Capítulo 4: Um coração atordoado não está pronto para seu destino

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An Zi finalmente abriu os olhos

Mas mesmo assim não conseguia ver nada

Depois de um tempo incalculável o menino percebeu que estava deitado e o chão era...água? Sim, ele estava em algum local raso. Decidiu se forçar a se levantar, estava tudo um breu e ele sequer lembrava como chegou ali.

Olhou para os lados forçando seus olhos, parecida ser o bambuzal ao sul de Le, agora ele estava sentado em uma grande poça.

Se levantou

Seus pés descalços entraram em contato com o barro lamacento lhe causando agonia...como ele odiava ficar sem sapatos. Sacudindo sua túnica percebeu que além de estar completamente ensopado, estava vestido apenas com um pano branco e leve. Por sorte não havia brisa alguma ou ele estaria congelando em meio as flores.

- O que...eu estou fazendo aqui? - a última coisa que se lembrava era de estar ajudando uma borboleta durante a chuva e nada mais. Ele não sabia onde estava, nem como chegou e muito menos como sair...

Será que An Yu sentiu sua falta no quarto?

Respirou fundo com a esperança de encontrar calma dentro de si e falou quase num sussurro:

- Tudo bem, An Zi, vamos seguir os ensinamentos e manter a calma...um coração atordoado não sabe seu destino... um coração apavorado atrai perigo...um coração acelerado não sente a brisa... – e seguiu repetindo os ensinamentos em voz baixa como uma oração até que a coragem surgisse.

Se sentia pronto

O garoto fechou os olhos para assim conseguir ouvir. A chuva havia passado, mas ele ouvia água...água corrente. Devia estar perto da nascente do lado. Seguiu caminhando pela noite tendo apenas esse som como guia, seus pés pisavam firmemente no barro fazendo um barulho estranho e grotesco que ele precisou ignorar durante todo o trajeto.

Chegando cada vez mais perto de seu destino pode perceber uma luz ao longe, era branca e quase incômoda aos olhos, principalmente ao considerar o ambiente escuro em que se encontravam. An Zi decidiu se aproximar a espreita e levemente agachado, olhando para o chão, procurou pisar em pequenos resquícios de grama que começavam a se formar a partir dali para amortecer seus paços.

Era a nascente?... Era um lago?

O menino entrou em pânico... e se na verdade ele estivesse bem longe de casa?

Mais longe do que imaginou?

E se já tivesse morrido e acabou se perdendo pelos mundos e está em uma dimensão estranha?

Começou a tremer da cabeça aos pés após ver a fonte da tal luz.

Era uma garota...

Não conseguia distinguir ao certo sua idade

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Não conseguia distinguir ao certo sua idade...talvez não fosse tão mais velha que ele.Tudo em si era branco...pele...cabelos...olhos...unhas e seu intenso brilho.

Além do que os olhos podem ver - SongXiao - Xiao XingChen e Song Lan  Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu