IX

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 Engulo em seco, eu não entendia o que ele queria dizer com aquilo. Vejo seus olhos brilharem em amarelo enquanto suas unhas viravam garras afiadas.

— Por que quer me matar?

— Não é nada pessoal, acredite. Mas você realmente não merece o que tem.

De repente algo cai entre nos dois, na verdade, alguém. Lily rosna alto para o homem.

— Você só toca nele por cima do meu cadáver.

— Não lhe ensinaram a respeitar os mais velhos, pirralha?

— Não os que querem matar o meu cunhado. — ela fala indo para cima dele, iniciando sem medo uma luta corporal — Corre!

Ela grita comigo e assim eu faço, correndo novamente para longe daquela briga. Estava tudo tão confuso, mais do que nunca, e nesse momento eu me perguntava, onde estava Jackson.

Entro em uma loja de flores, não havia ninguém atendendo. Tento recuperar o meu folego e descansar um pouco, eles não me achariam ali, ou eu pensava que não, se eram realmente lobos, seus olfatos eram apurados, mas o cheiro forte de tantas flores deveriam cobrir o meu.

Olhando ao redor vejo uma planta que me chamou a atenção, era a mesma planta da pintura que vi na casa de Jaebeom, sua cor era tão azul quanto a pintura e me abduzia. Ao passar a ponta de meus dedos por sua folha me senti um pouco tonto, fechei meus olhos e lá estava outra imagem, eu, vi a mim mesmo, com roupas vitorianas e com cabelos e olhos azuis.

— Mark! — ouço a voz de Youngjae, abro meus olhos vendo ele entrar pela porta, ao piscar vejo uma imagem diferente. Ainda era ele, mas com o mesmo tipo de roupa que eu me vi usando.

Sem me dar margem para falar, ele pega em minha mão me arrastando para os fundos da loja.

— Você precisa me escultar. Está entendendo?

— Jae-

— Está me entendendo? Você tem que fazer exatamente o que eu vou mandar você fazer agora.

— Por que está aqui?

— Foco! Você vai entender tudo, daqui a pouco. Mas nesse momento eu preciso que você saia da cidade.

— O-o quê? Sair?

— Mark, você confia em mim? Sabe que eu te amo e faria qualquer coisa por você.

— Jae, você não entende-

— Você confia em mim? — ele pergunta de novo olhando no fundo dos meus olhos. Do que ele sabia?

— Confio.

— Pegue um táxi, o mais rápido possível e vá para onde a sua avó. Não questione. Você terá todas as respostas, eu juro, mas agora você precisar ir sem questionar nada. Me entendeu?

— Entendi.

— Agora vai. — sou novamente empurrado para fora do estabelecimento, pelos fundos.

E apesar de confuso e com medo, faço o que ele me pediu.

· · • • • ✤ • • • · ·

Minha avó biológica havia morrido no parto do meu pai, anos mais tarde meu avô conheceu uma mulher e algum tempo depois os dois se casaram, essa mulher se chama Cecilia, e eles ficaram juntos até o dia em que meu avô morreu devido a um infarto.

Eu era muito próximo dela, principalmente na infância, hoje em dia ela é diretora de um colégio interno para superdotados que fica fora a cidade, bem longe dela para ser sincero.

O anjo de asas negrasOnde histórias criam vida. Descubra agora