XIII

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Capítulo XIII: reaparição  

  
Nova Orleans está localizada no estado da Louisiana no sudeste dos Estados Unidos, próxima ao Golfo do México. É conhecida por sua incansável vida noturna, sua vibrante cena de música ao vivo e sua culinária apimentada e única, que reflete a histórica mistura da cultura francesa, africana e americana.  

A cidade também é conhecida por suas lendas, seu rico folclore e muitas superstições, o que atrai turistas do mundo inteiro, visitantes estes ávidos por histórias como a do convento Old Ursuline, que a partir do ano de 1720 passou a abrigar não apenas freiras, mas também mulheres que eram enviadas da França e ali moravam até que se casassem. As chamadas “Casket Girls”, apelido dado pelos moradores da cidade, ficaram assim conhecidas por conta de um enorme baú que cada uma trazia com seus pertences. Logo mais também foram apelidadas de vampiras, por sua aparência pálida e magra e por nunca serem vistas à luz do sol.  

São muitos os turistas que são atraídos para a cidade por conta dessas ricas lendas, o que a maioria não sabe é que a maioria delas não são apenas lendas.  

Às margens do Rio Mississippi, na abandonada catedral de St Louis, a mais bela igreja de Nova Orleans, com uma rica arquitetura que mistura vários estilos: com suas colunas romanas, torres francesas e fachada americana, se encontravam três bruxas irmãs de descendência grega. Precisavam de um lugar para se reunirem sem interrupções e a igreja pareceu uma boa opção.  

Vindas de Atenas o clã das bruxas Galanis, do grego Γαλανής, tinham um único objetivo em comum: eliminar todas as bruxas da linhagem Bennett, havendo uma em especial, aquela que foi destinada a ocupar o trono sobrenatural das servas da natureza e governá-las, as pondo sob um manto de obediência, com um sistema de regras que todas deviam cumprir.  

Todos os anos durante mil anos essas bruxas, que tem como características marcantes seus intensos cabelos ruivos e os expressivos olhos azuis, fazem o feitiço para encontrar a escolhida para enfim eliminá-la. Sabiam muito bem do feitiço de reencarnação feito pela bruxa Ayana, os espíritos falam.  

No ano de 1470 a primeira reencarnação de Kaleah Bennet surgiu no corpo de uma camponesa no Sul da Itália, mas foi brutalmente morta pelas bruxas Galanis. Apesar de ser detentora de uma grande quantidade de poder, Giusseppina não sabia controlar sua própria magia por não ter tido nenhum ensinamento, dessa forma não foi difícil para as Galanis acabarem com ela. 

Quinhentos e dezenove anos mais tarde, em 1989 elas sentiram a concentração de poder surgindo novamente e apontando para o continente americano e tentaram correr para investigar, contudo logo tiveram o foco desviado para o continente asiático e logo após africano. Se perderam diversas vezes do rastro da criança prometida e agora novamente sentiram a concentração de poder vinda da América, o que as fez sair imediatamente da Grécia e chegarem ao continente. Cada vez que chegavam mais próximas, mais forte sentiam o poder e agora estavam mais perto de concluir seu intento de encontrar a jovem bruxa.  

— Agora que estamos em Nova Orleans estamos nos aproximando dela, consigo sentir a energia aumentando cada vez que nos aproximamos mais, o que é ruim pois significa que a cada vez que ela reencarna ela vem mais poderosa. — Bethzatha Galanis, a líder do grupo, diz enquanto encarava um grande mapa dos Estados Unidos.  

— Mas é claro que sim, a cada vez que uma ancestral Bennett morre o poder se acumula e passa para a próxima descendente. Esta garota está com o poder acumulado de seis bruxas da linhagem. — Desdemona, sua irmã mais nova, explica.  

Eterno | Klaus Mikaelson  Onde histórias criam vida. Descubra agora