Capítulo 4

4.2K 781 343
                                    

Oi, gente♥ Demorei, mas cheguei hahaha

Estão animados?? 200 curtidas e 300 comentários e volto amanhã com o capítulo 5 \o/

Estão animados?? 200 curtidas e 300 comentários e volto amanhã com o capítulo 5 \o/

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Manuele

Eu não conseguia assimilar todas as emoções que me abaterem nas últimas horas, desde o instante em que decidi trazer aquela garota para minha casa.

Beatrice Bianchi.

Era incapaz de controlar o ímpeto de me embebedar com cada informação que pudesse obter sobre ela, como se esta houvesse se tornado o meu único objetivo. E na verdade, eu deveria estar fazendo exatamente o contrário. Não podia trazê-la para minha escuridão. Beatrice era como um anjo sem asas, que infelizmente caiu em mãos erradas.

Nasci e cresci num mundo onde homens são programados para regerem tudo e a todos com punhos de ferro. Meu treinamento, juntamente com o dos meus irmãos, nos fez verdadeiros monstros, desejando nada, além de sangue, tortura e caos.

Então ter algo tão delicado perto de mim me causava um desconforto imenso, porque eu sequer sabia como agir sem quebrar nada. Minhas mãos calejadas e marcadas por sangue e dor, não foram feitas para dar carinho.

Contudo ali estava eu, fervendo de pura raiva depois de ter ouvido as palavras do meu anjo. Beatrice mal podia esconder o pavor das lembranças com seu irmão, e essa constatação me deixou mais pesado. Nesse momento, eu quis trazer o maldito do Nero à vida apenas para matá-lo outra vez, e com minhas próprias mãos...

Lento, torturantemente lento.

— Que cara é essa? — Mariano quis saber assim que desci as escadas.

Travei o maxilar.

— O maldito do Nero a molestava — respondi num sibilar. A sede de sangue corria por minhas veias.

— Puta que pariu! Então o idiota era ainda pior do que imaginávamos — mencionou Luca, meu outro irmão.

— E ela te contou assim? Facilmente? — indagou Paola, arqueando as sobrancelhas. Ela era uma mulher deslumbrante e quem a visse acreditaria em toda a pureza que sua aparência vendia, mas era pura fachada. Paola era extremamente letal, vingativa e cruel quando necessário. Um soldado exemplar na família Ricci. — Não acredito. Você não é conhecido pela delicadeza, Manuele — zombou.

Revirei os olhos, impaciente.

— E isso te incomoda? Que foi? Está com ciúme? — Bati no meu pau, fazendo com que ela risse, despreocupada. — A propósito, eu preciso que fique aqui com ela.

— Virei babá agora? — revidou, chateada.

— Manuele, o Rossi já está esperando — Mariano avisou.

— Eu sei, porra! — Caminhei pela sala, chegando até uma das gavetas. Peguei minhas adagas, juntamente com algumas armas. Minha atenção voltou para a mulher letal, irritada. — Você não se tornou babá, Paola, porque estará exercendo o seu papel de soldado. — Coloquei as adagas na parte de trás do cinto. — Aquela garota... — apontei para cima da escada — faz parte de uma merda, e das grandes. Então é melhor acatar as ordens. E, por favor, não a torture com suas histórias do bicho papão.

ANJO NEGRO - DEGUSTAÇÃO Where stories live. Discover now