16 - Estadia

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Alguns dias haviam se passado. Estavam chegando na Escócia. Algumas horas dentro de um trem, outras, dentro de uma carruagem, o destino deles estava se aproximando. Depois de muito calcular e observar de todos os pontos possíveis, Enola chegou a conclusão de que a Escócia era o melhor lugar para poderem ficar. Pelo menos, por enquanto.

- Ainda acho que essa não é uma boa opção. - Marquês perguntou de repente, fazendo a garota de cabelos castanhos o encarar com um suspiro.

- Não tem opção melhor. Minha mãe disse que a  estadia da Senhora Shirley é a melhor. - Enola disse, se lembrando de Bertha Shirley, uma antiga amiga de sua mãe.

- É, disso eu sei. - o garoto passou a mão pela nuca nervoso e sentiu suas bochechas esquentarem, quando disse: - É que obviamente eles não vão deixar eu ficar perto de você.

Enola ficou sem palavras. Encarou o piso da carruagem e crusou os dedos sobre o colo e o resto do caminho até a casa dos Shirleys foi repleto por um silêncio dolorosamente desconfortável.

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A hospedagem na casa dos Shirleys era divína, de fato, a casa era muito bem organizada, tinha mais de vinte cômodos, era bem iluminada, chegava até a ter luz elétrica. Quando chegaram, Bertha disse que Walter, seu marido, havia ido buscar sua filha, Anne Shirley o seu "amigo", Roy Gardner.

Anne estudava para ser professora e Roy fazia faculdade de medicina, em Queens  University, no Canadá. Os boatos diziam que Gilbert Blythe havia se mudado para Paris, se casado com Winifred Rose estava cursando a universidade da Sorbone, e que tinha rompido seu compromisso com Anne, para isso aconontecer.

- Posso dormir com você? - Enola se virou para a porta quando ouviu a voz de Tewksbury soar baixinho.

- Pode. - Respondeu, afastando para o lado na cama.



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