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Sina.

Eu finalmente sentia que a minha vida iria mudar de verdade agora. Não teria mais que seguir um roteiro nem interpretar personagens para continuar vivendo em um mundo de fantasias em que a minha vida era perfeita, eu era perfeita e os meus pais maravilhosos.

Iria poder trabalhar e me sustentar, morar sozinha e ainda tinha um homem que me amava ao meu lado, como minha vida poderia ser mais perfeita agora?

Desci do carro e entrei na faculdade, caminhando em direção à coordenação de estágios e me sentei na recepção. Cerca de cinco minutos depois, Noah apareceu com os cabelos ainda molhados do banho, usando também uma camisa de super-herói, jeans gasto e um All Star. Ele beijou o topo da minha cabeça e se sentou ao meu lado.

— Isso aqui parece coisa de filme. — Ele disse, olhando ao redor, encantado com o prédio da faculdade.

— As aparências enganam, meu bem. Isso aqui é o próprio inferno. — Apontei.

— Minhas primas sempre falam isso. — Noah riu. — E você, como está? Nervosa?

— Muito. — Admiti. — É o meu primeiro emprego em algo que eu amo, que quero passar a vida fazendo, não poderia ser melhor.

Ele segurou a minha mão e beijou as costas da mesma.

— Eles já te falaram em que você vai trabalhar?

— Lá no site explicava tudo direitinho. Eu serei assistente de um dos arquitetos da empresa, mas não sei exatamente o que vou fazer. Vim aqui na faculdade justamente combinar qual a minha função, horários e valores. — Noah me olhava atentamente.

— E você vai trabalhar naquelas roupas sociais, com terninhos e saias que marcam tudo? — Acertei um soco em seu braço ao perceber o tom de voz malicioso que ele usava.

— Você é ridículo, Noah.

— Sério Sina, eu senti uma pontada no meu saco só em imaginar você chegando na minha casa usando aquelas blusas de cetim presas naquelas saias pretas e usando um scarpin vermelho com o cabelo cheio de presilhas. — Enruguei a testa e caí na risada.

— Que específico. — Ele beijou a minha mandíbula e em resposta meu corpo se arrepiou por inteiro.

Noah aproximou sua boca do meu ouvido e sussurrou:

— Eu com certeza te empurraria contra a minha mesa de vidro, levantaria a sua saia, rasgaria a sua calcinha e te comeria por trás enquanto batia na sua bunda, do jeito que você gosta. — Ele mordeu o lóbulo da minha orelha e se afastou, me deixando congelada. Noah com certeza tinha se esquecido das reações que causava em meu corpo.

Antes que eu pudesse falar algo, ouvi uma voz me chamando.

— Sina Deinert? Pode me acompanhar. — Beijei os lábios de Noah rapidamente e entrei naquela sala junto daquela mulher. Entrei com o pé direito, claro.

Trinta minutos depois, saí dali com um emprego.

Iria trabalhar de segunda a sexta, somente no período da tarde e auxiliando meu chefe com os projetos e os organizando. Como a empresa era grande, eu iria ganhar três mil dólares por mês e poderiam me pagar extras, dependendo do trabalho que eu fizesse e exigisse mais de mim.

Eu estava radiante. Nada poderia estragar o meu momento.

— E aí? — Noah perguntou, ansioso.

— O emprego é meu, claro. — Segurei em sua mão. — Vamos almoçar agora?
Te conto tudo no caminho.

— Claro, loirinha.

Durante o caminho, eu contei tudo que a coordenadora me falou e como seria o meu trabalho e como iria funcionar. Noah ouviu tudo atentamente e maravilhado, e isso só me deixou ainda mais feliz.

DADDY'S DARLING ↯ noartOnde histórias criam vida. Descubra agora