Capítulo 18

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Sabe quando faz as coisas do dia a dia mas seus pensamentos estão longe? Estou mais ou menos assim.

Pelos últimos quase dois meses tenho tido um .. rolo, digamos assim, com meu querido chefe. O que na minha cabeça é uma total loucura. Não deixei ninguém entrar na minha vida por anos e nem sei por que deixei ele ficar nela.

Mas quando eu lembro de quão prazerosa é essa loucura eu me perco ainda mais. Continuamos as escondidas. Eu não queria ser conhecida por ter meu trabalho graças ao chefe, mas David também nunca tocou no assunto, o que no fundo me deixa com a pulga atrás da orelha.

Ele está viajando a dois dias e chega pela manhã, o que me está me deixando com os pensamentos longe e automaticamente nele.

Nós conversamos o tempo todo, mas sabe aquele lance de não ser nada sério? Isso pega no meu psicológico, por que meu coração idiota está todo derretido por ele.

Foi rápido? Bastante. Somente algumas semanas. Mas não posso negar que bem antes disso rolou um clima naquele elevador. Sem contar que desde o nosso dia em Boston meu cérebro se agarrou a ele.

Tenho passado o máximo de tempo com Sam, e David sabe que ele é minha prioridade. Jacey está num rolo assim como eu. E por incrível que pareça a mulher é legal, mas não sei se vai pra frente, mas por causa dele e não dela.

- Bons sonhos amor. - Sussurro e deixo a história que lia na mesinha.

Me levanto e tampo seu corpo já lembrando que em duas semanas chega suas férias e será seu aniversário. Tenho que pensar nisso.

Deito na cama mando uma mensagem de boa noite para David mas não recebo nada de volta. Tento não imaginar coisas e me deixo ser levada pelo sono.

- Oi cunhadinha. - Escuto de Ben assim que entro no elevador voltando do meu almoço. A sorte é que não tem mais ninguém.

- Que cunhada o que Ben.

- Vocês se pegam gatinha, agora é minha cunhada. - Bufo sem querer falar mais do assunto e ele ri. - Já o viu?

- Não, estava no meu almoço. Ele chegou? - Ele assente quando o elevador para e sai assobiando para sua sala.

Poxa. O infeliz nem me avisou. Beleza. Não pira Hayley, não pira. Aproximo de minha mesa e faço de conta que não sei de nada continuo meu trabalho normalmente.

- Olá. - O homem me cumprimenta e eu gelo.

Puta merda. É o Sr. Connor. Mas ele não estava viajando? É, realmente o cara pode estar mais velho porém ainda é lindo como os filhos e seus cabelos grisalhos deram um charme a mais.

- Boa tarde. - Falo tentando transparecer confiança.

- Meu filho está?

- Só um minuto. - Digo sorrindo simpática e ele retribui.

Ligo pra sua sala e antes de mais nada falo rapidamente que seu pai está o aguardando, sem dar brecha para ele falar algo.

- Quanto tempo está aqui? - Puxa conversa.

- Na empresa a alguns anos, mas nesse cargo a poucos meses.

- Acho que lembro de você. Amiga do Turner, certo? - O encaro boquiaberta e confirmo. - Nossa, lembro quando ele falou de você.

- Se conhecem? - Indago surpresa.

- Sim, era amigo dos seus pais. - Diz com um lamento. - Vocês estão juntos?

- Não. - Nego rindo e nesse momento o motivo dos meus sonhos eróticos aparece gato como sempre.

- Pai. - Eles sorriem e dão um abraço rápido cheio de batidas nas costas.

- Estava conversando com sua secretária. - Explica e se volta a mim. - Mas me fala Hayley, se não é ele ao menos namorado tem.

Fico um pouco constrangida mas me nego a olhar para David. Primeiro daria na cara. E segundo ele nunca falou que somos namorados e nem entrou na conversa para falar.

- Na verdade não.

- Quer dizer que não namora gatinha.

É claro que pro bonde ficar completo Benjamin deveria aparecer. O fuzilo com o olhar e ele me lança um sorriso enquanto cumprimenta seu pai.

- Essa aqui é difícil pai. Não sai com ninguém da empresa.

- Ben. - O advirto mas o descarado rir.

- Uma pena, seria um prazer ter uma mulher como você sendo minha nora.

Engulo em seco e dou um sorriso que não deve ter convencido ninguém de tão sem graça.

- Vamos deixar Hayley trabalhar, certo. Entrem. - Meu chefe me salva, ou se salva dessa conversa.

●●●

- Bom dia pequeno. - Escuto sua voz na porta.

- Oi amigo da mamãe. Mamãe. - Ele grita e vou atrás.

- Oi amor, vai tomar seu café da manhã. - Peço pro Sam e me viro para a porta. - O que faz aqui David?

- Vim te ver. Meu pai tomou meu tempo ontem. - Fala com um sorriso de canto e entra mais um pouco em casa.

- Sam está aqui, meu final de semana é sempre com ele. - Digo em voz baixa.

- Eu sei. Mas não estava aguentando.

David me puxa para ficar na frente da porta que ainda estava aberta pra que ninguém nos visse e me dá um beijo rápido segurando forte minha cintura.

- Mamãe. - Escuto ele gritar e me desvencilio rápido de seus braços a tempo de Samuel chegar perto. - Vamos passear hoje? Na música gigante?

- Tio Jacey está com o carro da mamãe hoje, podemos ir no parque aqui perto. - Digo tentando melhorar seu ânimo mas não adianta.

- Posso levar vocês pra passear. O que acha pequeno? - Pergunta.

Quero negar pra não envolver mais ainda meu filho nisso. Samuel viu David algumas vezes aqui em casa e meu chefe sempre o trata muito bem e pra meu pequeno ele é meu amigo.

O olho de cachorro pidão que meu filho me lança junto com o biquinho não me dão escolha.

- Por favor. - Pede.

- Tudo bem. - Ele abraça minhas pernas sorrindo e corre para o quarto.

O bendito homem queria conquistar meu filho, só pode. Nos levou para passear, brincou com ele na loja em que tem as teclas de um teclado enorme e ainda mimou meu pequeno comprando um carrinho que tinha gostado.

Aí conquistou ele rapidinho.

Ainda o levou para comer pizza que por sinal é o que ele mais gosta. E no final Samuel falou pra chamá-lo de Sam. Pronto. De amigo da mamãe virou seu melhor amigo.

- Já o conquistei. - Se gabou colocando Sam na cama depois de um longo dia e uma noite de filme.

- Quando falou do carrinho ele já te achou o máximo. - Falo ao sair de seu quarto.

- E você me acha o máximo? - Ele me encurrala na parede com seus braços em volta de mim.

- Talvez. - Dou de ombros.

- Senti sua falta. - Ele afundou o rosto em meu pescoço e mordeu.

- Então vamos dar um jeito nisso. - Sussurrei antes de o puxar pela camisa e o levar pra minha cama.

Querido Chefe - Série Poderosos e Irresistíveis 1Onde histórias criam vida. Descubra agora