Capítulo 20

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Por Alfonso

Senhor Portilla entra às pressas na igreja e vem em minha direção.

- Poncho... – Diz ele subindo os poucos degraus do altar. – Claudia está na fazenda e está com a Annie. – Quando ele falou isso meu sangue gelou, senti um frio na espinha, nunca senti medo até agora. – Ela ligou e falou que se você quiser ver Anahí novamente é para você ir para lá agora. – Continuou. – Por favor, salva minha filha, já acionei a polícia ela já está à caminho.

Sem pensar duas vezes saio correndo da igreja e Ucker já a par da situação, me lança as chaves de seu carro e saio a toda velocidade em direção à fazenda, chegando lá, algo me diz que estão no quarto de Anahí, sigo meus instintos e vou adiante, tento abrir a porta e ela está fechada, esmurro a mesma.

- Claudia! Saí daí agora! – Digo esbravejando raiva e escuto algumas risadas saindo do mesmo lugar. – Vamos Claudia, solta a Annie. – Tento forçar a porta para abrir, mas nada acontece. – Por favor Claudia, solta ela.

- Olha que lindinho o príncipe veio salvar sua donzela em perigo, pena que isso não é um conto de fadas, não é mesmo? – Diz ela e gargalha em seguida, um minuto de silêncio e escuto as sirenes da polícia, entrando pelos portões da fazenda, saio em disparada para fora e logo Mai, Dul, Chris e Ucker saem do carro seguidos por Enrique e minha mãe.

- Onde ela está? – Diz Enrique.

- Lá dentro, Claudia está trancada com ela, no quarto de Annie. – Digo e o semblante de preocupação toma mais intensidade ao proferir aquelas palavras.

- Claudia! Você está cercada, saia e solte a refém! – Diz o delegado no alto falante, em questão de minutos a janela do quarto se abre, revelando uma Annie assustada e uma Claudia com uma arma apontada para a cabeça de minha doce Annie.

- ESCUTEM BEM! – Gritou Claudia. – SÓ SAIO DAQUI SE O ALFONSO VIER COMIGO E ESSA AQUI. – Chacoalha Anahí ainda com a arma em sua cabeça, vejo minha pequena com um semblante assustado.

Preciso fazer alguma coisa. – Pensei comigo mesmo, estava arquitetando formas de tirar Any de lá, quando escutei um grito.

- MINHA NOSSA! – Gritou Christian. – A bolsa estourou! eu vou ser pai! EU VOU SER PAI! – Ele foi ao chão com o dedo indicador para cima, corremos para socorrer e logo retomou seus sentidos.

- Temos que ir para o hospital logo. – Disse a mãe de Mai, em seguida Chris, Mai, Ucker e Dulce entraram no carro e saíram a toda velocidade para o hospital da região.

Arquitetei um plano que provavelmente daria certo, então chamei o delegado e o seu Enrique e contei sobre a estratégia.

- Você acha que isso vai dar certo? – Questionou o pai de Any.

- É nossa única chance. – Disse, eles assentiram com a cabeça, então comecei a gritar por Claudia que a mesma saiu na janela ainda com a arma na cabeça de Any.

Por Any

Não acreditava que eu estava na frente de uma louca, com uma arma em posse de suas mãos. Eu estava desespera por dentro mas não deixava transparecer, o dia que eu sempre sonhava aconteceu e agora... agora está indo por água a baixo.

- Claudia, por favor me escuta. – Disse para ela. – Deixa disso, pense no seu pai, vai estragar sua vida por conta de uma pessoa que ... – Ela me interrompeu.

- Quem não me ama? Que nunca vai me amar, por conta que é completamente louco por uma cantorazinha? – Desceu e subiu a arma me analisando. – Se for isso, sim vale a pena. – Me lançou um sorriso debochado e maquiavélico. – Vale sim, se eu não posso ter nele ninguém vai o ter e você eu vou me livrar para não ficar no meu caminho, nunca mais.

Depois disso, escutei barulhos de carros e sirenes de viaturas chegando perto da casa.

- Olha! Agora o circo está completo. – Exclamou ela.

Escutamos vocês gritando pelo de Claudia, logo identifico que é de Poncho, meu coração se alegra e ao mesmo tempo entristece, ela toma-me em seus braços aponta a arma em minha cabeça, não aguentei conter as lagrimas e deixei que rolassem pelo meu rosto.

- Abra essa janela. – Assim o fiz, quando vi que todos os que amava estavam ali meu coração se apertou, pensando que aquela seria a última vez que os veria.

Poncho estava lindo de terno, meu coração se alegrou um pouco por ver aquela cena. Sua barba aparada, o seu terno era na cor preta, com uma gravata vermelha. Ele estava lindamente lindo. Fui tomada de meus pensamentos quando Claudia me chacoalhou, com a maldita arma, de pois de um tempo de conversa, Claudia nos puxou para dentro me fazendo sentar em minha cama. Alguns minutos se passaram e ouvimos batidas na porta.

- Claudia é o Alfonso! – Disse ele. – Por favor abra, solte ela e eu faço o que você quiser.

- Olha o príncipe veio salvar a princesa da bruxa má. Que clichê isso. – Disse ela. Excitou um pouco e abriu a porta.

Assim Poncho entrou em um rompante e se posicionou perto de mim. Claudia foi mais rápida e pontou a arma para mim e falou:

- Mais um passo e ela morre. – Aquilo foi a gota d'água para mim, deixei de vez minhas emoções saltarem do meu peito e chorei com toda a força.

- Claudia, deixa disso, por favor. – Implorou Alfonso. – Olha, deixa ela ir e eu faço qualquer coisa que você quiser. – Ela abriu um sorriso de orelha a orelha.

- Poncho não! Não faça isso! – Disse em meio aos soluços.

- É uma proposta tentadora querido, mas preciso de garantias. – Disse ela.

- Que garantia? – Perguntou ele e ela lançou um sorriso malicioso.

- Que me beije agora! – Ordenou e aquilo me atingiu e doeu tanto, aquela dor eu nunca tinha sentido antes era insuportável, ele concordou com ele deram um selinho, senti uma vontade imensa de socar a cara daquela vadia.

Quando me dei conta já estava em cima dela, batendo em seu rosto, sentia tanta raiva dela, tanto ódio, me cobrei de todo mal que me causou e então escutei um barulho de arma e olhei para o lado, vi meu lado direito do abdômen sangrando e tudo ficou preto em questões de segundos. 

A PROVA DO TEMPOWhere stories live. Discover now