Capt 04

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- Não… Uma ADI… - Ginger respondeu olhando-a. - Uma arma de destruição individual. Esse é um vírus personalizado, sintetizado com a intenção de matar um indivíduo específico. 

- Como isso é possível? - Reddington e Amanda perguntaram ao mesmo tempo, se olhando e olhando para a mulher.

- Ele criou um rotavírus super carregado. Isso é muito comum. Até os cinco anos, a maioria das pessoas foi infectada várias vezes. - Ginger disse olhando para os dois. - E com cada infecção, adquirimos anticorpos.

- Então, é inofensivo para a maioria das pessoas… Como pode ser uma arma? - Amanda perguntou intrigada.

- Por todas as pessoas, precisamente. - Ginger disse sorrindo para a menina que ela via ser inteligente. - Mas este rotavírus foi personalizado… - ela continuou e olhou para Reddington. - feito para infectar um indivíduo com uma sequência genética única…. E com um efeito devastador. - ela terminou preocupada. 

- Eu vi mesmo que de acordo com os testes em animais nos cadernos, ataca o sistema nervoso central em poucos minutos de exposição… - Amanda disse. - Mas só consegui ir até aí, e achei que era de uma maneira geral… - a menina terminou.

- Mas não é não. - Ginger disse.

- Uma pessoa só? - Reddington disse intrigado.

- Tem alguma idéia de quem seria Dra. Lumiere? - Amanda perguntou.

- Só posso dizer o que estão fazendo. Desculpem, mas não posso dizer com quem estão fazendo… Não tem esses dados nas anotações… - Ginger disse e olhou para Reddington, que olhou dela para Amanda, pegou as anotações dos braços da mulher e cumprimentou a mulher com dois beijos no rosto e deu um selinho na mulher, fazendo Amanda sair rápido da sala sem se despedir de Ginger.

- Precisava daquilo? - Reddington disse saindo do prédio calmamente.

- Me dá isso aqui. - ela disse furiosa pegando as anotações das mãos dele e saiu andando.

- Você vai aonde? - ele perguntou sem entender.

- Para longe de você no momento já é um bom começo. - ela disse furiosa olhando para trás enquanto andava a passos largos.

- Amanda… - ele disse tentando chamar a menina mas ela o ignorou.

- Não precisava daquele último beijo né Raymond? - Dembe disse sério olhando-o. 

- Achei que ela tinha entendido… - ele disse cabisbaixo entrando no carro.

- Ela nunca vai aceitar Raymond, é diferente. - Dembe disse saindo com o carro. - Ela entrou naquela cafeteria… - Dembe disse apontando para uma cafeteria no meio do quarteirão seguinte.

- Vamos lá… - o homem disse e eles pararam o carro e entraram, chamando a atenção da menina, que revirou os olhos e enxugou os olhos.

- O que você quer? - ela disse furiosa.

- Conversar sobre o que descobrimos. - ele disse pondo sua mão em cima da mão dela.

- Bom, - ela disse tirando a mão. - sabemos que Karakurt tem como alvo uma única pessoa… E está ligado ao DNA dessa pessoa. - ela disse encarando sua xícara de chá.

- Pense… - ele disse ainda olhando para ela. - Ele bombardeou a seção russa da CIA Amanda, isso custou tempo, dinheiro e foi muito arriscado. O que acontece quando os EUA foram atacados e muitas vidas foram perdidas? - ele perguntou e a menina o encarou pela primeira vez, com seus olhos vermelhos.

- Nós nos protegemos. - ela disse. - A Segurança Nacional elevou o nível de alerta de bombardeio para vermelho. Mas por que colocar a missão dele em risco colocando um alerta de alto nível nas ruas? - ela perguntou e o olhou.

- Esse é o lado negativo. - Reddington disse. - O positivo é que ele ganhou a atenção do público e a exposição do mesmo. Lembre-se, as pessoas por trás disso, tiveram muito trabalho e despesas. O que isso te diz sobre seu alvo? - ele perguntou e a olhou nos olhos.

- É alguém de alto valor… - ela disse começando à entender. - Alguém que seja importante… - ela continuou e olhando para seu chá ela disse: - Claro… Por isso ele explodiu a OREA, por causa do funeral… Todas as pessoas importantes estarão lá, vulneráveis, despreparadas… - ela elucidou o problema. - Políticos, militares, oficiais da Inteligência do exterior, pessoas importantes para a CIA… Estarão todos na Igreja Ascencion e Saint Agnes. Um deles é o alvo… - ela disse e juntou suas coisas se levantando.

- Vamos, eu te levo de volta. - ele disse parando na frente da menina, que o encarou com dúvida. - Comigo vai ser mais rápido Mandy… - ele disse.

- Ok. Aceito sua carona. - ela disse, deixou cinco dólares na mesa e saiu com ele para o carro. - Não vai dar tempo… - ela disse olhando em seu relógio e pegando seu celular, ligou para Lizzie. - Keen, sou eu; escuta… Karakurt vai tentar atacar alguém no memorial na Igreja Ascencion e Saint Agnes; leva o Ressler e vai pra lá, vou deixar os livros no QG e vou pra lá ajudar vocês! Tentem cancelar esse funeral. - a menina disse e desligou.

- Sábia decisão… - Reddington disse. 


Depois de poucos minutos, a menina descia na frente do QG e entrava correndo.

- Se vocês estão contando comigo para identificar esse vírus, não contem… Preciso de horas, dias talvez… - Aram disse para Navabi e Cooper que estavam lá.

- Acho que já posso te ajudar com isso Aram, Karakurt pediu para Andropov modificar um rotavírus para uma única pessoa, com um DNA específico… - Amanda disse entrando e indo para o lado do amigo. - Se você pegar o código genético do garoto do campus, você pode tentar identificar o nosso alvo Aram, tenta aí! - ela disse.

- A essa hora, devemos presumir que Karakurt já se infectou com o vírus e é um transportador vivo. - Cooper disse sério olhando para seu relógio. - Temos que parar ele antes de alcançar seu alvo, seja lá quem for e temos que ser rápidos.

- Quem foi o garoto do campus que morreu mesmo? - Amanda perguntou entrando em seu notebook.

- Andreas Thompson. - Aram disse.

A menina então entrou no sistema do FBI e localizou o sequenciamento genético dele e em menos de quinze minutos, ela estava com um parente próximo do menino em sua tela.

- Ai meu Deus… - ela disse e jogou a foto para todos verem. - o alvo de Karakurt é o Senador Hawkins…

- Como assim? Como você sabe? - Navabi perguntou sem entender.

- O moleque no campus, era filho dele; o mais próximo de um sequenciamento genético igual ao de outra pessoa. - ela falou se levantando e indo correndo com a amiga para as escadas, colocando seus coletes.

- Como você entende disso tudo? - Samar perguntou para a menina do seu lado enquanto dirigia à toda velocidade para a igreja.

- Sou formada em Ciências Biológicas pela Universidade de Cambridge… Me especializei em genética e quase fiz um mestrado em virologia mas… Não deu muito tempo! - e a menina riu.

- E você só tem vinte e oito anos? - Samar olhou sem acreditar.

- É o que consta nos registros. - Amanda riu levantando os ombros.

The Red Files - Season 2Where stories live. Discover now