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Mas um dia, acordo com meu despetador de diário, lá se vão cinco da manhã, hoje não estou tão empolgada , visto minha roupa de quase sempre, pego meu tênis coloco no pé, música agitada e lá vamos nós.

Faço o mesmo trajeto de todos os dias, e em seguida volto para casa , a Bárbara ainda dorme, são seis da manhã, entro no quarto sem fazer barulho tomo meu banho e saio para cozinha.

Coloco a água do café no fogo, e enquanto isso, começo a pensar na vida, resolvo olhar um pouco o celular, e vejo que tem uma mensagem do Henri, dizendo que tinha chegado e que a viagem foi tranquila, respondo com uma mensagem de alegria e no final digo que estou morrendo de saudades.

Enfim a água ferveu, faço o café, sinto o vapor chegar até meu rosto como sopro quente de verão, e como passe de mágica ouço o bater de sino na rua, era o seu zé , que passava com seu velho jumento que trazia um leite bem quentinho.

Saio correndo em direção a porta , e isto me faz lembrar de quando era criança em que meu pai saia comigo para pegar leite diretamente da vaca, boas lembranças eu tenho até que ele se foi, e me deixou , e tudo que era lindo ficou cinza de repente.

- Bom dia Bel- diz seu Zé

- Bom dia seu zé- diz estendendo a vasilha para que fosse colocado o liquido.

- Como esta?- diz seu zé sorridente

- Bem, e o senhor- responde

- Estou bem também ,

- Que maravilha, agora já vou indo- diz o senhor

- Boas vendas- diz entrando em casa.

Voltando aos meus pensamentos lembro de como foi sofrido depois que o meu pai se foi, era manhã de domingo chovia, e ouvir gritos vindo do quarto, depois disso nunca mais ele voltou, deve ter encontrado outra família e deve ser feliz, choro, e ao mesmo tempo coloco o leite na vasilha e levo ao fogão, penso, reflito, vida que segue Mabel, enxugo as lágrimas que insite em cair.

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Estou vivo, e isso significa que mais um dia de trabalho, mais um dia a ser vencido, tomo banho coloco me roupa de trabalho e sigo até a cozinha, de longe avisto a Mabel enxugando seu rosto, nunca mais tinha visto ela assim, fico sem jeito , vou caminhando até sua direção, fico em silêncio por alguns segundos até que , o leite começar a derramar.

- Droga, eu não sirvo para nada, até um simples leite eu deixo derramar - diz Mabel triste.

E mais uma vez ela chora, hoje não era o dia feliz de Mabel, foi então que avistei de longe a data do calendário, era dia 27 de junho , hoje faz exatamente 14 anos que ela não ver seu pai. Resolvo então quebrar o Silêncio.

- As pessoas podem dizer que você não serve para nada, mais isso não significa que seja verdade, você é mais que isso que dizem , você é especial- a abraça.

Ela apenas chora, e em meios aos soluços pergunta, por que ele fez isso comigo, nem uma carta mandou..

- Por que? , por que ele era um babaca que não sabe o quanto tem uma filha maravilhosa-

- você suspeito para falar, é meu melhor amigo- diz ainda no abraço.

- Sim , por essa razão digo o quanto você é incrível- diz saindo do abraço.

- Nosssa, que cena mais linda, só faltou o beijo- diz Bárbara entrando na cozinha.

- Não existe essa histórica de beijo Bárbara- diz Mabel enxugando os olhos.

MABEL (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now