Capítulo 9

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Passei algum tempo olhando a caixa que minha mãe me deu, em alguns momentos tive alguns flashbacks do passado, sentada no chão da sala desenhando, ou ao lado da minha mãe no escritório enquanto provavelmente ela estava escrevendo um de seus livros. E procurei ler o que ela mencionou que se baseou nos meus desenhos.
Então fui para o local favorito dela na UVA, o "salão Harry Potter", levei os desenhos, o diário e o livro e comecei a ler.
Ela se baseou em meus desenhos mesmo, até usou um deles para ilustrar os livros, nem eu sabia que poderia contar uma história com desenhos, muito menos com desenhos aleatórios de uma menina. Isso me surpreendeu e comecei a pesquisar sobre esse tipo de livros.
As ideia eram tantas, as propostas, as pesquisas me deram uma satisfação e fechei os olhos, eu sei por que ela gosta desse lugar é mágico.
— Que surpresa te encontrar aqui. — Abro os olhos assustada.
— Lou o que faz aqui? Como me achou?
— Eu gosto de vir aqui. Mas o que você faz aqui.
— Estudando, ou me encontrando.
Ela olha tudo espalhado na mesa e me dá um sorrisinho.
— Sabe eu ouvi uma coisa hoje durante uma passada rápida na secretaria.
Me aproximo dela.
— Hum fofocas, adoro saber os podres sobre os alunos, professores, a vidas não tão perfeitas, então qual é a de hoje?
— Sobre uma aluna grávida do último período.
Congelo na hora, engulo em seco, e tento não parecer nervosa. Droga o que ela sabe.
— Nossa, sério. Hã.
— Você sabe quem é?
— Não, não. Não tenho a mínima ideia. — Meu sorriso está congelado no rosto.
Ela se aproxima me analisando, como quem vai contar um segredo.
— A Elleonor.
— Elleonor?
— Mais conhecida como Elle — Faço cara de confusa para ela — Vai você sabe quem é ela, a garota que divide o dormitório com a Callie, mais conhecida como a lacaia dela, suspeito que elas são parentes, por que a semelhança entre as duas é gigantesca.
Ouço a Lou falando, mas não consigo raciocinar, ainda bem que a fofoca chegou errada para ela, assim dá tempo do Tommy contar e se entenderem.
— Tem certeza?
— Sim, primeiro disseram que era a Callie, eu me assustei, mas você não me esconderia isso — Eu estremeço na hora — Aí estava na secretaria e a professora disse que precisa dispensar a Elleonor da aula de, não me lembro, algo que envolvia um cheiro por que ela estava passando mal.
A Callie e ela fazem as mesmas aulas ... Quero contar na é justo, ela e o Tommy estão muito próximos, e não quero magoar ela. Mas também não quero machucar meu irmão, decido que vou pressionar ele.
— Olha ... — Sou interrompida.
— E aí vai aceitar meu convite? — Ouço a voz perto do meu ouvido.
Sinto a mão pesar no meu ombro, e a corrente elétrica formigando todo meu corpo, não preciso nem ver quem é, meu corpo reconheceu, e aquela voz. Ele me dá um beijo no rosto e se senta ao meu lado.
— Dave! Ual todos resolveram me achar hoje.
— Na verdade é a primeira vez que te vejo aqui, olá Lou, ela sim está aqui sempre.
— Você na biblioteca? E estudando?
— Só por que sou atleta não quer dizer que não estudo. E não esquece que eu e o Tommy seremos advogados então, necessário estudar mais. Já pensou no meu convite? Não te vi por aí.
— Que convite? — A Lou toda eufórica.
— Para me acompanhar em um evento não tão "chato" se ela for. — Ele pisca e preciso controlar a respiração.
— Ela vai precisar de um vestido? Muito chique? Ou simples, me diga os detalhes, um salto por que você é bem alto, e o cabelo, vamos cuidar disso, e vai ser aberto ou fechado.
— Lou. — Adverto ela, e as cabeças levantam nos encarando, continuo baixinho — Você já está fazendo milhares de planos e eu nem disse sim ainda.
— Mas vai dizer. Quer dizer, vai ser ótimo para vocês, melhor, sair aproveitar, se desligar um pouco das coisas. — Ela me dá um olhar empolgado.
— Tudo bem vai ...
Ele me puxa num impulso, me abraça de lado e me dá um beijo demorado na bochecha, e inspiro o perfume dele. Que é inebriante.
— Te pego às dezessete. Não vai se arrepender.
Ele sai sorrindo e sei que estou vermelha, tento me concentrar mas é difícil e encaro a Lou que está quase explodindo de felicidade.
— Você gosta dele. Ele é um gato mesmo.
— Não viaja.
— Nem vem mocinha, posso ver nesses olhos brilhantes, e vou levar você as compras. Sem reclamações um presente meu. Vai ficar deslumbrante, ele vai ficar ainda mais babando nos seus pés.
— Não, eu tenho vestido.
— Não não, sem protesto.
Sei que é uma discursão perdida.

O novo começo Where stories live. Discover now