VI

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Nota: (1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
(2) Contém relação Homem x Homem, Lemon (sexo explícito entre os personagens) e Mpreg (gravidez masculina), portanto se você não gosta ou se sente incomodado com isso, é simples: Não Leia.
(3) Essa é uma história UA – Universo Alternativo – ou seja, ocorre numa realidade paralela e inexistente na qual TUDO pode acontecer.
(4) ATENÇÃO: esse capítulo contém uma cena explícita de violência e relacionamento abusivo, se você é sensível a este tipo de conteúdo, não leia.

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O tempo é relativo.

E isso é um fato irrefutável.

Quando se está num ambiente amoroso e saudável cinco anos podem passar como horas. Agora, quando se vive em meio a um clima desagradável, dividindo o leito com o ser que mais odeia no mundo, cinco anos demoram milênios para passar. E esses cinco anos transcorreram desde o casamento do outrora príncipe de Hogwarts, Harry, com Draco Malfoy. Cinco anos desde o nascimento de Richard Elliot Malfoy e quatro anos desde o nascimento de Henry Draco Malfoy VIII. Estes eram a única alegria com a qual o pobre coração de Harry podia contar.

O caçula, Henry, era indubitavelmente mimado. Todo o castelo se via mobilizado quando o pequeno desejava alguma coisa, e seu pai e avós não demoravam a mandar providenciar. Ele era uma cópia perfeita de Draco e este, então, o adorava e fazia questão de não esconder isso. Contudo, o caráter altamente egocêntrico e cheio de vontades do menino diminuía consideravelmente quando estava na presença de Harry, mas principalmente quando estava com Richard, seu adorado irmão, o qual o caçula encarava sempre com admiração e amor.

Richard, por sua vez, era o extremo oposto de Henry, um menino silencioso e doce que se contentava com alguns brinquedos ou uma bela história contada por seu pa'. E raramente, para não dizer nunca, ele se separava de Harry, pois este era a pessoa que ele mais amava e bastava o adulto deixar correr uma lágrima pelo seu rosto, para Richard chorar também, os dois eram incrivelmente ligados e nada poderia separá-los. Ele também amava seu irmãozinho e se divertia muito com ele, protegendo-o sempre, pois era o seu orgulhoso papel de irmão mais velho. A única coisa que Richard não entendia era por que seu pai nunca lhe dirigia a palavra, a não ser para criticá-lo ou repreendê-lo injustamente, ou por que os olhos acinzentados sempre o encaravam com ódio e desprezo. E também não entendia por que seus avós o tratavam com tanta frieza e repúdio. Ele desejava saber o que havia feito de errado para poder se desculpar e assim ganhar apenas um sorriso de Narcisa ou um olhar carinhoso de seu pai. Mas quando comentou isso com Harry, certa vez, este chorou tanto que Richard decidiu não tocar mais no assunto e deixar as coisas seguirem o seu curso natural. Talvez, no futuro, ele pudesse descobrir uma forma de ganhar o carinho de seus familiares. Bom, não custava nada sonhar.

- Minha vez de contar!

- Certo, então eu vou me esconder.

- 1...2...3...

Os sorridentes meninos brincavam de se esconder no jardim, sob o atento olhar de Harry que, com um sorriso, observava seus filhos de longe, sentado em um dos bancos de mármore próximo às roseiras.

- ...9...10! – Henry terminou de contar e correu para procurar seu irmão.

O sorriso de Harry, no entanto, desapareceu rapidamente quando ouviu duas vozes, que pareciam discutir, aproximarem-se. Com o porte altivo e o cabelo loiro reluzindo ao sol, Lucius e Draco seguiam em sua direção, e aquilo não lhe agradou nem um pouco. O patriarca parecia repreender o filho e este se mostrava indignado por algum motivo e a única coisa que Harry pôde distingir foi um pergaminho, semelhante a uma carta, nas mãos de seu sogro.

Lágrimas de um Príncipe Where stories live. Discover now