

Frio, escuridão e vazio. Estou perdido vagando no vazio, quando vejo uma fogueira acender-se ao longe caminho em sua direção. Ao lado da fogueira há uma figura que com a proximidade consigo identificar de quem se tratava. 

- Hashirama? O que faz aqui?

- Olá meu irmão. Quanto tempo não é. Ele me abraça calorosamente e eu mesmo sem entender acabo retribuindo. 

- Não entendo. Onde nós estamos? 

- A meu irmão, acalme-se. Tudo ficará bem. Mas me diga, como está Tsunade? E Nawaki? 

- E.. eles estão bem, Tsunade está cada dia mais parecida com você. Se não fosse A... Êxito um instante. - Se não fosse Akira, eu teria me dado tão bem com eles dois. 

- Akira não é. Ela parece mexer com você. Gosta dela?

- Eu a amo mais que tudo. Mas errei com ela, talvez nunca mais volte a vê-la. Afinal nem sei onde estamos ou como sair daqui. Se bem que, se você está aqui... Por Kami, eu morri?

Nesse momento uma luz começa a brilhar ao longe e se aproxima cada vez mais de nós. 

- Tobirama, enquanto o sangue fluir em suas veias e seu coração bater, e até depois disso, vontade do fogo viverá em você. Ele segura meu ombros e me olha nos olhos.

- Não desperdice mais um segundo da vida tão preciosa que tem. Saiba irmão, que me orgulho muito do homem que você é hoje. 

A luminosidade está bem perto de nós e fica cada vez mais difícil olhar para Hashirama. Cubro os olhos com as mãos e depois não vejo mais nada além do branco por toda parte. 

Tobirama off

Entro desajeitadamente dentro da cabana e coloco Tobirama-san o mais delicadamente que consigo sobre uma mesa. Meu braço estava quebrado e haviam ferimentos por todo meu corpo, mas eu mal podia sentí-los. Uma jovem que morava próximo viu quando cheguei e correu para a cabana para me auxiliar. 

- Akira-san! O que houve, está muito ferida. Deixe-me ajudá-la. 

- Agora não Kyoko, me ajude com ele primeiro. Está perdendo muito sangue. Isso se ainda nem retiramos as armas.

- Mas Akira-san...

- Se não for ajudar saia daqui! 

A garota não diz mais nada e se dirige a uma mesa com várias ervas e recipientes. Enquanto ela fazia uma mistura com alguns ungentos, peguei várias toalhas e uma bacia com água e vinagre. 

- Não vai ser possível tirar a armadura antes de tirar as kunais. Kyoko já está pronto? 
- Sim senhora. Podemos começar. 

- Tem que ser bem rápido, eu arrancarei as facas o mais rápido que consigo e você tira a armadura. Depois limparemos o sangue e vamos ver se há como fechar as feridas. Pronta? 

- Sim!

Seguro as kunais pelo cabo e arranco duas de cada vez, jogando-as dentro de um balde com água que logo incorporou o sangue deixando tudo de um vermelho escuro. Tobirama não reagia, o que me deixava cada vez mais preocupada. 

Após tirar todas as kunais e shurikens, tiro a armadura com certa dificuldade. Os rasgos em sua camisa ensanguentada não era um bom sinal, eu corto-a ao meio com uma tesoura e os ferimentos agora estão bem visíveis. Vários cortes profundos jorrando sangue de sua pele branca como a neve. Com a ajuda de Kyoko limpo todas as feridas e o excesso de sangue, pego a agulha para costurar os cortes mas com apenas uma mão é impossível e percebo que estou tremendo bastante. Passo a agulha para Kyoko e ela faz o serviço, em seguida cobre tudo com a mistura de ervas medicinais. 

- Finalmente. O sangramento parou, ele vai ficar bem. Suspiro e caio sentada no chão completamente exausta. 

- Akira-san! Não se preocupe, vou cuidar de você agora. Relaxe. Kyoko corre até mim se ajoelhado e prestando seu serviço médico. 

- Kyoko. Ninguém pode saber que ele está aqui. Se ele acordar antes de mim, não o deixe ir embora de jeito nenhum. Prometa!

- Prometo, agora descanse. Assim que relaxo, um sono pesado toma conta de mim. 

Horas depois acordo com um barulho e ao abrir os olhos me deparo com Tobirama tentando levantar. Imediatamente fico de pé e corro até ele.

- Está louco? Não percebe que no seu estado tem que repousar?

- Você também deveria. Não está muito melhor do que eu. Ele aponta para meu braço enfaixado e com apoio de uma tala de madeira. 

- Isso não é nada. Não o encaro. Apoio meu corpo na mesa onde ele estava. 

- Não espere que eu agradeça por ontem. Aquilo foi burrice, poderia estar morto agora.

- Desculpe, mas você é tão importante pra mim que não posso imaginar perdê-la. Sua mão encontra a minha com dificuldade. E eu o encaro. 

Nesse momento, um garoto vem correndo até mim e me abraça pela cintura. 

- Que bom que você acordou mãe. 

Tobirama me olha, sua surpresa está estampada em seu rosto. 

Meu Chefe, o Hokage Where stories live. Discover now