Raiva Desmedida

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"­- Amor, vem aqui.

Ele seguiu a voz manhosa até a porta do banheiro do seu quarto.

Como ele entrou aqui? O rapaz se perguntou.

- Amoooor – o namorado voltou a repetir. Sua voz era puro mel.

Ele abriu a porta, pronto para ver o outro nu em sua banheira, coberto de espumas e mordendo os lábios carnudos e vermelhos sedutoramente, mas errou.

Sobre a banheira e ele estar nu, Magnus acertou, mas Alexander não estava molhado ou cheirando a sais de banho, ele cheirava a molho de tomate, queijo e almôndegas e seu corpo alvo estava mergulhado em macarrão. A cabeça encostada na borda, o peito e os joelhos eram as partes descobertas.

- Oi, amor – Alec passou as mãos pelo peito lambuzado de molho – nossa, eu nunca chamei você de amor tantas vezes – ele disse pensativo – enfim, vem aqui, vem – ele voltou a ronronar como o gatinho que sabia que era.

Magnus estava petrificado com a cena inusitada a sua frente e para seu espanto, ou não, ele estava excitado, muito excitado.

- Você quer me saborear? – Alec perguntou batendo os cílios.

- Inteirinho – Magnus se ouviu dizendo.

Ele arrancou as roupas em desespero e avançou até o namorado.

Os pés ficaram escorregadios quando tocou o fundo da banheira e ele quase caiu no peito de Alec que o segurou pelos ombros e gritou em seu ouvido:

- Ele é meu, seu devasso! Deixa o Alexander em paz!"

Magnus acordou assustado. Seus olhos encararam apenas escuridão. O temor fez seu coração retumbar no peito, mas a excitação era maior e ele sentiu seu membro latejar entre suas pernas nuas. Ele tentou mexer o braço direito, mas um peso o impediu de fazer um mínimo movimento, em seguida ele sentiu uma respiração tranquila contra seu pescoço e lembrou imediatamente que Alec estava ao seu lado.

- Hum... – Alec resmungou – o que foi?

- Pesadelo – Magnus disse passando a mão livre pelos cabelos suados.

- Está tudo bem? – ele sentiu Alec se afastar e logo o quarto foi iluminado por um pequeno abajur que tinha em cima do criado mudo da direita.

- Eu sonhei com você... – Magnus se sentou dobrando os joelhos.

Alec estreitou os olhos.

- Você disse que teve um pesadelo e depois me diz que sonhou comigo – ele respirou fundo – me explique isso, Magnus Bane, antes que eu tire conclusões precipitadas e te encha de tapas.

Magnus fez um tremendo esforço para permanecer sério, mas falhou e soltou uma risada e riu ainda mais quando Alec lhe atacou com fortes tapas nos braços e ombros.

- Ai! Você tem a mão pesada pra caramba!

- Então pare de ri e me conte esse pesadelo barra sonho – ele se aquietou e sentou de joelhos dobrados de frente para Magnus.

- Começou como um sonho... muito inusitado para falar a verdade – ele olhou para Alec mordendo o canto da boca.

- Inusitado como?

- Você estava no meu quarto, na minha banheira...

- Eu estava pelado? – Alec soltou, mas pela face corada, Magnus percebeu que ele falou se querer.

- Você estava sim e coberto de...

- Ai, Magnus, coberto de quê? Espuma? Água? – Alec arregalou os olhos – sangue?!

Change Your Mind (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora