7. Perigo

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O time de Sasuke então preparou armadilhas sutis, mas que seriam eficazes para interceptar os possíveis inimigos que estavam próximos da área da fronteira. Os quatro haviam usado linhas, papéis bomba e algumas shurikens. Hinata ainda procurava o alcance dos inimigos para manterem-se distantes e evitar combate corporal.

A área parecia silenciosa, mas um chacoalhar de folhas fez com que Kiba, Sakura, Hinata e Sasuke ficassem prontos para agir. Os ninjas de Kirikagure estavam se aproximando da área armada. Pequenas explosões, cortes, gritos e tentativas de fuga eram vistas durante o avanço dos shinobis da névoa. Alguns deles conseguiam se desvencilhar das armadilhas e, num rompante, descobriram a localização dos shinobis de Konoha.

- Estão ali! Ataquem! – gritava um dos shinobis que estavam com poucos machucados.

- O que faremos, Sasuke? – perguntara Kiba, preparado para atacar.

- Vamos atacar e extrair informações da presença deles aqui na fronteira. – disse o uchiha, encarando o pequeno grupo que ainda estava de pé vindo na direção deles.

O grupo de konoha então se pôs a lutar contra os shinobis de Kirikagure, na intenção de cansá-los e extrair informações. Hinata e Sakura encaravam duas kunoichis que eram espadachins, enquanto Sasuke e Kiba lutavam com dois shinobis mais experientes.

O combate estava acirrado. Ambos os grupos estavam cansando e, num baixar de guarda, Sasuke fora atingido no braço esquerdo, na altura de onde ele tinha implantado a prótese. O moreno grunhiu com a dor que estava sentindo, caindo imediatamente no chão, de joelhos.

- O último dos Uchiha grunhindo por conta de um corte? Hahahah, vou ter o prazer de te matar e ser considerado herói em Kirikagure. – debochava o shinobi que atacara Sasuke.

O homem nem teve tempo de se pôr em pé. Sakura e Hinata se aproximaram, tirando Sasuke da área, enquanto a ninja médica socava o ninja da névoa com toda a força que tinha. Não havia mais perigo alí, mas o estado de Sasuke levantou desespero de todos.

- O que vamos fazer? Não conseguimos nada além de uma luta chata com esses caras. Devemos voltar para cuidar dele? – perguntara Kiba, cansado.

- Ninguém vai voltar. Essa missão será cumprida, com ou sem meu apoio. Tsc...- mesmo sentindo dor, Sasuke se mostrava firme em querer manter a missão até o fim, pois ele ainda se sentia culpado de tudo que fizera no passado, respeitando o sacrifício de Itachi.

- Tem uma gruta aqui perto da fronteira. Vamos acampar lá para que eu possa tratar desse ferimento. – disse a Haruno, pronta para seguir para o local, com o Uchiha apoiado em seus ombros.

A equipe seguiu para o local indicado. O que eles não esperavam que acontecesse era de que o líder deles estivesse febril por conta de um ferimento. Era um choque para Kiba ver Sasuke debilitado, já que eles nunca trabalharam juntos e, para a primeira missão, ver o moreno daquele jeito era o mesmo que dizer que a equipe estava desfalcada.

- Você está com muita febre. Me deixa ver esse corte para tratar logo e amenizar essa febre. – disse Sakura, ajudando o moreno a se sentar e recostar na parede da gruta.

- Hinata, Kiba, procurem por comida, água e madeira para fogueira. Eu vou tratar do ferimento de Sasuke. – ordenou.

- Certo! – exclamaram os dois.

Os dois seguiram para fazer o que Sakura havia pedido. A rosada se virava para ver o ferimento de Sasuke e o vê tremendo de febre. A temperatura do rapaz estava alta e, com um movimento rápido, a kunoichi emanou chakra medicinal nas mãos e tentou amenizar a febre. Sasuke acabara adormecendo. Sakura então ragara a manga da camisa que ele estava para analisar o ferimento.

O corte parecia superficial, mas na verdade era profundo, quase próximo ao ponto de união da prótese com o osso de Sasuke. Como ela não tinha equipamento próprio para fazer, ativou o selo em sua testa e emanou chakra para o ferimento, para que ele fechasse e não infeccionasse. Não demorou muito para que a sensação de dor do rapaz passar e ele manter uma serenidade estampada no rosto.

