Capítulo 7

324 24 1
                                    

Alfonso arrastou Anahi até um canto isolado sem se importar com os olhares nem com a confusão que acontecia na pista. Anahi, assustada, tentava se soltar, reclamando. Mas ele não a soltou de jeito nenhum. Quando chegaram dentro de um dos escritórios ele a jogou no sofá. Anahi caiu sentada.
- fica aí! - disse irritado.
Anahi massageou o braço e o olhou com a cara atrevida.
- monstro! Não viu que estava me machucando? - com raiva.
- machucando? Viu o que você aprontou ali fora? Acha bonito o que você fez? Comprometeu o sobrinho do meu amigo! Eu disse que não queria confusão mas você tinha que vir com essa roupa e provocar o sobrinho do Francisco! Ele tem namorada, não viu? - esbravejou. 
Anahi se levantou e levantou o queixo.
- eu não sabia que ele tinha namorada! Foi ele que veio falar comigo e... - pensou um pouco mais. Então, um sorriso surgiu - acha minha roupa provocante?
Ela estava tão perto que Alfonso pôde sentir o perfume dela. Seu corpo se aqueceu.
Ele tentou ignorar e a olhou com uma cara séria.
- isso não é brincadeira Anahi! - disse com voz cortante.
Anahi deu mais um passo a frente e seus corpos ficaram tão perto que ela só bastou levantar a cabeça para que seus rostos ficassem a centímetros um do outro.
mas eu não estou brincando... - a voz soou sensual.
Alfonso queria se afastar. Precisava se afastar. Mas seu corpo não correspondia.
- pois devia...
Anahi colou seu corpo com o dele e o abraçou.
- Por quê? - sussurrou. 
Ela sentiu cada músculo dele ficar tenso e se animou. Isso era um bom sinal.
Involuntariamente, ele pegou na cintura dela pronto para separá-la. Mas ao invés disso, a apertou mais contra o próprio corpo.
- isso é coisa de adulto menina. Você não devia olhar para um homem algum dessa forma!

mas eu não olho dessa forma para outros homens... - enlaçou os braços envolta do pescoço dele, puxando ele para si -só pra você!
Assim que falou, grudou os lábios nos dele. Alfonso sentiu o choque do contato. Ela moveu a boca tentando fazer ele acompanhá-la. A boca dele não se movia. Ela já estava desistindo quando de repente, sentiu a mão dele em sua cintura.
Por alguns segundos, achou que ele ia tentar afastá-la, e ele ia! Mas, como se uma chama se acendesse dentro dele, ele enlaçou a cintura dela e abriu a boca. Sua língua se enroscou com a dela, explorando com uma ânsia que fez com que Anahi sentisse as pernas fraquejarem. Logo ele dominava o beijo e todos os sentidos dela. Anahi se sentiu no paraíso. Era um sonho realizado...
não!
Afastando bruscamente o contato entre os dois. Anahi cambaleou e acabou caindo novamente no sofá. Quando levantou a cabeça, encontrou o olhar furioso dele.
Você é uma pequena ardilosa! - disse furioso - cresça garota! Não acredito que fez isso na festa de um amigo meu!
Deu meia volta e foi pra porta.
- ajeite suas coisas. Você vai embora!
Anahi se levantou.
- não tenho culpa do que aconteceu! E não sou ardilosa! Não me compare com aquela sua namorada vagabunda!
Alfonso pressionou o trinco da porta com tanta força que seus dedos ficaram branco. Lentamente ele se virou para ela. Anahi percebeu o ódio em seus olhos mas quando abriu a boca, sua voz saiu controlada.
- cuidado com suas palavras menina. A Maite é mil vezes mais mulher do que você, e não é ela que anda sem roupa!
Anahi sentiu o rosto arder de raiva.
- cuidado senhor Herrera. Fala superior assim, mas ainda pouco estava quase me engolindo com seu beijo...

Alfonso soltou rapidamente o trinco e em poucos segundos estava em cima dela. Anahi levou um susto e foi pra trás. Mas ele foi mais rápido e a segurou pelo braço trazendo ela pra perto.

- aquilo foi um castigo. Nunca mais repita aquilo, entendeu?

Seus corpos estavam colados e logo uma tensão surgiu. Ela ergueu o queixo e o encarou.
- castigo? Se isso for castigo eu...
Parou de falar quando ele a afastou, fazendo ela cair novamente no sofá.
- isso nunca vai se repetir! Junte suas coisas. Vou te deixar em casa!
E saiu antes que ela dissesse qualquer coisa.
Anahi ficou ali, parada, tentando deixar a tensão diminuir. Foi só quando viu que sua respiração voltava ao normal, que sorriu. Levou os dedos aos lábios e o coração disparou.
- nunca é uma palavra que não existe no meu dicionário, Alfonso Herrera.

FuegoWhere stories live. Discover now