Capítulo 3

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ISABELLE

Hoje é o meu primeiro dia de aula, se estou nervosa? Não imaginam o quanto.

Me despeço da minha amiga que me deseja boa sorte e vou andando até o ponto de ônibus.

No caminho passo pela mansão e paro para dar uma olhada. Balanço a cabeça e continuo meu caminho.

Assim que chego ao ponto espero por cerca de dois minutos e logo avisto o ônibus.

Rapidamente cheguei em frente a escola. Tinha uma enorme faixa na frente.

Escola sonho meu

Sorri um pouco nervosa e adentrei os portões.

Cumprimentei o porteiro e segui para a sala do diretor que me explicou que eu daria aula as crianças do 1°ano.

Me dirigi até a sala assim que entrei a sala já estava cheia de crianças.

Respiro fundo e vou para frente da sala.

— Bom dia crianças. —cumprimento chamando a atenção de todos.

— BOM DIA PROFESSORA. —eles gritam em uníssono.

Sorrio para eles. Me sinto feliz e realizada.

— Meu nome é Isabelle, mas quero que vocês me chamem de Izzy tudo bem? —perguntei e todos assentiram.

— Tia Izzy, a senhora vai perguntar nossos nomes? —uma garotinha de cabelos loiros perguntou.

— Claro, querida. —sorri para ela. — Vamos começar por você.

Ela abriu um largo sorriso e levantou-se da cadeira para apresentar-se.

— Meu nome é Ângela.

Em seguida todos foram se apresentando.

A aula ocorreu maravilhosamente bem. Claro que tem algumas crianças que dão um pouco mais de trabalho, mas nada que eu não possa lidar.

Logo o sinal tocou mostrando o fim da minha aula.

— Tchau crianças e façam o trabalho que passei.

Assim que saio da sala esbarro no professor que irá dar aula a essa turma.

Com o impacto meus livros acabam caindo no chão.

— Perdão. —ele pediu e se abaixou para pegar meus livros.

Ele era bem bonito, mas por algum motivo eu não o achava tão bonito quanto o homem mistérioso.

E por que diabos estou pensando nele agora?

— Não se preocupe.

Antes que ele dicesse mais algo sai de lá à passos largos.

Fui direto para a sala dos professores chegando lá encontrei uma mulher de óculos.

— Olá. —cumprimentei-a sentando do seu lado.

Faltava quinze minutos para a minha próxima aula.

— Oi. —respondeu concentrada na folha em sua frente.

Olhei de canto de olho e notei que eram cálculos, de certo era professora de matemática.

— Me chamo Isabelle.

Ela desviou seu olhar do papel e me fitou curiosa. E quando achei que iria me responder ouvimos a porta ser aberta.

— Vocês podem me emprestar um piloto? A droga do meu está falhando.

Olhei para o dono da voz e era o mesmo professor que esbarrei agora pouco.

— Sim... Cla.. Claro. —a mulher do meu lado pegou um piloto mais rápido que o flash e gaguejou mais do que o pato Donald.

— Obrigado, linda. —assim que ele agradeceu suas bochechas ganharam um leve rubor.

Saquei!!

Assim que ele saiu pus minha curiosidade em ação.

— Você gosta dele não é? —questionei a vendo arregalar tanto os olhos que temi que eles pulassem fora.

— De... De... Que... Quem...

Deus que me perdoe mas não conti uma risada.

— Do professor bonitão.

Dessa vez a pobre se engasgou com sei lá o que.

— Ei... Calma! Respira, inspira, respira... Está melhor? —ela assente em seguida tira o óculos.

— Está tão óbvio assim? —me perguntou em um suspiro.

— Bem, pelo menos eu notei. —respondi dando de ombros.

— Ele nunca irá me notar. —queixou-se abaixando a cabeça.

— Só se ele for cego! Você só precisa deixar a timidez um pouco de lado.

— Impossível! Não consigo dizer uma palavra sem guaguejar pareço até uma adolescente na puberdade.

Ri de seu comentário.

— Consegue sim, e eu irei te ajudar. —ela me olhou surpresa mas logo um sorriso surgiu em seus lábios.

— Sério? Ah, muito obrigada Isabelle!! —agredeceu segurando em minhas mãos.

— Me chame de, Izzy.

— Claro. Ah, meu nome é Beatriz. E desculpe ser mal educada agora pouco é que não sou muito de falar.

— Tudo bem, eu entendo.

Olho no meu relógio e noto que chegou a hora da minha próxima aula. Me despeço da Beatriz e sigo para a próxima sala.

O meu dia passou rapidamente estava arrumando minha bolsa para ir embora quando a Beatriz entra na sala.

— Gostou do primeiro dia? —ela perguntou guardando alguns livros no armário.

— Amei. Hum, Beatriz posso te perguntar uma coisa?

Talvez uma pessoa de fora pudesse me esclarecer essa dúvida.

— Você acha possível uma pessoa nunca sair de casa?

Com a minha pergunta ela parou de mexer no armário e me encarou com a sobrancelha erguida.

— Nunca saiu?

— Isso.

— De onde tirou isso? Em algum momento a gente precisa sair de casa. —respondeu como se fosse óbvio.

— Mas ele não.

Ela então ficou calada como se estivesse pensando.

— E se essa pessoa tiver uma doença. —sugeriu guardando o último livro.

Doença?

— E existe uma doença que impede de sair de casa? —questionei estupefata.

—  Claro que não. Mas, existe uma que não pode sair durante o dia.

Oh céus, mais uma que vai dizer vampiro.

— Não vai me dizer que acredita em vampiros! —exclamei revirando os olhos.

— Credo! Claro que não. O nome da doença é "Xeroderma Pigmentosum". —explica. — É uma doença incurável que faz com que se a pessoa ficar exposta aos raios solares, bem... Irá morrer.

Arregalei os olhos.

Será que esse é o mistério?

Mas se fosse isso, então porque ele não sai a noite?

Meu Deus!! Estou tão confusa.

Qual o porquê de tanto mistério?

Amor Ao Lado [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora