Um Dia Meramente Feliz

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Sakura forçou abrir os olhos quando sentiu mãos quentes tocarem seu rosto, era Hinata tentando acordar a rosada, nesse curto tempo uma enfermeira entrou no quarto. Exames rotineiros foram feitos sem tomar muito tempo, o café da manhã foi levado de modo a acalmar os estômagos vazios, da parte da Haruno nada foi dito, esperava um momento sozinha com Hinata. Quando as enfermeiras saíram, Sakura deixou a bandeija de refeição na cômoda branca ao lado da cama.

— Agora você vai me dizer!
Que história é essa de gravidez? 
O que deu em você para encher a cara e correr até meio da rua?
Não confia em mim pra dizer o que tá acontecendo Hinata?

— Eu só queria acabar com o meu passado!

— Se matando vai acabar com a sua vida, não com o seu passado!

— Me Desculpa Sakura!

A rosada sentou na cama depois de um olhar confuso, segurou as mãos da amiga, o jeito era deixar as coisas como estavam até ter condições de entender.

— Por favor, só peço que me faça entender!

— Eu realmente sinto muito!

A morena direcionou os olhos para o sol dando brilho a suas lágrimas. Chorar é a coisa mais útil e inútil ao mesmo tempo, não muda os fatos e de certa forma alivia.

— Sentir muito não adianta Hina!

— Vou te contar tudo, só peço que espere até chegarmos em casa!

Sakura bufou de raiva, saiu batendo a porta do enorme quarto branco, quem entrava no caminho simplesmente era desviado como um obstáculo. A Haruno deixou o hospital com ódio, porém, não era uma pessima pessoa; sentia desprezo até por não ser digna da confiança esquecida de Hinata. Cruzou os braços na esquina da rua, percebeu que sem passagem de ônibus, o caminho era longo o bastante para chutar o cansaço longe e dar o primeiro passo. Foi bom até, não tomar conhecimento dos problemas alheio dentro de um ônibus lotado de fofoca, bastavam os dela sem solução.

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Sasuke preparava um omelete para o café da manhã, afinal, precisa de coragem extra para cumprir a missão dada por seu respeitável pai. Jogou os ovos e especiarias na frigideira, o dourado nas bordas fez o Uchiha desligar o fogo, mal passado estava bom. Sasuke olhava para o prato quando decidiu não ir trabalhar naquele dia, pensamento inútil de fato já que se Fugaku resolver apaceer ali nada o impediria. Batia o garfo nas bordas do prato esperando sua mente bolar uma ideia, o amarelo dos ovos o fez lembrar de Naruto, resolveu ligar para o “Amigo”. Sete tentativas falhadas.

— Droga Naruto, você também não ajuda!
Tenho que levar esse inferno desse papel pra você assinar!

Ou ele ia, ou enfrentava o desprezo do pai por falhar em missão, não tem nada mais perigoso que um filho carente por amor paterno e um pai sedento por poder, nesse rolo emocional você pode esperar de tudo. Ele decidiu, irá até o amigo, infelizmente um elo prestes a quebrar para SEMPRE.

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Naruto olhava para o teto sentado nu em um sofá, a energia gasta no banho tinha lhe tirado a vontade de se trocar, devo lembrar que ele se alimentava apenas de bebida e outras coisas piores. O apartamento uma bagunça que só de olhar dava muita agonia para os portadores de mania de limpeza, nesse caso nem precisava ter essa condição para sentir pena por um lugar tão sofisticado, estar naquelas condições. Nenhuma empregada consiga manter um retrabalho firme ali, e tenho certeza que você sabe o porquê disso, a convivência com o loiro virava um inferno em questão de segundos. Batidas na porta não o fez levantar e se trocar.

NoWWhere stories live. Discover now