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Noah on

  O quarto, um breu total, iluminado fracamente pela luz da lua.

  Mal nos mexíamos. Os únicos sons possíveis de serem escutados eram nossas respirações entre os beijos aparentemente intermináveis.

Apenas eu, e ela.

  Minha mão encaixada sob sua mandíbula, meu polegar faz um carinho gostoso em sua bochecha. Meus dedos pressionam suas costas nuas em direção a mim. Meus lábios sobre os seus, sua língua dançando junto a minha. Nossas respirações ofegantes entre os selinhos, meus fios perdidos entre seus dedos, os mesmos que deslizam pela pele do meu rosto.

  Sua boca entreaberta e desorientada descola da minha, minhas mãos sob suas costelas nuas sentem seu peito inflando. E com um movimento rápido, meus lábios molhados já estão perdidos em seu pescoço.

  Gosto de ouvir os sons emitidos por ela enquanto exploro seu corpo com novos interesses. Sugo a pele entre a junção de sua mandíbula e seu pescoço e a ouço gemer baixinho bem em meu ouvido, fazendo com que eu faça o mesmo. Não sei se é proposital ou se ela tem a mínima noção do que seus sons no meu ouvido causam em mim.

Ela arqueia suas costas quase imperceptivelmente a medida que vou descendo, assim como seu aperto em meu cabelo vai aumentando. Beijo sua clavícula demoradamente, seu coração bate forte e rápido, ela puxa o ar inflando seu peitoral, arqueando suas costas.

  Desenho suas curvas com minhas mãos, deslizando meu dedos firmes por suas coxas, quadril e sua cintura, sentindo-a inquieta abaixo de mim. Sinto-a espalmar sua mão em minhas costas e absorvo o perfume da sua pele a medida que volto subindo, buscando por seu rosto.

  Ela está corada, olhos fechados e pressionados, sua respiração descompassada, seus lábios avermelhados e entreabertos. A imagem mais linda que já tive o prazer de apreciar.

  Beijo sua bochecha, seu queixo e todo o seu rosto, como se ela fosse a coisa mais valiosa do mundo. Mordo seu lóbulo e ela arfa. Sussurro qualquer coisa em seu ouvido plantando beijos ao redor e a sinto se contorcer sob meu corpo, puxando meus fios. Ambos contando apenas com o fino lençol da cama como vestimenta.

Apenas eu e ela, descobrindo e curtindo cada as nova sensação que podemos causar um no outro.

  Sina é capaz de muito, e pretendo conhecer cada pedacinho dela, cada pedaço de pele que puder alcançar.

  Volto a descansar ao seu lado, seu rosto descansa sobre o meu peito. Ergo seu queixo, buscando novamente os lábios que tanto desejei. Movo meu rosto milimetricamente para dar continuidade ao beijo, que logo se tornam beijos.

  Finalizo com selinhos demorados, e por fim, me viro para ela, que descansa seu rosto em meu pescoço. Ela planta um beijo tênue no local, e baixa a cabeça, se acomodando em minha clavícula.

Alguns segundos depois, Sina inclina seu rosto para cima e retorna seus lindos olhos para os meus. Ela faz uma carinha pensativa, franze a testa e faz um biquinho, que sinto vontade de morder no mesmo instante.

Sina busca minha mão e a apoia com a sua na junção de nossos corpos grudados, começando a brincar com meus dedos, apertando-os levemente.

- Eu sei que isso pode dar errado - Sua voz sai baixa e suave, quase imperceptível

Seus olhos desviam dos meus por poucos instantes, antes dela continuar.

- Eu sei que pode dar muito errado, e não sei o que pensar... Não sei o que você espera de mim, ou o que espera que aconteça conosco

I see a million stars - noart Where stories live. Discover now