13- Um Lugar "Secreto"

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Fobos fugiu para o único local seguro que ele conhecia, o jardim do palácio…

Pensamento do Fobos:-Eu consegui ferrar com toda a minha vida, todos devem me odiar nesse momento…

-Fobos… (Uma voz vem das costas do Fobos)
-Raven? (Fobos se afasta)
-Desculpa pelo que eu fiz, aquilo não foi correto. (Raven se ajoelha na frente do Fobos)
-Sem problemas… (Fobos se vira)
-Parece que você gosta muito de flores. (Raven observa a atenção do Fobos)
-Sim… (Fobos suspira)
-Vem, eu quero mostrar um lugar para você. (Raven vai até um canto do jardim)
-Do que você está falando? (Fobos olha para o Raven)
-Vem aqui, que eu mostro para você. (Raven estende a mão para o Fobos)
-O que é? (Fobos se aproxima do Raven)
-Olha… (Raven pega um espelho)
-Um espelho… é o que você queria me mostrar? (Fobos cruza os braços)
-Não é o espelho, é a imagem que está nele. (Raven dá um pequeno sorriso)
-O que é… (Fobos fica paralisado)
-Esse lugar, é uma região no território do submundo, é o lugar para onde as almas consideradas dignas vão para ter paz durante algum tempo. (Raven observa o Fobos)
-É… lindo… (Fobos não consegue se mover)
-Gostaria de ver esse lugar? (Raven sorri)
-Mas como… (Fobos recupera o controle)
-Eu levo você até lá. (Raven abre uma fenda no jardim)
-E onde isso aí chega? (Fobos olha para dentro da fenda)
-Ao submundo, vamos, vai ser divertido. (Raven puxa o Fobos e pula com ele)
-Se eu morrer eu mato você!!! (Fobos entra em desespero na queda e desmaia)

-Oi… finalmente acordou… (Raven ajuda o Fobos a se levantar)
-Onde… Onde nós estamos? (Fobos olha para todos os lados)
-Esse é o submundo. (Raven encara o Fobos)
-Ótimo… quer dizer que você me matou? (Fobos cruza os braços)
-Não, você foi trazido vivo, afinal você tem o sangue de um deus. (Raven leva o Fobos até o rio que estava na frente dos dois)
-Que rio é esse? Não me diga que esse é o... (Fobos fica nervoso)
-Exatamente, esse é o rio Aqueronte, o rio do infortúnio. (Raven observa um barco se aproximando devagar)
-Raven, eu não estou gostando nada disso. (Fobos aperta a mão do Raven)
-Calma, não vai acontecer nada de ruim com você, eu não vou deixar. (Raven dá um pequeno sorriso para o Fobos)
-Acredito que vocês precisem atravessar o rio para chegar a casa de justiça. (Falou uma criatura vestida em uma túnica negra, já bem velha e desgastada)
-Acho que você não me reconheceu Caronte, deveria olhar novamente. (Raven encara o Caronte)
-Me desculpe, não havia o reconhecido meu príncipe, entre, levarei os dois sem nada cobrar. (Caronte para o barco próximo à margem do rio)
-Vamos Fobos. (Raven ajuda o Fobos a entrar no barco)
-Onde o senhor deseja ir, majestade? (Caronte começa a remar)
-Precisamos ir á casa de justiça, somente por lá podemos chegar onde eu quero. (Raven se senta do lado do Fobos)
-Muito bem, mas acho que o seu amigo não ficará acordado a viagem inteira. (Caronte olha para o Fobos)
-Do que ele está falando? (Fobos encara o Raven)
-A viagem dura algumas horas. (Raven dá uma risada meio desconfortável)
-Eu acho melhor eu dormir um pouco, me acorda quando chegarmos do outro lado do rio. (Fobos se deita nas pernas do Raven)
-Descanse bem… (Raven fecha os olhos)

