29. Right here right now

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Sabadou!!!

queria agradecer a todos vcs que dão fav e comentam nos caps da fic, isso me anima mt a continuar!!!

Espero que gostem!!

POV Camila

Sentar no sofá do escritório da minha terapeuta não era tão assustador como costumava ser. Eu estava muito mais confortável no espaço e com o que acontecia nessa sala. A Dra. Fletcher era especialista em trauma, estresse, ansiedade, depressão e síndrome do pânico. Tudo que envolvia traumas. Então agora eu me via sentada em frente a mulher mais velha que ajusta seus óculos.

- Em primeiro lugar, gostaria de dizer que estou muito feliz com o nosso progresso. - A Dra. diz e eu solto um pequeno sorriso. - Hoje você está bem diferente daquela garota que chegou aqui totalmente esgotada e com um vocabulário cheio de palavrões. - Confirmo com a cabeça rindo baixinho.

- Eu me sinto melhor. - Respondo rapidamente.

- Fico feliz em ouvir isso.

Flashback

- Eu não me sinto bem. - Brinquei nervosamente com meus dedos. - Acho que os pesadelos e alucinações estão ficando cada vez piores.

- Ao que eles são relacionados? Aos ataques de pânico? - A escutei perguntar.

Essa era a nossa segunda sessão e a primeiro tinha ido muito bem. Na primeira vez que eu entrei aqui tínhamos discutido coisas mais superficiais, descrevendo a minha vida e o que eu queria resolver.

- Eu... eu não sei. - Suspiro a olhando. - Só queria estar mais no controle.

- Controle? - Ela se mexe em sua poltrona. - Controle de que?

- Acho que de tudo. - Dou de ombros.

- Conhece alguém que tenha o controle de tudo?

- O que estou tentando dizer é que eu preciso ficar menos ansiosa e mais calma. - Sigo meu raciocínio. - Preciso me controlar.

- Por que? O que exatamente acontece se você não consegue se controlar?

- Eu-eu vou... parece que vou para outra realidade, por causa das alucinações. - Explico colocando minhas costas contra o sofá. - E isso é assustador pra caralho!

- Por que isso é assustador? - A Dra. questiona suavemente e seu jeito muito calmo com essas perguntas começa a me irritar.

- Não sei! - Perco a paciência. - Não é você quem tem que me dizer? Esse é o seu trabalho!

- Você acha que esse é o meu trabalho? - Outra pergunta.

Porra!

- Puta merda, só me diz! Eu estou aqui pelos meus pesadelos, alucinações e da porra toda. - Vou um pouco mais para frente no sofá. - Não vai me ajudar a me livrar disso tudo?

- Sim. - Volta a falar depois de meu pequeno surto. - Esse é o trabalho. Essas são as perguntas que preciso fazer. - Solto um alto suspiro.

- Eu só quero que isso melhore, ok? Quero poder voltar a dormir e não me preocupar em acordar no meio da noite sem saber se realmente estou acordada ou se é mais uma alucinação. - Passo a mão por meu rosto. - Quero também ir a escola e não pensar se estou lá mesmo ou se é mais um truque da minha mente totalmente fodida. - Desabafo.

- Pode melhorar. - Me encara por longos segundos. - E vai. - Garante. - Mas precisa saber que não é instantâneo, muito menos uma linha reta. E ainda pode piorar antes de melhorar. - Balancei a cabeça lentamente comprimindo meus lábios.

Werewolf - Camren (2ª temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora