Ten

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Pego o revólver da minha cintura e atiro.

O garoto a minha frente estava com os olhos fechados.

Continuava com a cara ensanguentada.

Mas nenhum furo de bala estava em seu corpo.

Eu não tinha atirado nele.

Havia atirado para cima.

Me aproximo do garoto e sussurro:

-Garoto,pode abrir os olhos. Você ainda não morreu.

Seus olhos abriram lentamente.

Percebendo que não havia sido perfurado por uma bala ele olhou assustado para mim.

-Não me olha assim. Eu não iria conseguir atirar em você de qualquer forma.- guardo meu revólver na cintura novamente.

Começo a desamarrar suas mãos.

Tiro a fita de sua boca.

-Por que você não atirou?

-Porque você é o namorado do meu amigo. E eu nunca iria me perdoar caso eu fizesse alguma coisa com você. Não que eu me importe com você,mas Xiao iria ficar mais triste do que já está.

Ele ficou olhando pro nada.

Com certeza estava um pouco traumatizado.

Quem não estaria.

-Olha,eu sei que você deve estar muito assustado. Mas a gente vai ter que sair o mais rápido possível daqui.- Eu tentei seriamente acalmar ele.

Eu era péssima em fazer isso.

Mas era o único jeito de tirar aquele garoto dali.

Nós não tínhamos muito tempo.

A qualquer momento alguém poderia abrir essa porta e ver que ele não estava morto.

-Como eu posso confiar em você? Eu nem ao menos sei quem você é.

Garoto difícil.

-Eu sei que você deve estar desconfiando de uma completa estranha que acabou de quase te matar. Só que é melhor você confiar em mim do que confiar no cara que te deu um soco e que a qualquer momento pode entrar nesse sala e matar você de verdade,dessa vez.- digo tudo muito rápido.

Dito e feito.

Logo após eu ter falado aquilo.

A porta se abriu.

E Su She estava olhando desacreditado para mim.

-O White confiou em você! Mas você prefere ficar do lado dos policiais!- ele bota a mão na parte de trás da cintura. Sabia que ele estava prestes a pegar uma arma.

Mas fui mais rápida.

Saquei minha arma.

Mirei nele.

E atirei.

-Bem na mira.- falo para mim mesma.

O tiro pegou em seu ombro.

Queria que pega-se na cabeça.

Mas o poupei dessa vez.

Pego na mão do policial.

E saio correndo.

[...]

A gente ficou correndo até chegar no, "meu,"apartamento abandonado.

O garoto aparentou não ter se importado por aquele apartamento estar imundo.

Ele se sentou no sofá todo rasgado que tinha ali.

O Nosso Antigo Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora