Albus Potter and The Lestrange Girl [Em Revisão]

Capítulo 06

Terceiro ano. O tempo passava surpreendentemente rápido. Logo, já estariam se formando e começando a vida no mercado de trabalho... mas antes precisavam sobreviver ao terceiro ano. Albus está na Plataforma 9 ¾ pela quarta vez na sua vida -ou isso é o que ele lembra. Antes que possa fugir da família e encontrar os amigos, Harry tenta manter uma conversa com ele, o que, como sempre, não vai muito bem:

-Terceiro ano. Grande ano -ele tira um papel cuidadosamente dobrado do paletó -Aqui está o formulário de autorização para Hogsmeade.

-Odeio Hogsmeade -o menino diz, olhando para o pai por debaixo do capuz e pegando o papel.

-Como pode odiar um lugar que não conhece? -o pai pergunta, observando preocupado as olheiras e as feições pálidas do menino.

-Porque sei que está cheio de alunos de Hogwarts -Albus responde, amassando o papel e puxando o capuz de forma que cobre o seu rosto mais ainda.

-Tente, por favor... vamos lá... -ele tenta, procurando convencer a todos que está tudo bem (mesmo que não esteja) -Esta é a sua chance de se deliciar na Dedosdemel sem que a sua mãe saiba -ele observa Albus apontar a varinha para a bolinha na mão -Não, Albus, não se atreva.

-Incendio! -ele diz, incinerando a autorização.

-Mas que idiotice -o pai comenta, desapontado.

-A ironia é que eu não esperava que desse certo -o garoto comenta, rindo com desdém -Sou péssimo nesse feitiço.

-Al... Albus -o homem se corrige, limpando a garganta -Estive trocando cartas com a professora McGonagall... ela disse que você está se isolando, não participa das aulas... anda carrancudo... você está?

-E o que você quer que eu faça? -ele grita, finalmente explodindo -Que eu fique popular por magia? Que eu conjure uma Casa nova só para mim? Me transforme em um aluno melhor? Vamos, lança um feitiço, pai, e me transforma no que você quer que eu seja, ok? Será melhor para todos nós -ele se acalma um pouco e se afasta de Harry, que balança a cabeça -Preciso ir. Tenho um trem a pegar e amigos para encontrar.

E, com isso, ele vai embora, procurando Scorpius e Cassie, que estão sentados no chão, de cabeça baixa e alheios a qualquer coisa que acontece ao seu redor. Ele chama a sua atenção, mas não consegue e senta-se no meio deles, que parecem ter deixado o lugar vago para ele.

-Vocês estão bem? -ele está realmente preocupado, mas finalmente entende -Sua mãe? Ela piorou?

-O pior a que se pode chegar -Scorpius comenta, olhando o amigo.

-Pensei que fossem mandar uma coruja...

-Nós não sabíamos o que dizer -Cassie diz, recebendo a atenção de Albus, que apoia a mão no seu ombro.

-E agora eu é que não sei... -ele diz, olhando para os dois, que têm uma aparência desgastada.

-Não diga nada -Scorpius fala, a voz quebrando.

-Tem alguma coisa que eu posso fazer? -o amigo pergunta, nervoso, já que nunca viu os dois tão vulneráveis.

-Vá ao funeral -o loiro diz, se levantando e entrando no trem.

-Claro -Albus afirma, voltando o olhar à Cassie.

-E seja meu bom amigo, Albus -ela pede, segurando o seu braço. Eles entram atrás de Scorpius, de braços dados. Harry observa a cena do mesmo lugar que falava com o filho e fica chateado pela perda dos primos Malfoy.

Uma semana depois...

Professora McGonagall liberou os três para o funeral de Astoria Malfoy, que acontece na Mansão Malfoy. É um evento de poucas pessoas, apenas Draco, as crianças, Daphne Greengrass, Lucius e Narcissa Malfoy e alguns dos amigos dos pais de Scorpius.