ISABELLE
Hoje é o meu primeiro dia de aula, se estou nervosa? Não imaginam o quanto.
Me despeço da minha amiga que me deseja boa sorte e vou andando até o ponto de ônibus.
No caminho passo pela mansão e paro para dar uma olhada. Balanço a cabeça e continuo meu caminho.
Assim que chego ao ponto espero por cerca de dois minutos e logo avisto o ônibus.
Rapidamente cheguei em frente a escola. Tinha uma enorme faixa na frente.
Escola sonho meu
Sorri um pouco nervosa e adentrei os portões.
Cumprimentei o porteiro e segui para a sala do diretor que me explicou que eu daria aula as crianças do 1°ano.
Me dirigi até a sala assim que entrei a sala já estava cheia de crianças.
Respiro fundo e vou para frente da sala.
— Bom dia crianças. —cumprimento chamando a atenção de todos.
— BOM DIA PROFESSORA. —eles gritam em uníssono.
Sorrio para eles. Me sinto feliz e realizada.
— Meu nome é Isabelle, mas quero que vocês me chamem de Izzy tudo bem? —perguntei e todos assentiram.
— Tia Izzy, a senhora vai perguntar nossos nomes? —uma garotinha de cabelos loiros perguntou.
— Claro, querida. —sorri para ela. — Vamos começar por você.
Ela abriu um largo sorriso e levantou-se da cadeira para apresentar-se.
— Meu nome é Ângela.
Em seguida todos foram se apresentando.
A aula ocorreu maravilhosamente bem. Claro que tem algumas crianças que dão um pouco mais de trabalho, mas nada que eu não possa lidar.
Logo o sinal tocou mostrando o fim da minha aula.
— Tchau crianças e façam o trabalho que passei.
Assim que saio da sala esbarro no professor que irá dar aula a essa turma.
Com o impacto meus livros acabam caindo no chão.
— Perdão. —ele pediu e se abaixou para pegar meus livros.
Ele era bem bonito, mas por algum motivo eu não o achava tão bonito quanto o homem mistérioso.
E por que diabos estou pensando nele agora?
— Não se preocupe.
Antes que ele dicesse mais algo sai de lá à passos largos.
Fui direto para a sala dos professores chegando lá encontrei uma mulher de óculos.
— Olá. —cumprimentei-a sentando do seu lado.
Faltava quinze minutos para a minha próxima aula.
— Oi. —respondeu concentrada na folha em sua frente.
Olhei de canto de olho e notei que eram cálculos, de certo era professora de matemática.
— Me chamo Isabelle.
Ela desviou seu olhar do papel e me fitou curiosa. E quando achei que iria me responder ouvimos a porta ser aberta.
— Vocês podem me emprestar um piloto? A droga do meu está falhando.
Olhei para o dono da voz e era o mesmo professor que esbarrei agora pouco.
— Sim... Cla.. Claro. —a mulher do meu lado pegou um piloto mais rápido que o flash e gaguejou mais do que o pato Donald.
— Obrigado, linda. —assim que ele agradeceu suas bochechas ganharam um leve rubor.
Saquei!!
Assim que ele saiu pus minha curiosidade em ação.
— Você gosta dele não é? —questionei a vendo arregalar tanto os olhos que temi que eles pulassem fora.
— De... De... Que... Quem...
Deus que me perdoe mas não conti uma risada.
— Do professor bonitão.
Dessa vez a pobre se engasgou com sei lá o que.
— Ei... Calma! Respira, inspira, respira... Está melhor? —ela assente em seguida tira o óculos.
— Está tão óbvio assim? —me perguntou em um suspiro.
— Bem, pelo menos eu notei. —respondi dando de ombros.
— Ele nunca irá me notar. —queixou-se abaixando a cabeça.
— Só se ele for cego! Você só precisa deixar a timidez um pouco de lado.
— Impossível! Não consigo dizer uma palavra sem guaguejar pareço até uma adolescente na puberdade.
Ri de seu comentário.
— Consegue sim, e eu irei te ajudar. —ela me olhou surpresa mas logo um sorriso surgiu em seus lábios.
— Sério? Ah, muito obrigada Isabelle!! —agredeceu segurando em minhas mãos.
— Me chame de, Izzy.
— Claro. Ah, meu nome é Beatriz. E desculpe ser mal educada agora pouco é que não sou muito de falar.
— Tudo bem, eu entendo.
Olho no meu relógio e noto que chegou a hora da minha próxima aula. Me despeço da Beatriz e sigo para a próxima sala.
O meu dia passou rapidamente estava arrumando minha bolsa para ir embora quando a Beatriz entra na sala.
— Gostou do primeiro dia? —ela perguntou guardando alguns livros no armário.
— Amei. Hum, Beatriz posso te perguntar uma coisa?
Talvez uma pessoa de fora pudesse me esclarecer essa dúvida.
— Você acha possível uma pessoa nunca sair de casa?
Com a minha pergunta ela parou de mexer no armário e me encarou com a sobrancelha erguida.
— Nunca saiu?
— Isso.
— De onde tirou isso? Em algum momento a gente precisa sair de casa. —respondeu como se fosse óbvio.
— Mas ele não.
Ela então ficou calada como se estivesse pensando.
— E se essa pessoa tiver uma doença. —sugeriu guardando o último livro.
Doença?
— E existe uma doença que impede de sair de casa? —questionei estupefata.
— Claro que não. Mas, existe uma que não pode sair durante o dia.
Oh céus, mais uma que vai dizer vampiro.
— Não vai me dizer que acredita em vampiros! —exclamei revirando os olhos.
— Credo! Claro que não. O nome da doença é "Xeroderma Pigmentosum". —explica. — É uma doença incurável que faz com que se a pessoa ficar exposta aos raios solares, bem... Irá morrer.
Arregalei os olhos.
Será que esse é o mistério?
Mas se fosse isso, então porque ele não sai a noite?
Meu Deus!! Estou tão confusa.
Qual o porquê de tanto mistério?
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Amor Ao Lado [COMPLETO]
RomanceIsabelle é uma jovem professora que acaba de mudar-se para morar junto de sua amiga, o que ela não esperava era se deparar com um mistério, quem é seu vizinho? E o que é que ele tanto esconde?