Capítulo 28

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JULIE

Eu estou tão exausta, o que é normal, depois de uma noite inteira de sexo – o corpinho de Dylan foi muito bem usado. Onde eu estou e com quem estou, é totalmente diferente do que um dia eu sequer pensei. Se fosse para eu transar com alguém, durante a noite inteira, até alguns meses atrás, a primeira pessoa que vinha na minha mente, era Duncan Harrer. Dylan Ivers nem passava pela minha cabeça. E aqui estou eu, com minha cabeça no peito forte dele, totalmente abraçada pelos braços fortes e longo dele. Sentindo o cheiro gostoso do perfume dele. Meu Deus, como eu amo esse perfume.

Comecei a acariciar a barriga dele, arrastando levemente minhas unhas por ali. A barriga – não só a barriga, acho que o corpo inteiro – de Dylan estava marcada do vermelho dos meus arranhões, e emanando o meu cheiro. Tentei me levantar, mas os braços fortes de Dylan me apertaram, e a cada vez que eu tentava sair, me apertava mais forte. Droga. Ódio do hóquei por fazer homens tão fortes. Tentei mais uma vez.

— Para com isso – Dylan resmungou, manhoso, ainda de olhos fechados. Ele me apertou mais ainda nos braços dele, as pernas passaram por cima da minha.

Eu ri.

— Dylan, já é de manhã – falei. Ele me deu um beijo na bochecha, mas continuou com os olhos fechados.

— Não tenho nada a ver com isso – ele resmungou, me beijando. — Culpa da terra, do sol, da lua – ele disse. — Tenho todo direito de aproveitar o abraço da minha namorada – sorriu, de olhos fechados, e me beijou de novo. Eu amo como "minha namorada" fica lindo e melodioso na voz rouca dele.

— Dylan, você tá com bafo matinal – falei. Achei um defeito de Dylan, mesmo que seja comum em todas as pessoas.

— Pensei que você tinha dito que eu não tinha.

— Dylan, eu só te disse pra fazer você se sentir bem – ele se aproximou mais ainda.

— Que bom, você também tá – a cabeça dele encostou na minha, Dylan me abraçou mais ainda. Eu estou morrendo sufocada pelos abraços desse homem.

— Não tenho bafo matinal – constatei. Somin e Lucas nunca me disseram nada.

— Ah, você tem sim.

— Claro que não tenho – falei.

— Amor, você tem sim – coloquei a palma da minha mão na minha frente, e assoprei, depois cheirei. É, eu tenho bafo matinal. 

— Tenho só um pouquinho – Dylan soltou um pouco abraço, e eu logo fiz questão de apertar de novo o abraço. Num pedi para ele se separar. — Você tem mais que eu.

— Não tenho não – ele finalmente abriu os olhos, me olhando desafiador.

Eu poderia acordar todos os dias com a visão do Dylan matinal. Os cabelos pretos bagunçados, o rosto amassado e vermelho – eu estou começando a amar muito essa vermelhidão –, e principalmente, os olhos azuis dele. Se eu fosse cega, eu iria vender minha alma para o demônio, para que eu pudesse ver somente o azul dos olhos de Dylan. Acariciei o rosto macio dele. Sim, eu posso acordar todo dia com a visão do Dylan matinal – mesmo que esse Dylan tenha bafo.

— O teu parece que dois gambás morreram dentro da tua boca – ele disse, fingindo nojo quando beijou minha boca. — Sério.

— Ai é? – ele assentiu. — O teu parece que comeu dois ovos crus, com cebola, molho de azeitona, tomate estragado e dois burritos vencidos – sorri, deixei Dylan sem palavras.

— Eca, amor – ele contorceu o rosto. — Tô me imaginando comendo um sanduíche desses – ele disse, com o rosto enojado. — Tão nojento.

— É como seu bafo é – falei, sorrindo.

A Confusão - Livro 1 | Off Campus (COMPLETO)Where stories live. Discover now