A beleza da união

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Para aquela apresentação, eles precisaram da ajuda de outras pessoas. Wei Wuxian recebeu uma flauta de bambu no último momento, antes de entrar no palco e ficou aliviado. A antiga flauta estava deteriorada, e a única disponível para ele usar era de metal e o som para ele era muito mais frio e sem emoção.

— Vocês estão animados para isso. — Jiang Cheng disse, sorridente.

— Obrigado pela ajuda. — Wei Wuxian falou, trocando sorriso com seu irmão. Mesmo que aquele na sua frente não tivesse a alma de Jiang Cheng que conheceu, Wei Wuxian estava feliz em tê-lo encontrado. Principalmente ter tido a oportunidade de vê-lo sorrir de forma tão animada.

A relação dos dois ainda era bastante delicada, as vezes Jiang Cheng estava de bom humor quando o encontrava e eles conseguiam ter uma conversa civilizada. Às vezes, nem conseguiam se manter no mesmo lugar. Ficou tentado em abraçar o irmão, para sentir novamente a segurança de estar ao lado dele. Contudo, foram chamados para subirem ao palco.

Lan Zhan não estava muito diferente do que Wei Wuxian conhecia, só que, dessa vez, eles conseguiram figurinos muito parecidos com os que usavam em seu tempo. E, olhando melhor, ele parecia até mais feliz pelos longos cabelos negros caindo nas suas costas.

Wei Wuxian aproximou-se rapidamente dele, antes de passarem pela área dos que chamavam de bastidores e o elogiou, vendo suas orelhas ficarem vermelhas de vergonha. Wuxian suspirou, sentindo saudade dos beijos e das carícias mais íntimas de quando eram casados. Agora, apenas um olhar parecia causar rebuliços.

Assim que apareceram no palco, as luzes direcionaram para eles. Era um incomodo aos olhos aquela claridade. Além disso, mal conseguiam ver a plateia para quem estavam tocando com toda luz em suas faces.

Lan Zhan estava tranquilo, mais confortável naquelas roupas que se assemelhavam as suas, até havia conseguido uma fita para colocar em sua testa. O instrumento estava em um lado do palco e ele caminhou até a guqin, sentando-se de frente para ela.

Do outro lado do palco estava Wei Wuxian, com seus belos cabelos negros implementados por uma jovem gentil que os preparou antes daquela apresentação. Ela era bastante habilidosa e Lan Zhan mal sentiu suas mãos puxarem os fios para prenderem as mechas atuais. E isso foi agradável, pois ele não gostava do toque de outras pessoas, senão as mãos de Wei Wuxian.

O público parecia agitado, mas foram se acalmando quando o som da cítara foi tocado. Causando um impacto nas pessoas, que elas sentiram seus corpos vibrarem com aquela nota. Wei Wuxian sorriu para Lan Zhan, e depois ele assoprou a flauta, fazendo o som melodioso bailar pelo ar, até atingir os ouvidos dos espectadores.

A canção foi tocada como eles costumavam sempre fazer, cheia de intensidade de sentimentos e significados. Era uma forma de pôr em notas toda a sua força e energia espiritual, mesmo que aqueles corpos possuíssem muito pouco disso.

Mas, aos poucos, eles começaram a sentir a energia espiritual aumentar. Não sabiam como isso era possível, mas a música se tornou mais poderosa conforme a energia crescia dentro deles.

Eles se olharam, por um breve momento, voltando a atenção em seus instrumentos musicais, assim como na energia concentrada.

— Você sentiu isso? — Perguntou Jiang Cheng, para a colega. — Essa energia. — Ele sentiu o corpo arrepiar completamente, antes da canção terminar.

— Senti um arrepio, eles tocam muito bem. — Ela respondeu, surpresa, pois não sabiam daquela habilidade dos dois.

O som da canção foi se espalhando pela região de Gusu, até o alto da montanha, alcançando os coelhos selvagens, que se tornaram dóceis. O templo abandonado recebeu uma brisa calma acendeu as velas empoeiradas, dando luz ao ambiente. Os símbolos encrustados diante do altar brilharam com luzes douradas. Não havia ninguém ali para ver tal espetáculo.

A história de WujiOnde histórias criam vida. Descubra agora