Point 30: Akai-ito.

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Washington DC. Cinco dias depois.

Clary tinha feito uma intimação e chamado Richard e eu na sala.

— É o seguinte — começou, jogando revistas na mesa do centro. — Vocês dois se casaram da última vez sem a minha presença, então agora eu vou cuidar de tudo.

Richard e eu nos olhamos, com medo do que viria a seguir.

— Clary... — tentei dizer, mas fui interrompida.

— Shiu, não quero saber.

Respirei fundo e prestei atenção no que ela tinha a dizer.

Antes de sairmos de Seattle, Richard e eu decidimos que dessa vez faríamos as coisas de forma certa. A começar pelo casamento. Não tivemos uma cerimonia de verdade, e eu decidi, após um sonho que estava vestida de noiva, que queria me casar outra vez. Mas dessa vez, na igreja. Richard quase caiu pra trás quando eu disse isso, mas depois concordou.

No meio de toda nossa família, Richard me pediu em casamento outra vez, o que deixou todo mundo confuso, mas era apenas nosso meio de contarmos a eles que iriamos casar — outra vez.

É claro que Clary pirou com a ideia, como qualquer melhor amiga que se preze faria. Após montarmos o apartamento que ela e Gabriel irão dividir, ela passou todo seu tempo livre na internet pesquisando coisas de casamento.

Clarissa já tinha um plano para tudo.

Íamos nos casar em Washington mesmo, decididos que nossa nova vida juntos começava aqui. Levando em conta o tempo para preparar tudo, íamos procurar uma data para daqui nove meses, procurando algo em final de agosto, que foi quando nos casamos em Las Vegas, para casarmos na igreja no aniversário de um ano de casamento em Vegas.

Clary agradeceu bastante pelo tempo que teria de sobra para resolver as coisas. Ela estava mais animada do que eu, mas eu particularmente não podia ver a hora de ir experimentar os vestidos de noiva.

— Quero entrar na igreja ao som de Farewell — falei, olhando para Richard, interrompendo Clary.

— De Pocahontas — ele disse com um sorriso, me olhando e confirmando com a cabeça. — Ok.

— E a valsa? — Clary nos olhou, mordendo a unha do dedão.

— Fácil. Ricky Martin. Eu preciso dançar Ricky Martin no meu casamento.

Abri a boca e virei para Richard, franzindo a testa.

— Ricky Martin de Livin' La Vida Loca?! Você quer dançar isso?

— A gente pode dançar Maria então — sugeriu, dando de ombros. Ele me olhou assustado quando eu não reconheci a música. — Un, dos, tres Un pasito pa'lante. María Un, dos, tres Un pasito pa' atrás — cantarolou no ritmo da música, mexendo os ombros. — Sabe?!

Fiz uma careta, tentando me lembrar, sabendo que já tinha ouvido, mas não sendo forte o bastante para recuperar algo em minha memória.

— Acho que fico com Livin' La Vida Loca, que resume bem nosso casamento — falei, já que não conhecia a outra.

— O que?! — Clary quase gritou. — Não podem dançar isso na valsa, tem que ser alguma música sentimental! — Ela levantou a mão antes de conseguirmos dizer alguma coisa. — Se você me falar que vai dançar Pocahontas eu te jogo por essa janela.

Mordi a boca para não rir e Richard cobriu a dele, desviando os olhos, soltando uma risada.

— Que tal um clássico da Disney? — ele sugeriu, me olhando. — Beauty and the Beast.

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