jbrennelly

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Perguntas respondidas pela jbrennelly
Vão dar uma olhadinha no perfil e nas olhas dela :)


💝 

Primeiro, qual a inspiração para o seu user?

Meu livro favorito, The Risk da Elle Kennedy. É uma junção do nome dos protagonistas.


Além de escrever, o que mais gosta de fazer? Conte um pouco sobre você.

Atualmente eu faço mestrado em comunicação e trabalho em um site que cobre hockey no gelo (nhelas.com ou @nhelasbr nas redes sociais). Essas duas coisas e a escrita ocupam praticamente todo o meu tempo, mas quando consigo, assisto diversas séries policiais. Também sempre estou lendo alguma coisa, nem que seja de madrugada.


Quando você começou a escrever?

Comecei a criar meus próprios universos com 13 anos. Uma professora de português tinha um projeto de escrita na escola e foi a primeira vez que eu tive destaque acadêmico em algo. Desde então, sempre tinha algo sendo escrito. No ensino médio eu criei um blog para postar crônicas, micro contos e poesias, mas depois que entrei na faculdade de jornalismo minha escrita se modificou totalmente. Até metade do curso, eu tinha abandonado a escrita criativa completamente. Porém, conheci a @lulissx através de uma das suas fanfics, e ela me motivou a escrever uma fanfic, Home. Depois disso não parei mais. Mudei de estilo, de projetos, mas estou sempre escrevendo algo.

Recentemente voltei a escrever poesias e crônicas que pode ser lidar na minha página do Medium, mesmo user daqui do wattpad: jbrennelly.

Qual seu gênero favorito?


Para escrever, até hoje só escrevi romances/YA e fanfics. Mas ando pensando em arriscar uma fantasia ou até mesmo um dark romance no futuro. Planos ainda em aberto.
Para ler, não sendo terror, leio de quase tudo. Se a história e a escrita do autor me conquistar, continuo lendo. Esse ano, por causa da vida acadêmica, estou dando preferência a romances, mas amo quando me indicam livros independente do gênero. Também tenho um instagram onde falo sobre livros e escrita, mesmo user das outras redes: jbrennelly.

Qual livro você mais gostou de escrever?


Acho essa pergunta muito complicada. Acredito que cada história simboliza algo para um autor no momento em que ele está escrevendo. Cada história que escrevi, tem um significado na minha vida.
Home foi a que me fez começar a criar narrativas longas e perceber que eu era capaz de concluir. Também tenho By Your Side, outra fanfic, que escrevi quase toda durante meu intercâmbio. Uma época na minha vida da qual eu me sentia muito solitária e tive como companhia aqueles personagens.
O livro que estou finalizando, Perfeita Simetria, já tem uma outra conotação totalmente diferente para mim. Vejo essa história como uma caminhada que eu fiz junto dos personagens, e chegar ao fim dela também é um encerramento de um ciclo na minha vida pessoal.

O que você acha sobre adaptações?


Tem uma linha muito, mas muito tênue entre adaptação e plágio. Quando uma história está na internet, raramente o livro tem ISBN. Dessa forma, fica complicado permitir que uma pessoa "adapte" a história e, na maioria das vezes, isso se torna um plágio. Quando um autor escreve no Wattpad ou qualquer outra plataforma gratuita digital, muitas vezes ele é um autor iniciante que sonha em ter aquela história publicada.
Quando um autor escreve uma fanfic, seja ela inspirada em livros, séries ou uma história original com personagens baseado em pessoas reais, existe todo um processo criativo por detrás. Por exemplo, se eu vou escrever uma fanfic de Harry Potter, eu penso naquele universo, em personagens que existem que eu poderia usar, mas todo o enredo que vou criar vai ser original. Uma história que usa elementos de algo que existe, mas com ideias, temas e conceitos originais.
Tenho uma fanfic de Sábado À Noite da Babi Dewet aqui no meu perfil. Foi uma das primeiras coisas que eu escrevi nessa volta, e eu só postei depois que ela me autorizou (na verdade ela pediu que eu publicasse, porque até então eu apenas tinha mandando por e-mail para ela). Porém, quando escrevi essa história, os livros dela já eram publicados, com registro e conhecidos e, ainda assim, eu não quis publicar sem o aval dela. Mas nenhum desses personagens são meus e faço questão de deixar claro que é uma fanfic.
Já tem dois anos que abandonei escrita de fanfics e prefiro escrever um mundo todo meu justamente porque me permite ser totalmente original. Eu, pessoalmente, não consigo ver com bons olhos quem pede para fazer "adaptações", especialmente de uma história que esteja completa — ou não — no Wattpad. Me sentiria incomodada. Já tive caso de uma autora escrever uma história com plágios de algo que eu escrevi e não foi uma sensação muito boa.
Se você quer escrever uma história, pesquise um tema que você goste, crie personagens que simbolize algo para você. Leia muito para entender como outros autores fazem a estrutura narrativa. Mas não vá na dm de um autor pedir para adaptar uma história dele, especialmente se estiver em uma plataforma gratuita. Se você quer uma dica de como usar outras obras para inspirar a sua, recomendo a leitura do livro "Roube como um Artista" do Austin Kleon, onde o autor fala muito sobre processo criativo e explica como nosso cérebro funciona para criar ideias originais.

O que você gosta de fazer para buscar inspiração?


Meu processo criativo não tem uma "regra". Ele acontece de forma bem orgânica e em momentos que menos espero. Geralmente quando não posso escrever ou estou extremamente ocupada. Tenho pastas no Pinterest para meus projetos e playlists no Spotify. Tudo que escrevo tem algum esporte como plano de fundo, então meu trabalho também influência muito as coisas que eu crio.
Escrever para mim já se tornou algo mais braçal do que de inspiração. Anoto quando a ideia vem, mas quando sento para escrever as coisas fluem porque elas precisam fluir.

Você já sentiu que estava escrevendo por obrigação e não por lazer?


Sim. Eu trabalho com escrita em todas as áreas da minha vida. São formas diferentes de escrita, mas ainda assim é texto. A escrita por lazer é cada vez mais rara no meu dia a dia.

Já colocou um pouco de si em algum dos personagens criados por você? Ou já se identificou com algum?


Eu acho impossível um autor criar um personagem sem que tenha algo de si mesmo ali. Muitas das vezes isso é algo totalmente intencional, outras, é a forma que o escritor tem e trabalhar algum sentimento interno.
Escrever para mim muitas vezes é também uma forma de terapia. Quando percebo, estou tratando de um tema extremamente pessoal dentro de uma história. Já teve vez, inclusive, que eu precisei excluir mais de mil palavras de um capítulo porque percebi que o que estava ali era mais eu do que a personagem. Acredito que é fundamental ter a separação autor/obra, mas nem sempre isso é possível.
Das minhas personagens, eu me identifico muito com a Babi de Home, o Leo de A Lista de Cidades (conto disponível na Amazon) e o Murilo de Perfeita Simetria, apesar de ter muito de mim nos demais personagens também.

Que dica você daria para quem está começando a escrever?


Primeiramente, leia muito. Sem ler, é impossível aprender como uma história é organizada, como os personagens surgem e onde você pode cometer erros. Escrever é um eterno exercício de ler. Ler seu próprio texto, ler e interpretar o mundo ao seu redor. O momento de escrita é o último estágio de uma história.
Se você quer escrever algo, primeiro pesquise sobre aquilo. Leia livros com o mesmo tema, pesquise filmes, documentários, reportagens. Converse com pessoas que possam ter uma visão de mundo diferente da sua. Como disse antes, um personagem é parte de um autor, mas é fundamental para um escritor saber diferenciar a obra de si mesmo.
Preste atenção nas conversas das pessoas à sua volta, nas conversas que você tem com seus amigos, familiares, em lojas, supermercado, em qualquer forma de diálogo ao seu redor. Um texto imita a realidade. Então, para você ter uma boa escrita, é fundamental compreender o mundo em que você quer escrever aquela história. Mesmo que seja um mundo de fantasia, com personagens fantásticos, o comportamento deles ainda é humanizado.
E, por fim, sempre tenha um caderno ou o celular perto. As ideias mais brilhantes aparecem nos momentos mais inapropriados. No banho, dormindo, no meio de uma prova, no trânsito. Sempre tenha algo às mãos para anotar a ideia. Dica de amiga: você não vai lembrar da ideia depois.

Pergunta de quem indicou:

Qual a sensação de escrever e criar um mundo totalmente original?

Libertador! Quando você cria o seu próprio universo, seja uma cidade, uma universidade, um time de futebol, você controla aquilo. Tudo que você colocar ali vai ser verdade para o seu leitor. Mas também é desafiador. Você comete erros e acertos constantemente. E é fundamental ter um registro de todos os detalhes que você criou, mesmo que na história você use apenas 10%. Por exemplo, em Perfeita Simetria, eu tenho o nome dos 11 jogadores titulares do Jequitibá Futebol Clube, porém apenas cinco aparecem na história. 



Xuxu, muito obrigada por participar da entrevista!
Eu não conhecia ter perfil, mas suas obras chamaram minha atenção (principalmente Perfeita Simetria) então mais tarde vou dar uma olhada, adicionar na minha lista de leitura e panfletar por aí também.

Ah, quero dizer que super entendo sua opinião sobre as adaptações. Ninguém nunca pediu para adaptar uma obra minha, mas eu já pedi duas vezes e depois de pensar sobre isso, abandonei as duas adaptações. 

Novamente, muito obrigada por responder 💝

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