Cap. 22 - Flores e cores

616 68 124
                                    


Oioiiii biscoitinhossss!!! Como estamos?? Tô achando vcs tão quietinhos esses dias. Tá tudo bem?! Bem, cuidado com as expectativas sobre as reações do Liam tá? Pra muita coisa ele vai fazer a Cleópatra Sonsa e como ele que narra, algumas coisas não serão "ditas" e algumas reações não serão expressadas, mas acho que vcs conseguem sacar. Me deixem saber do que estão achando tá, não quero que a história caía na rotina ou fique entediante. Eu só revisei uma vez pq eu sou preguiçosa então vcs vão perdoando kkkkkk.

Boa leitura xX

{Palavras: 6.670}

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

• Liam •

Eu... Eu... Que porra?! Eu... ele não tem direito de entrar aqui, depois de tanto tempo, me dizer isso e então simplesmente ir embora! Que porra?! Que porra foi essa?! Ele não... Eu não... Eu... Que droga, Zayn! Que droga! Eu não acredito que ele fez isso. Eu... O que ele quis dizer com isso?! Droga! Eu nem consigo repetir! Que direito ele tem de entrar aqui e virar tudo de cabeça para baixo de novo?! Ele não pode simplesmente soltar uma bomba dessas e depois cair fora! O que eu faço com isso?! O que eu deveria pensar sobre isso?! Ah, meu Deus! O que eu faço?!

Fechar a oficina é um bom começo. Obrigado, racionalidade, por ainda aparecer em momentos como esse, amém. É isso aí, vou fechar a oficina. Isso. Eu vou fechar. É. Isso aí. Fechar. Onde eu deixei as chaves? Deixa eu ver, eu estava com elas na mão quando ele chegou, ainda estava com elas quando entramos aqui... mesa!

Droga! A caixa. O que tem na caixa? O que tem nela que talvez me convença a dar uma segunda chance a ele? Vários envelopes estavam presos com uma fita vermelha. Cartas? Ele me escreveu cartas? Ok, por essa eu não esperava. Nem mesmo consigo imaginá-lo escrevendo cartas, mas é uma ideia, no mínimo, interessante.

A primeira era um envelope preto com um crisântemo branco desenhado com giz de cera ou lápis de cor, era lindo. Como se a flor tivesse acabado de desabrochar bem no envelope. Eu não sei como ele conseguiu passar essa impressão com um simples desenho, mas era muito lindo. No verso, a palavra "sinceridade" vinha acompanhada de vários pequenos crisântemos brancos.

17 de junho de 2018

Eu ainda não entendi direito como isso vai ajudar, mas a doutora Kiara realmente me incentivou a tentar. Eu perguntei: "Por que está tão convencida de que isso vai ajudar?", ela disse: "Porque é assim que eu faço terapia." "Você não deveria fazer sessões de terapia?", perguntei. "Deveria. Todo mundo deveria. Mas eu sou hipócrita, tenho certeza que terapia faz bem para todo mundo, no entanto, não quero fazer, porque também tenho meus muros e inseguranças. Também tenho medo de me abrir para uma pessoa estranha, mas estou trabalhando nisso. Tenho soltado coisas que são importantes para mim para as pessoas da minha vida, aos poucos. Isso, na verdade, só é um reflexo de algumas decepções e desilusões pelas quais eu passei que, querendo ou não, me deixaram traumatizada e eu criei uma espécie de bloqueio." "Você analisa seu comportamento com frequência?", ela me pareceu tão esquisita na hora, então ela riu e eu lembrei porquê você conseguiu me convencer a fazer terapia. "Sempre. Eu sou meu objeto de estudo constante." Não sei porquê estou te contando isso, eu nem sei se um dia você realmente vai ler isso. Acho que sinto falta de conversar com você, deve ser por isso que aceitei a ideia. Seria como meu pequeno momento com você só que sem você. Que coisa mais estúpida!

Que bom que ele continua fazendo terapia, no início foi bem difícil convencê-lo a começar. Ele passou algumas semanas insistindo que poderia resolver as próprias merdas, que não precisava de ajuda e que não queria ajuda, que ele dava conta, que deu conta por 25 anos porquê não daria agora e blá blá blá.

• 1968 • {Ziam}Where stories live. Discover now