Capítulo 34

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Júlia abriu a porta do apartamento para Érica entrar. Sua amiga não conseguiu disfarçar a cara de espanto ao ver que Mauro estava ao lado dela. As duas se cumprimentaram com um abraço.

— Bom dia, Érica. Tudo bem? — Mauro  a cumprimentou.

— Bom dia. — Ela respondeu com o cenho franzido.

— Eu e o Mauro estamos juntos. — Júlia disse de uma vez.

E Érica ficou com o queixo caído, embora já tivesse percebido, pois Mauro estava com o braço em torno das costas de Júlia.

—  Sério?! Eu fico feliz de verdade por vocês.

— Obrigada.

— Bem, Júlia, eu vou deixar você agora com sua amiga. Sei que vocês têm muito o que conversar. — Ele disse olhando de uma para outra.  E voltando-se para Julia. — Vou visitar o flat o qual lhe falei. Hoje mesmo pretendo me mudar.

Júlia tocou-lhe no ombro carinhosamente, entendendo que o ato de ele se mudar era um rompimento com seu irmão. E ela não conseguiu evitar um nó em garganta , uma vez que no dia anterior havia rompido com seu pai. Ela não queria que ele se  desentendesse com seu irmão, a quem tanto amava, por conta dela, todavia admitia que nem ela própria conseguia entender Maurício.

— Eu preferia  que você não fosse embora da sua casa. A  Dulce não vai gostar. — Ela tentou convencê -lo.

— A minha mãe mal fica em casa. E não é ela quem eu quero evitar, você sabe bem.

— Desculpe. Eu não vou questionar mais. — Disse Júlia dando -se por vencida.

— Não se preocupe, por enquanto é a melhor decisão. Bem, eu vou indo.

Mauro a beijou, um beijo rápido, mas cheio de carinho que fez Júlia ruborizar quando o seu olhar encontrou o de Erica, que estava com um enorme ponto de interrogação na tez.

— Ainda te vejo hoje? — Júlia perguntou.

— Sim, hoje à noite. Até mais. — Mauro então sorriu para Érica, e saiu pela porta.

Ao se ver sozinha com a amiga, Júlia pegou a bolsa que estava sobre o sofá da sala e a chave do carro, e a puxou pelo braço levando-a até o hall.

— Júlia, vai ou não vai me explicar o que está acontecendo? Você e o Mauro? O gato da vez não era o irmão dele? E o que deu  nele, estava  tão simpático? Nunca olha nem na minha cara.

Ao chegar na garagem, Júlia abriu a porta do seu carro e pediu para que Érica sentasse no banco do passageiro.

— Vou te explicar no caminho. — Ela respondeu pondo o cinto de segurança.

— Ótimo. Porque eu estou realmente curiosa. E para onde nós estamos indo mesmo?

—  Até a casa do Mauro.

— Mas não foi ele quem acabou de sair da sua casa?

— Eu sei, é que eu preciso falar com o Maurício.

— Júlia, mulher aquieta o teu facho... Ou é um ou outro, você não pode ter os dois.

Júlia revirou os olhos com o comentário de Érica. Era claro que ela não tinha mais o mínimo interesse por Maurício que era um tremendo mentiroso e sem vergonha.

O amigo leal, romântico e apaixonado que ela julgara que ele era, não existia. Mauro, sim, como sempre acreditara era o grande amor de sua vida. E saber que ele correspondia aos seus sentimentos só a deixava mais radiante.

Mas precisava ouvir olhando nos olhos de Mauricio porque ele mentira para ela. E aí dele se dissesse que é por que estava apaixonado, pois ela o estapearia!

Doce JúliaWhere stories live. Discover now