22 | nessa noite.

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Noah.

— Noah, meu amor! Que saudades! — Ouvi minha mãe gritar enquanto eu descia do carro. Caminhei até ela e puxei seu corpo contra o meu em um abraço apertado, sentia saudades de tê-la ao meu lado todos os dias.

— Essa saudade poderia ser menor se você viesse morar perto de mim. — Peguei sua mala e coloquei dentro do carro.

— Mas nós estamos bem aqui, meu amor. Queremos ficar longe dos holofotes. — Revirei os olhos. Eu poderia muito bem proteger os meus pais mesmo eles morando perto de mim.

— Outra vez essa história de nos levar daqui, Noah? — Era a vez do meu pai falar. Decidi que não iria mais discutir com eles, sabia que era quase impossível tirá-los daqui. Esperei ele fechar a porta da casa e entrar no veículo.

— Não falarei mais nada sobre o assunto. — Falei e coloquei o cinto de segurança. — Queria muito vocês perto de mim, mas sei que não vou conseguir. — Engatei a primeira marcha e dei partida no carro.

— Filho — Senti a mão da minha mãe no banco de trás tocar o meu ombro. —, nós queremos que você seja independente. Se nós estivermos por perto sempre, você vai saber que qualquer coisa que acontecer pode correr para o colo dos seus pais, mas nós não queremos isso. Queremos você um rapaz independente, entende? — Olhei em seus olhos pelo espelho do meio e vi que estava sendo sincera. Se minha mãe tinha falado, é porque ela sabia o que estava fazendo.

— Nós só pedimos que você se comporte um pouco mais na frente da mídia. — Meu pai possuía o dom de me dar broncas e se manter sereno ao mesmo tempo. — Não estou te proibindo de continuar com as suas aventuras, mas peço que seja mais discreto. Você só tem vinte anos, Noah, tem uma imagem a zelar.

— Tudo bem, pai. Prometo me comportar melhor.

Deixei que meu pai comandasse a playlist do caminho até em casa e obviamente ele colocou jazz. Pudemos colocar o assunto em dia e ainda sobrou tempo para falar como estavam sendo as coisas no LA Rams.

Eu sentia falta disso, desses momentos. Eu me divertia, saía com várias garotas, curtia com os meus amigos mas às vezes só precisava me sentar no sofá e encostar a cabeça no ombro da minha mãe. Pode parecer que não, mas eu tinha momentos de fraqueza em que uma mãe fazia falta e se eles estivessem aqui talvez tudo fosse diferente, mas sabia que eles estavam fazendo isso pensando no melhor para mim.

— Chegamos! — Anunciei assim que entrei com o carro na garagem. Vi no meu relógio e já se passavam das seis da noite. Droga, teria que correr. — Mas temos que ser rápidos, a festa é às sete.

Ajudei meus pais a levarem suas malas para o quarto de hóspedes e corri para o meu quarto para tomar um banho. Hoje eu poderia me vestir normalmente, sem terno ou gravata apertando meu pescoço.

Optei por vestir apenas um jeans e uma camisa pólo, em seguida calcei meus tênis e borrifei perfume pelo corpo. Passei no quarto dos meus pais e minha mãe estava terminando de passar batom.

— Vamos conhecer a família do Sebastian? — Ela disse e nos arrastou para fora do quarto. Descemos as escadas e voltamos para o carro.

Tirei o veículo da garagem e passei pelo portão, pedindo aos meus pais para esperarem um pouco e fui falar com o segurança. Avisei a ele que talvez iria dormir fora de casa, por isso poderia haver a chance de meus pais voltarem de táxi. Voltei para o carro e dei partida outra vez, aproveitando para apresentá-los todos os lugares por onde passávamos e para falar um pouco sobre a família do Sebastian, sem entrar em detalhes obviamente sobre Sina.

• • • •

A praia estava movimentada e eu já podia ver as luzes dentro da casa do meu empresário. Me apresentei no portão e entrei, procurando um lugar para estacionar. A festa hoje seria na área externa, por isso demorei um pouco para achar uma vaga. Quando finalmente encontrei, encostei o carro e desci, vendo os meus pais fazerem o mesmo.

DADDY'S DARLING ↯ noartWhere stories live. Discover now