Uma noite turbulenta

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VINTE E QUATRO DE FEVEREIRO (Itália)

- Snow White.

É, eu o beijei. Mesmo sem nunca ter nem beijado na vida; mesmo depois de tudo que ele disse; mesmo sem saber se ele queria me beijar... Eu o beijei. E como explicar isso?! Eu realmente não sei. Apenas sei que pareceu certo naquele momento. Por alguns segundos, eu pensei sentir tudo ficar mais leve e ao mesmo tempo uma enorme carga de energia e calor invadir cada parte de mim. Eu pensei sentir ele retribuir. Mas então...

- Snow... - Ele começa, se afastando de mim sem nem me encarar nos olhos. As mãos dele pousaram nas minhas, tirando elas do seu rosto. - Eu acho que você está passando por muitas coisas e...

Eu não podia acreditar que eu havia feito aquilo. Como eu era idiota! O que eu tinha na cabeça? Beijar Carlisle Cullen?!

- Me desculpa! - O interrompo, tirando minhas mãos das dele e me afastando rapidamente. - Eu realmente, realmente não sei o que deu em mim.

- Tudo bem. Eu também não ajudei te dizendo tudo aquilo.

- Não, olha: isso foi um erro. Eu acho que estou um pouco fora de mim e... - Eu olhava de um lado para outro, sem saber para onde olhar exatamente. Eu só podia estar delirando mesmo.

Respiro fundo, tentado organizar meus pensamentos, e jogo a cabeça para trás, finalmente me dando conta de que já era noite.

- Você passou por bastante coisa. - fecho os olhos por um momento, enquanto ele continuava - Seu...erro, é justificável.

Inspiro profundamente e solto o ar pela boca, me recompondo e abrindo os olhos novamente, olhando para ele.

- Será que podemos fingir que isso nunca aconteceu? - Pergunto.

- O que aconteceu? - Devolve, num falso tom de dúvida.

Forço um sorriso e passo por ele rapidamente, roçando meu braço no dele no caminho, querendo sair dali o mais rápido possível.

- Acho melhor voltarmos para estrada. - Digo, como se nada tivesse acontecido e entro no carro antes mesmo dele responder.

- É. - Diz simplesmente, entrando no carro em seguida e dando partida.
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Ficamos em silêncio por um longo tempo. Eu não me atrevia nem a olhar para ele. Parecia que o carro tinha encolhido.
Eu queria pensar em alguma outra coisa que não fosse... Mas era difícil com ele bem ao meu lado! E sempre que eu conseguia desviar meus pensamentos, eles achavam coisa pior ainda com que me tortura. Só que ficar com covardia também não resolveria nada! Talvez se conversássemos...

- Então - Começo. - Quanto tempo até chegarmos ao nosso destino?

- Algumas horas. Acho que chegamos lá antes de amanhecer.

Querido Carlisle...Existem segundas chances?Where stories live. Discover now