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****LEXA****


Ainda em Porto Alegre:

Já estava quase na hora de irmos para esse jantar na casa dos pais de Antônio. Raven e octávia resolveram simplesmente retocar a maquiagem antes de ir. Sério não dava pra fazer isso no carro? Aff, vamos atrasar assim.

-Estamos prontas! (Raven e octávia desceram as escadas, e devo dizer que valeu a pena a espera, octávia estava simplesmente linda).

Ela usava uma saia preta de couro um pouco colada mas nada vulgar, uma blusa cigana vermelha, uma maquiagem básica só deu uma destacada no batom também vermelho e um salto alto preto.

Eu estou vestida em uma calça jeans rasgada preta um pouco colada, um tênis preto, uma blusa gola polo vinho e meu cabelo estava no seu estilo normal topete meio bagunçado.   

-Ainda bem, pois desse jeito só chegaríamos lá para o café da manhã. (Echo disse revirando os olhos levantando - se do sofá onde estávamos esparramadas intediadas pela espera).

-Ai Echo você nem disse se eu tô bonita, Amor? (Raven disse melosa fazendo bico).

-Você esta linda meu algodão doce. (Echo disse na mesma melosidade, e credo esse é o apelido que ela deu a Raven? Vou vomitar arco-iris, então Echo e Raven começaram a se agarrar ali na nossa frente).

-Viu a Echo sabe elogiar uma mulher. (Octávia fingiu falsa irritação).

-Vem cá minha gostosa. (falei e lhe dei um beijo molhado mas bem quente). -Você esta simplesmente maravilhosa hoje. (sussurrei no seu ouvido após o beijo e a vi sentir-se arrepiada e soltar um gemido baixo no meu ouvido somente para eu ouvir).

-Ei ainda estamos aqui. (Echo e Raven disseram em uníssono estralando os dedos na nossa frente).

-Então vamos que já estamos vem atrasadas. (Eu e octávia gargalhamos indo em direção a porta).

Nós dirigimos ao carro rumo a casa de Antônio, durante todo o caminho fomos escutando e cantarolando MC WM - Novinha Taradinha. Então paramos no endereço indicado e realmente parecia que era aquela casa, pois dava para escutar as gargalhadas altas de Antônio e Paula da rua. Então tocamos a campainha:

       Ding Dong

-Meninas! Estávamos esperando vocês. (Paula nos abraçou animadamente, pelo visto ela só pareceu um pouco tímida no parque).

-Boa noite! (saudamos em uníssono entrando na casa que era bem elegante).

-Olá garotas! (Saudaram dois homens que acho ser os pais de Antônio).

-Bom meninas, esses são Marcos e Rafael meus pais, e pais essas são Lexa, octávia, Raven e Echo. (Antônio nos apresentou).

-Nossa eu tava louco para conhece - las, Antônio não parava de falar em vocês. (Rafael disse animado me abraçando).

-Pois é, o Antônio disse muito sobre vocês também. Contou a história de como vocês o adotaram e que se sente orgulhoso por ter vocês como pais. Eu acho isso muito lindo e me inspiro bastante na história de vocês. (Octávia disse os abraçando).

-Obrigado, e nos também temos muito orgulho do nosso filho. (Marcos falou dando um beijo no topo da cabeça de Antônio).

-Ok então pessoal vamos jantar?(Paula perguntou).

-Vamos! (dissemos todos animados em uníssono).

Nós dirigimos para a mesa da cozinha deles que estava recheada de bastante comida, praticamente um banquete. Passei minha língua por cima dos lábios prevendo abocanhar toda aquela comida.

-Nossa gente isso é um verdadeiro banquete, vou me empanturrar hoje. (Echo disse olhando para a comida com os olhos brilhando e nos gargalhamos).

-Amor, para de ser mau educada. (Raven deu um biliscão em Natt a repreendendo e gargalhamos mais. Tava faltando essas duas falar alguma besteira).

-Calma meninas, vamos abocanhar essa comida que eu também tô faminto. (Marcos disse e começamos a nos servir).

