Capítulo 3

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Maya

— Não pode ser não pode ser, isso não pode estar acontecendo! Eu estou vivendo um pesadelo, como de uma hora para outra Hamed se transformou no meu noivo não faz nenhum sentido.

Que burra eu fui deveria ter fugido quando tive tempo. Merda.. merda como pude me deixar levar dessa forma. E o pior foram as acusações que ele fez, como se eu tivesse adivinhado que ele era o meu noivo, suas acusações  são ridículas. Eu devo ter jogado pedra na cruz, não devo ter colocado fogo na mesma. Deus tinha que ser justo o maldito noivo a me encontrar naquela estrada.

Hamed me olhou com tanto ódio e desprezo que meu coração se partiu. Me arrependo amargamente de ter aceitado essa proposta de vir para esse hotel, se não tivesse me deixado levar pela atração que senti por ele, agora estaria em Andorra. Eu  estaria segura e não trancada em um quarto de hotel, prisioneira das vontade de um sheik de araque. Pensando nisso uma fúria se apoderou de mim eu não vou aceitar esse destino. Fui em direção a sacada tentar fugir pela janela, porém ao olhar para baixo noto que isso seria impossível, estamos no décimo andar do hotel uma queda dessa altura seria morte na certa. Forço mais uma vez a porta e ela continua fechada. Corro até uma bolsinha de tecido na minha mala, ainda aberta sobre a cama, procurando um brinco. Nos filmes sempre dá pra abrir portas com brinco assim que acho um achando caminho de volta pra porta enfiando o brinco na fechadura e forçando para que a porta abra, mas isso não acontece.

— Merda!! A porta não abre. — Descubro que é tudo ficção.

Trancada aqui nessa suíte onde nos últimos dias vivi momentos mágicos eu me deitei na cama tentando pensar em uma estratégia para escapar desse destino cruel me casar com um homem que pensa o pior de mim, me detesta e tudo por conta de um acordo ambicioso dos meus pais.

***
Não consegui dormir, fiquei a noite toda chorando, inconformada com as acusações de Hamed, assisti o sol nascer me perguntando quando ele iria raciocinar melhor, abrir a porta e me deixar ir embora e eu esquecer essa bobagem de acordo.

Tomei um banho vesti uma roupa qualquer e esperei ele aparecer, porém tive uma horrível surpresa, assim que ouvi o clique da trança ser aberta e ver que foi meu pai que abriu.

— Pai — digo assustada com seu olhar duro sobre mim.

— Aí está você, Maya — ele diz abrindo a porta e então minha mãe passa por ela.

— Sua ingrata como pode ser capaz de fazer isso com a gente !! — ela mal entra e já me ataca.

— Vocês não me deram opção..— tento dizer, mas ela me acerta com um tapa forte no rosto fazendo com que eu caia sobre a cama.

— Já chega Maya, chega de agir como uma criança mimada, olha onde chegamos dois anos procurando você para te encontrar no meio da estrada fugindo do seu noivo!! — vocifera.

— Ele não é meu noivo, eu não aceitei noivado nenhum — digo com a mão no rosto e com o coração cheio de mágoa.

— Eu não quero mais ouvir nenhuma recusa saindo da sua boca você já bancou a mimada tempo de mais!! — meu pai fala cego em sua ambição.

— Vocês são meus pais deveriam se preocupar com os meus sentimentos com o meu bem estar, mas vocês não passam de dois ambiciosos.

Meu pai levanta a mão pronto para me acertar mas para no meio do caminho.

— Eu não vou me exaltar, no fim você teve sorte, mesmo depois de ter fugido seu noivo ainda a aceitou. E pelo que ele falou o ato foi consumado — Diz meu pai com asco.
Fico horrorizada com o fato de Hamed ter contato das nossas intimidades para os meus pais.

A paixão do Sheik - Em andamento Where stories live. Discover now