CAPÍTULO 43

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CAPÍTULO 43

DANIEL

   C A S A M E N T O era um dos eventos que eu não ia muito, mas e tinha comida eu estava enfiado de algum jeito. Apesar de estar acostumado com terno, usar gravata era uma merda. Eu estava mexendo no celular, mandando foto das minhas unhas para a minha futura namorada e esperando o casamento começar.

   A algumas semanas eu tinha conhecido uma estrangeira brasileira e a mulher era fogo, tinha alguma coisa nela que me encantou de um jeito que fiquei parecendo um viciado em abstinência essa semana.

   Apesar de que a nossa última vez juntos não foi tão.... prazeroso como já havia sido, eu sabia que ela de alguma forma era a mulher que eu nunca iria esquecer, nem se quisesse na verdade, a mulher torceu meu pau com a cavalgada bruta.

   Uma dor do cacete que eu nunca vou esquecer, a torção não foi grave estou tomando antibióticos e anti-inflamatórios, ainda tinha hematomas e estava um pouco inchado. Tive que ouvir piadinhas do James todos esses dias enquanto ele me obrigava por recomendação do doutor; colocar gelo no meu pau, ainda não satisfeito com os antibióticos o médico passou remédios que inibem a ereção involuntária noturna.

   Por conta disso fiquei de castigo por um mês e meio sem sexo, nesse tempo resolvi tirar para irritar meu amigo, só não faço o mesmo com Benjamin porque se eu irritar muito ele posso levar um soco na cara que quebra todos os meus dentes de porcelana.

   Uma mensagem chega.

   Pamela ficou tão tímida quando foi comigo para o pronto socorro que eu achei fofo, e eu nunca tinha achado uma mulher fofa na vida.

   Bastou o doutor falar a maldita frase "Nossa já é a terceira vez? Menina como consegue?" Que fiquei puto e de cara fechada. Aparentemente eu não era o primeiro pau torcido que passava na vida daquela brasileira, o que me deixou bem irritado, puta merda! Eu era qual número da lista de paus torcidos?.

   Pamela ficou vermelha igual um pimentão, ela tentou falar comigo mas eu estava muito chateado para ouvir suas desculpas.

   — Vai começar. — James sussurra no meu ouvido passando por mim.

   Sentei na primeira fileira guardando o celular porque era o lugar perfeito para ver duas pessoas assinando um papel dividindo todos os seus bens.

   Benjamin ficou na primeira cadeira do lado do corredor sempre olhando para trás, observando se a sua amada chegava.

   Eu não conhecia a Calista direito porém achei ela super legal e meu lado espiritual fofoqueiro sentia que iria acontecer uma coisa grande.

   Todos os convidados se sentaram e o tal do noivo que nunca fiz questão conhecer arrumou sua gravata ao lado do padre olhando para a porta da casa, uma música lenta bem de casamento mesmo começou a tocar, as pessoas olharam para trás e eu me distraí com o brilho das minhas unhas que refletia no sol.

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