~ Konohagakure! ~

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Os tons alaranjados do entardecer começavam a ceder para o azul noturno quando o Civic prateado passou pela ultima cancela de jurisdição que eles enfrentariam até chegar ao destino final

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Os tons alaranjados do entardecer começavam a ceder para o azul noturno quando o Civic prateado passou pela ultima cancela de jurisdição que eles enfrentariam até chegar ao destino final.

Um dia e meio dentro de um carro, parando somente para comer e descansar, começava a tornar a viagem cada vez mais cansativa. Izuna não via a hora de chegar logo na tal cidade de Kyoto. Não porque quisesse conhecer a nova morada, mas porque queria que aquele martírio acabasse logo e ele pudesse realmente descansar em uma coisa mais confortável do que o banco de um carro.

Diferente dos irmãos que seguia praticamente desmaiados no banco detrás do carro, Izuna não conseguia descansar em qualquer lugar. Como invejava o comodismo de Óbito, Itachi e Sasuke que estavam dormindo desde a hora do almoço que foi quando pararam pela ultima vez.

Um verdadeiro desgaste! Era o que pensava o mais jovem dos irmãos Uchihas.

Ainda lhe custava acreditar que seu irmão mais velho, Madara, comprara aquela ideia absurda, muito absurda diga de passagem. Uma ideia deixada pelo pai através de um testamento. Izuna ainda achava que o sócio de Tajima tinha passado a perna na família, mas Madara havia dito que tinha estudado meticulosamente os documentos e que o pai deles realmente não tinha nada além de uma sociedade de trinta por cento de uma cidade projeto: Uma Utopia no fim do mundo.

Izuna suspirou e resmungou baixinho.

Madara riu de canto, ainda concentrado na estrada que ficava cada vez mais difícil pela a escuridão. O rosto embirrado do irmão mais novo ainda indicava o quanto ele estava desgostoso. Talvez, a maior parte da indignação era porque ele parecia ser o único a se importar com aquela mudança. E Madara sabia muito bem o porque...: O combos que vinha junto com uma Cidade nova, pessoas estranhas e situações inesperadas sem nenhum conhecido por perto, causava pânico até mesmo nele que era um adulto, imagina em um adolescente de dezesseis anos onde tudo se tornava um drama bem elaborado com direito a choradeira e pipoca.

O Uchiha mais velho gostaria muito de não ter que causar aquele desconforto nos mais novos, mas era necessário se quisessem manter todos unidos.

Madara era responsável pelo novo projeto habitacional de Kyoto chamado Konohagakure: a única coisa que Tajima tinha deixado para os irmãos depois de cometer suicídio. A promessa de uma utopia, depois de cinco longos anos em construção, finalmente havia ficado pronta e Madara precisava estar lá para verificar se tudo estava dentro dos conformes.

A mudança era para ter acontecido no começo daquele ano, mas houve alguns imprevistos e os Uchihas só estavam conseguindo viajar cinco meses após a inauguração. E era por esse motivo que Izuna estava zangado, pois chegaria à escola na metade do ano letivo. Quando todas as "panelinhas" já estavam formadas e algumas aulas bem adiantadas.

O Uchiha mais jovem ajeitou os fones de ouvido, soltando um muxoxo porque o bendito aparelho, de uma hora para a outra, resolvera ficar saindo da orelha.

— O que houve? – Madara perguntou.

Desde que começaram aquela viagem, Izuna quase não falara ou fizeram qualquer movimento brusco, até aquele momento em que perdeu a paciência com os fones e o jogou dentro do porta-luvas.

— Cansei de escutar musica. – Mentiu e retornou com seu olhar melancólico para a pista escura.

Madara olhou de canto para o irmão mais novo e suspirou, queria poder dizer que tudo ficaria bem. Que eles logo se acostumariam, mas nem ele próprio tinha certeza de nada e não queria fazer promessas que não dependia unicamente dele cumpri-las. Entretanto, nenhum do outros irmãos estavam tão mal humorado quando Izuna. Até mesmo Sasuke que havia compartilhado o útero com o Uchiha mais jovem parecia despreocupado no acento logo atrás.

— Izuna... Talvez você esteja fazendo tempestade em uma gota de agua. – Formulou Madara.

Izuna levou o olhar para o motorista, encontrando um sorriso calorosamente discreto. Madara não podia dizer que tudo ficaria bem, mas poderia tenta tranquiliza o mais novo.

— É em um copo d'agua – Madara e Izuna olharam para o banco detrás - Itachi havia acordado. Os Uchihas do banco da frente franziram o cenho. – O ditado correto é "fazendo tempestade em copo d'agua'".

Madara balançou a cabeça, sempre podia contar com Itachi para "piorar" ou "melhorar" a situação.

— Bom... Parece que é mais do que uma gota. – Madara tornou a dizer, tentando soar engraçado. E funcionou... Os três irmãos gargalharam.

— Calem a boca! – Sasuke também despertou. Olhou ao redor e nada tinha mudado desde a ultima vez em que tinha acordado. – Que ótimo... ainda estamos na estrada. Quando vamos chegar a Kyoto?

— Neste exato momento! – Madara falou. – Acordem o Óbito.

A sombra de um sorriso enfeitou os lábios do mais velho. Os olhos de Izuna, Itachi, Sasuke e o recém-acordado Óbito, logo captaram as luzes da cidade logo à frente.

Bem depois de uma plantação de arroz, que eles só conseguiram identificar por conta das luzes do carro, tinha uma placa dizendo "Bem vindos a Kyoto".

Izuna e Sasuke soltaram suspiros lívidos enquanto Itachi observava algumas casas passando rapidamente. Até que o lugar era arrumadinho. Não tinha nenhum bicho estranho, como eles pensaram que teria. E tirando a plantação de arroz, nada mais indicava que era uma cidade interiorana.

Madara adentrou mais um pouco a cidade, até que finalmente eles chegaram a um residencial que mais parecia um resort de tão grande. Havia casas de dois andares para onde quer que olhassem. Vários prédios diferentes, jardins, quadras... Era tudo muito confuso, um sonho. Talvez o cansaço tivesse pregando uma peça grande neles, mas... Até que o lugar era "Uau" como bem dissera Sasuke.

— Eu disse que seria legal. – Madara falou, um pouco admirado com o local. E também aliviado por finalmente ter chegado. – Meninos, sejam bem vindos ao Habitacional Konohagakure!

Os irmãos trocaram olhares entre si. Óbito agradeceu por finalmente poder esticar as pernas, Itachi não fez nenhum esboço, Sasuke conservou a expressão admirada e Izuna apenas sorriu, não tinha mais como fugir. O jeito era começar a se acostumar.

Continua...

Adoráveis Vizinhos!Onde histórias criam vida. Descubra agora