Bésame | Vhope

Tres | No me importa un carajo, porque sé que volverás

              Acabo de descobrir que hoje à noite farão uma festa aqui na pousada. E decidido a ignorar inteiramente cada um dos meus problemas até que desapareçam, tomei a decisão de ir, beber muito, beijar umas bocas e esquecer meu nome.

Depois de seis doses, talvez até Marcus eu seja capaz de pegar.

– Hoje eu vou perder a linha como naquela vez em Miami Beach – avisei com um sorriso animado, não deixando passar despercebido os suspiros de Tico e Teco – O quê?

– Em Miami Beach você dormiu na viagem de volta para o hotel, e passou a noite na garagem dos ônibus – disparou Jungkook – Acho que a circunstância é autoexplicativa.

Concluiu, seguido por um aceno de Jimin em pura concordância.

– A culpa é de vocês, que desceram do ônibus e me deixaram lá dormindo – rebati ultrajado – Que ótimos amigos eu fui arrumar.

– Eu nem lembro o que aconteceu naquele dia, eu só sei que puxei o Jungkook para fora do ônibus comigo e na minha cabeça você estava junto.

– E só sentiram a minha ausência no dia seguinte, né? – semicerrei os olhos.

– Estávamos todos bêbados – Jungkook tornou a falar, tentando não prolongar ainda mais a situação – E também não tem porque esquentar a cabeça com isso agora.

– Claro, porque não foi você quem acordou dentro de um ônibus com dois colombianos – resmunguei.

Ele riu, rolando os olhos rapidamente.

– Hoje eu vou chapar o cu de pinga! – exclamei alto, batendo com a palma da mão na mesa – Para acordar no dia seguinte sem me lembrar de merda nenhuma.

– Vai ser uma noite e tanto – Park suspirou com um leve aceno de cabeça.

– Ah, se vai – confirmei com um sorriso largo.

Será mais uma noite na qual não vou me lembrar de absolutamente nada, mas os vídeos e relatos irão comprovar o quão fodidamente bêbado e fora de mim eu estava.

Sinceramente, pelo meu extenso histórico de perda de controle total, ainda me questiono como isso nunca afetou tragicamente a minha vida profissional.

Já que imagem é algo que se preza bastante, quando se é uma pessoa pública.

Bem, para que procurar problemas onde não tem? Uma hora vai dar merda? Vai. Mas enquanto nada acontece, continuamos a pisar em ovos.

Me sinto deveras empolgado quando a noite cai, meus olhos brilham quando vejo todas aquelas luzes coloridas, as dezenas de pessoas que vão tomando conta do lugar, o tilintar dos copos e garrafas. Puta merda, eu adoro uma aglomeração.

Confirmo rapidamente se não há nenhum familiar meu pelos cantos. Porque uma coisa é passar vergonha na frente de desconhecidos e uma completamente diferente, é passar vergonha na frente da família. Já que a família você encontra sempre, e eles não esquecem, também não perdoam.

Em todos os natais um deles faz a grande questão de relembra da única vez em que peguei o Papai Noel, como se fosse um ótimo conto natalino. Lembram da vez que o Taehyung sentou no colo do Papai Noel? Não? Então deixa que eu te conto...

Após confirmar que não havia nenhuma sombra familiar à diante, me dirigi até o bar, nas primeiras duas dose eu posso dizer que foi o suficiente para me deixar alegre.

Alegre ao ponto de sair para dançar com qualquer um que me convidasse.

Na terceira eu já começo a flertar, e não tem quem me segure quando esse homem aqui está disposto à traçar todo ser humano que entre na frente.