Capítulo 18

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Rose

O quarto de Aly tomava a Ala esquerda do segundo andar da mansão. Tinha um salão com os móveis clássico, um escritório com aparelhos tecnológicos que tomava duas paredes e uma mesa no meio, com uma cadeira estilo Boulle do século 17. Era uma mistura moderna com o Classicismo. 

Uma sala de jantar com mesa para dez pessoas no mesmo estilo. Dois quarto completos, uma pequena sala TV que tomava quase uma parte da parede. O quarto de dormir era repleto de móveis, a cama com o espelho em um azul turquesa e dourado, paredes azuis contra o fundo branco e dourado. Uma lareira recoberta de malaquita verdes. Dois closet  que tomava todas as paredes. O banheiro era um luxo a parte. Uma bancada com duas pias de mármore branco, torneiras douradas que mais pareciam ouro. As paredes todas em mármore branco, duas portas individuais com vasos sanitários, um armário em mármore aberto com toalhas pretas, roxas e brancas. Uma banheira revestida por fora também em mármore. Toda parte de adornos e torneiras em dourado. 

Aquilo tudo só tinha visto nos livros de história ou nos filmes de Hollywood sobre príncipes e princesas. Mas conforme eu tocava nos objetos mais sentia que era real. Será que vou me  acostumar com essa nova vida? Não sei. Só sabia que estava vivendo aquilo e confesso que estava assustada. Minha vontade era de correr e pegar o primeiro avião, voltar para meu país e ir para minha casa, deitar na minha cama, dormir e acordar pensando, que tudo isso não tinha passado de um sonho. 

Agora estou acomodada na cama, tinha acordado logo cedo, mas continuei quieta para não acordar Aly. Pensei no meu bebê e tive plena certeza de que não queria criá-lo neste lugar. 

Sinto um beijo no meu pescoço e sorrio. 

– Já acomoda, meu Anjo? 

– Acordei há alguns minutos. – Menti. 

– Você tem que aprender uma coisa sobre mim. Eu durmo, mas sinto tudo a minha volta. E você já está aí queimando seus neurônios a mais tempo. Ele disse me acariciando debaixo dos pesados cobertores. 

– Então eu durmo com um vidente? – Falei em tom de brincadeira enquanto já sentia meu centro pulsar por suas carícias. Eu estava de roupão e pelada. 

Ele ficou sobre meu corpo e segurou meu rosto. Nos beijamos apaixonados e fizemos amor lento, até nos explodir em mil pedacinhos pelo gozo. 

Tomamos banho juntos e ele me secou e secou meus cabelos. Minhas roupas que ainda estavam na malas fui colocando em cabides e gavetas com sua ajuda. Vesti uma calça preta de tecido quente e uma blusa de lã. Por cima um casaco com capuz, calcei uma meia de  Aly e minha bota. 

Iríamos descer para meu primeiro café da manhã com seus pais. 

Estávamos descendo a escada, quando avistei uma mulher loira, alta, magra, toda de preto e nas mãos trazia um cigarro aceso. Senti o corpo de Aly retesar e segurou firme minha mão. A mulher se virou e sorriu. E começou a falar com Aly de onde estava. 

Eu não tirava os olhos dela, que me olhava com olhos maus. 

Cumprimentei Sofia. Mas Aly tomou a frente e começou a falar com a mãe em russo. A mãe se empertigou e começou a falar em inglês para que eu escutasse. 

– Fale em português Sofia. A partir de agora só vamos nos comunicar em português. Eu sei que fala muito bem, pois foi você quem me ensinou. E o que essa mulher está fazendo na minha casa? Já não proibi sua entrada na minha casa? –  Esbravejou Aly. 

– Você disse muito bem, eu lhe ensinei. Que modos são esses de tratar Desya? -- Sophia respondeu.

__ Não quero essa mulher na minha casa, já conversamos sobre isso. 

Recomeçar é Preciso.Where stories live. Discover now