O jantar foi extremamente animado, sorrimos, contamos histórias, estava tudo em um super alto astral. Então Marcos e Rafael nos contaram das diversas vezes que passaram por momentos constrangedores igual ao que nos passamos na pizzaria, e percebi que octávia escutava atentamente cada palavra deles.

-Isso que vocês passaram não chega nem perto do espancamento que o Rafa sofreu pelo preconceito que meu pai tinha. Na época eu pensei até em me afastar dele para seu próprio bem, mas eu percebi que era isso que meu pai queria: nos distanciar para podermos entrar nos padrões que ele nos expôs. Mas nós fomos fortes enfrentamos tudo juntos, pois
"Para o amor não há cor, raça ou orientação sexual, ele simplesmente acontece". (Marcos falou dando um selinho demorado em Rafael e pude ver algumas lágrimas de emoção no rosto de octávia).

-Ain linda, não chora. (falei limpando as lágrimas de seu rosto).

-Meninas, vocês iram passar por muitas situações assim, hoje já tão até falando que homossexualidade é considerada doença. Mas vocês não podem deixar que isso as guiem para o caminho do medo, tentem ser fortes. Quando coisas assim acontecerem pensem em momentos felizes que vocês tiveram juntas e tiraram forças de lugares que nem imaginavam. (Rafael olhou fixamente com muito carinho para mim, octávia, Echo e Raven).

-Obrigada! (dissemos em uníssono).

-Por isso que eu tenho tanto orgulho dos meus pais, sempre tão atenciosos e sábios. (Antônio falou sorrindo para Marcos e Rafael que retribuíram emocionados).

-Ai gente clima lindo mas totalmente pesado. (Paula disse nos fazendo gargalhar para descontrair). -Vamos comer esse pudim se não eu sou capaz de criar uma nova diabetes não diagnósticada, só que essa por falta de açúcar. (completou ela nos fazendo gargalhar mais).

Ao final do jantar ficamos no quintal todos sentados na grama olhando para o céu estrelado conversando e tomando sorveteria.

Marcos e Rafaela são pessoas maravilhosas, não são muito mais velhos, estão lá pelos 40 aos 45 anos. Mas eles parecem verdadeiros adolescentes, conversam de tudo e deixam a gente ficar até tarde comendo sorvete. Olhando o carinho deles com Antônio deu até uma saudade dos meus velhos também, ainda bem que amanhã eu vou reve - los.

Então deu 22:34 da noite e resolvemos ir embora pois teríamos vôo amanhã.

-Ai meninas vocês podiam dormir aqui. (Paula sugeriu fazendo bico, agora estamos em frente a entrada da casa deles nos despedindo).

-Não da gente, amanhã já voltaremos para o Rio. (Echo explicou).

-Mas já? (Rafael disse chocado). -Nos devíamos ter passados mais tempos juntos. Poderíamos ter feitos várias coisas, ir no shopping, fazer várias compras. Vocês são maravilhosas. (Rafael falou triste fazendo bico).

-Nós já passamos praticamente um mês aqui, só que esse aí não disse que morava aqui, se não já tínhamos os visitados antes. (Octávia falou e Rafael deu um tapa no braço de Antônio fingindo raiva e nós rimos da cena).

-Ta bom desculpa. (falou Antônio levantando as mãos em rendição).
-Mas nós poderemos ir visitar vocês no Rio. (sugeriu ele).

-Agora vamos gente que eu tou bem cançada. Tchau pessoal, foi um prazer conhece-los. (Raven falou entrando no carro e nós entramos em seguida).

-Tchau! (acenaram eles se despedindo).

Então nós dirigimos para o hotel.

Esse depoimento do Marcos e Rafael serviu bastante em nossas vidas. Eu os levarei para toda a vida. E isso encerra nossa viagem.



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Galera não esqueçam de comentar, nesse livro da autora. Vamos fazer  ele cresce ainda mais e deixa essa duas autora aqui ainda mais feliz.

Até o próximo capítulo sexta feira. Beijos!

 🄲🄻🄴🅇🄰 ✓ • DIFFERENT LOVE • ½TWhere stories live. Discover now