3 horas depois…
-Pronto, chegamos á margem do rio. (Caronte para o barco)
-Bem, vamos logo, já demoramos bastante. (Raven sai do barco e ajuda o Fobos a descer)
-Tenha uma boa viajem meu príncipe. (Caronte volta para o rio novamente)
-Quanto tempo ainda demora? (Fobos espreguiça)
-Só precisamos chegar á casa de justiça. (Raven começa a caminhar)
-É aquele local enorme? (Fobos olha para o Raven)
-Exatamente. (Raven continua caminhando)
-Espero que realmente seja o último lugar que precisamos passar. (Fobos segue o Raven)
-Fobos, só me faz um favor não fala nada com os juízes, deixa que eu falo. (Raven diz isso já na frente da casa de justiça)
-Ok… (Fobos fica curioso)
-Vamos… (Raven abre o portão e entra)
-Eu sou o juiz Minos, esses são os juízes Radamanto e Éaco, e quem adentra essa casa de justiça? (Minos olha para Raven e Fobos)
-Sou o príncipe do submundo Raven, e esse é um amigo meu. (Raven encara os juiz Minos)
-Agora compreendo, mas o que o senhor faz nesse lugar, majestade? (Minos fica curioso)
-Preciso ir a um lugar específico. (Raven cruza os braços)
-Se o senhor me permite, a qual lugar o senhor pretende ir? (Radamanto cruza os braços)
-Aos Elísios. (Raven continua sem se preocupar)
-E para que o senhor deseja ir aos Elísios? (Éaco observa atentamente o Fobos)
-Pelo que eu me lembre, eu não devo satisfação a vocês. (Raven tenta achar para onde o Éaco estava olhando)
-Desculpe os dois majestade, eles não desejavam incomodar o senhor com essas perguntas. (Minos se desculpa pelos outros dois juízes)
-Eu aceito as desculpas, com a condição de que abram a entrada para os Elísios. (Raven nem se move)
-Claro. (Minos abre um portal)
-Vamos Fobos. (Raven puxa o Fobos até o portal)
-Chegamos? (Fobos diz isso do outro lado do portal)
-Sim, esses são os Elísios. (Raven mostra um local cheio de flores, um sol bem brilhante no céu, um dia perfeito como jamais ocorreria no mundo dos vivos)
-É lindo… (Fobos se encosta no Raven)
-Está bem? (Raven segura o Fobos)
-Estou, mas acho que não podemos demorar por aqui, já faz bastante tempo que nós saímos. (Fobos fica um pouco desanimado)
-Muito tempo? Fobos, não faz um minuto que nós saímos. (Raven dá uma pequena risada)
-O que? (Fobos fica sem entender)
-O tempo que nós passamos no submundo não foi nada. (Raven começa a caminhar)
-Do que você está falando? (Fobos segue o Raven)
-Por aqui, o tempo passa de forma diferente por aqui. (Raven olha para o Fobos)
-Vou acreditar em você, porque até agora você não mentiu… mais uma vez. (Fobos dá um pequeno sorriso)
-É bom ver que você começou a confiar em mim. (Raven leva Fobos até o centro dos Elísios)
-Essa é a minha área favorita desse lugar, é a parte mais florida. (Raven se deita entre as flores)
-As flores desse lugar são bem diferentes… (Fobos se deita do lado do Raven)
-São as flores de verdade, as mais belas existentes. (Raven suspira)
-Como você sabe tanto sobre flores? (Fobos fica curioso)
-Minha mãe é a deusa das flores e das estações, assim como minha avó. (Raven começa a observar as nuvens)
-Bem engraçado isso, o senhor do mundo dos mortos e uma deusa que meio que é completamente oposta a ele. (Fobos dá uma pequena risada)
-Sim, realmente é algo engraçado. (Raven continua calmo)
-Por que você quis me trazer aqui? (Fobos se senta e olha para o Raven)
-Fiz isso por causa da idiotice que eu fiz com você, eu não deveria ter feito aquilo, e me arrependi. (Raven desvia o olhar)
-Eu agradeço. (Fobos sorri)
-Bem, acho que logo logo temos que voltar. (Raven se levanta)
-Não tem problema, foi divertido fazer isso tudo. (Fobos se levanta também)
-Bem, então vamos lá. (Raven vai até um portal que ele mesmo abriu)
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Novamente no mundo vivo…
-Realmente gostou desta “aventura”? (Raven dá um pequeno sorriso)
-Foi… divertido, com um pouco de chatice, mas foi legal… (Fobos cruza os braços)
-Que bom que você gostou, porque tenho uma coisa para você. (Raven entrega uma flor que ele pegou nos Elísios)
-Raven eu… (Fobos pega a flor)
-Não precisa falar nada, eu sei que você gostou dessas flores, então peguei uma para você. (Raven sorri)
-Realmente agradeço. (Fobos dá um beijo no rosto do Raven, e entra no palácio)

Pensamento do Raven:-Agora sim, isso foi algo que eu gostei, talvez, eu consiga conquistar ele…

Amor e guerra (Amar ou odiar ?  Livro 2)Where stories live. Discover now