Ao retornarem com as coisas, Kiba, Hinata e Sakura cuidaram de organizar um jantar e definir quem ficaria de vigia, já que Sasuke não tinha condições.

- Como ele está? Você viu como ficou o braço dele? – perguntara Hinata.

- Ele está bem agora. Usei o poder do byakugou para curá-lo, já que não tinha instrumentos médicos aqui. – disse a rosada.

- Sasuke é forte, mas me surpreendi que ele ficou vulnerável muito rápido.- disse Kiba.

- Ele ainda está em fase de adaptação com a prótese. Mesmo que ele cumpra missões fracas ou qualquer tipo de atividade, só vai ter a firmeza e aceitação do corpo com a prótese com o tempo. As células do Shodaime Hokage ainda não estão totalmente aceitas no corpo dele, mas também não foram rejeitadas.

-hm...o que... o que aconteceu? Por que eu... ai... – Sasuke despertara se sentindo tonto e fraco.

- Você dormiu por horas, Sasuke-kun. E..eu curei seu ferimento e abaixei sua febre. – disse Sakura, fitando o rapaz com leve preocupação.

- Obrigado.

- Bom, já que o Sasuke acordou, Hinata, vamos para a vigília. Sakura, depois você vai. Você deve descansar. – alertou o Inuzuka.

- Tudo bem.

Os dois ficaram na gruta fitando o fogo. Sasuke se levanta para pegar algo para comer e se senta próximo da kunoichi de cabelos rosa. A aproximação dos dois era ainda uma incógnita para Sakura.

- Não queria ter dado trabalho a você. Não esperava que um simples corte me derrubasse tão rápido. – disse o moreno, quebrando o silêncio.

- Eu disse a você que viria para essa missão para ver como você se sairia, além de também ser ninja rastreadora. Não me deu trabalho algum. – disse com um meio sorriso.

- Eu ouvi você dizer que usou o byakugou. Então meu estado era grave.

- Não era. Na verdade eu apenas o curei mais rápido para evitar que viesse a ter uma complicação. Você está se sentindo bem?

- Sim, apenas um pouco fraco. Acho que foi da febre.

- Deixa eu ver como estás.

A rosada então se aproximou do uchiha para ver como o rapaz estava, no entanto, também estava nervosa ao se aproximar dele acordado. Ela lembrara dos momentos em que estiveram juntos e nas sensações que sentira.

Num ato sem pensar, o moreno a puxa para mais perto e fita os olhos esmeraldinos. Ele sentia a paz que ela transmitia, sempre sendo aquela menina que ele sempre evitava quando genins. A mesma sensação que tiveram no quarto do hospital quando ele fora fazer o procedimento estava ali.

- Sas...

Os lábios do moreno mais uma vez se encontravam com os de Sakura. Tudo era calmo. Era novamente um momento em que ela sempre sonhara. O beijo teve um desenvolvimento bem calmo, apenas como se os dois se adaptassem aos movimentos e prolongassem o ato.

Se afastaram para se recomporem e respirar.

- Desculpa. Eu...

- Não tem o que se desculpar. Eu...

- Pensamos que vocês dois nunca fariam isso na vida. Que momento lindo, não é Hinata? – Kiba ria da cara de choque dos dois amigos que se encontravam envergonhados, juntamente com Hinata que ria timidamente.

- Sakura-san, se o Naruto-kun visse isso, seria um grande alarme. – a uzumaki ria.

- Vamos retomar o foco da missão, só se der? Eu já me sinto bem. Vamos para a fronteira. – Sasuke tentava mudar o foco para a missão, tentando acabar com o clima que estava.

- Uuuuh... alguém quer abafar o caso. Hahaha – provocava Kiba.

O quarteto tentava de tudo para terem seriedade com a missão, mas o fato de Hinata e Kiba terem visto Sasuke e Sakura se beijando era assunto para até chegarem em casa, com a missão concluída.

Konoha Hiden: A vida pós guerraWhere stories live. Discover now