Capítulo 27

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Obrigada a todos que leram e comentaram! Para próximo capítulo o que acham de cinco votos e cinco comentários de meta???

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Ciente que Cinco nunca mais iria querer nada comigo se soubesse que era o meu pai, tive uma crise de choro no banheiro do Elliot, por final limpando meu rosto, ajeitando meu batom e fingindo que nada estava acontecendo.

Isso é até sentir a péssima sensação de antes. Era algo pesado, muito denso que se rastejava sob minha pele, quase como se alguém estivesse tentando me alcançar de alguma forma. Me deixando muito nervosa e desequilibrada quando sentia aquela opressão estranha.

- Está tudo bem. Está tudo bem. - digo a mim mesma pelo espelho ao finalizar meu batom.

Dando um sorriso falso, saio do banheiro recebendo olhares curiosos da amiga de Diego, que parecia saber exatamente o quanto eu estava chorando no banheiro.

- Terminou de surtar? - a mulher dizendo divertida me faz olhar com ódio para ela.

Ao dar um passo na direção dela Diego entrou na nossa frente e eu continuei a andar, sendo parada por Cinco que repreendeu a mulher por péssimos modos.

- Mantenha sua louca estimação sob controle ou eu vou matá-la. Esse é seu último aviso, número Dois.- é tudo que o homem diz enquanto segura minha mão com força.

Um estalo e poderia matá-la. Seria rápido, não limpo, mas quem ligava? Aquela mulher era insuportável, penso antes de me dar conta que aquilo não era algo que deveria pensar. Minha mente começou a ficar mais bagunçada e aquilo era um péssimo sinal.

- Baby, se você precisar conversar sobre o papai... - Diego se oferecendo calmo me faz perder o controle.

- Não! Eu não quero! Ele não é meu pai! Vai se fuder, Diego! - com isso faço Cinco me soltar e saio agitada do lugar, ignorando os chamados dele, uma vez que fui reconhecida e logo cercada.

Todas aquelas pessoas me tocando, pedindo por milagres e implorando por coisas que eu não poderia fazer estavam me deixando louca, penso antes de dois policiais irem em meu favor, dando brecha para sumir no meio da multidão me coçando pela incômoda sensação que estava sob a minha pele.

Foi baixo, quase inaudível, mas consegui escutar com clareza "achei você" , me fazendo sobressaltar, olhando para minhas costas onde não vejo ninguém, só aumentando meu pânico.

Lembrando do que Klaus me ensinou, começo a tentar controlar minha respiração, ainda que sentisse minha garganta fechando e cabeça estourando. Minhas mãos se treimam e além de suada, eu estava com aquela coceira horrível, como se algo estivesse sob minha pele.

O que me leva a correr até o elevador mais próximo, dando de cara com uma morena de roupas elegantes, que me olhava com ódio, contudo eu não conseguia focar em mais nada e não via bem o rosto da mulher.

Já que minha visão escurecia e aquele era um sinal que eu teria uma crise em breve. Seja lá o que fosse que tivesse tentando me alcançar, estava bem perto e eu precisava de silêncio para erguer minhas defesas e não perder o controle.

- Você consegue. Você consegue. Você consegue. - digo baixo, recebendo um resmungo da desconhecida que mexia em sua bolsa.

Incapaz de ficar no elevador, sai no momento que a porta abriu, pouco antes dela alcançar o que quer que fosse na bolsa, correndo para as escadas de emergência, onde eu subi o mais rápido que podia indo para meu quarto.

Que eu fechei a porta ansiosa, indo para o banheiro tomando um banho e não consegui sair debaixo d'água. Aquela sensação de perder o controle, ficou muito mais forte. E dessa vez, não conseguia mexer meu corpo, me fazendo pensar que talvez fosse tarde demais. Ideia que me assustou, forçando-me a trabalhar minha respiração para voltar ao meu centro de equilíbrio.

5 Daddy's Issues - FIVE - CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now