Capítulo Onze: " Nos clichês adolescentes as festas acabam com paixões"

341 28 8
                                    


Cedric segurava Fred e George escada acima. Os três cambaleavam de tantas cervejas consumidas.

Flint contava algumas moedas enquanto observava se o trio despencaria pelos degraus.

- Boa noite! – O garoto mal olhou para o quarteto na sala principal da casa.

Sam e Bucky dobravam alguns cobertores e os empilhavam sobre o sofá.

Oliver e eu encaramos o quarteto cômico.

- Te vejo daqui a pouco. – Oli subiu as escadas correndo, antes que eu pudesse responder.

Sam deu uma risada, enquanto Bucky sorriu para mim.

- Vocês vão... – Ele parecia engolir a saliva com certa amargura. – Digo, a escola deixa vocês saírem de noite?

- Sim, quero dizer, sim deixam. – Me aproximei dos dois. Colocando duas sacolas e um casaco sobre o divã. –O último ano tem liberdade para sair. E como estamos em um período estranho, não nos controlam muito mais.

- E ela não estuda mais aqui, Barnes. – Sam piscou para mim, deixando Bucky e eu a sós.

- Eu não contei nada para ele... – O soldado parecia se desculpar.

- Não tem pelo quê se desculpar. – Segurei suas mãos e o sentei no divã comigo. – Eu queria te perguntar se amanhã você quer ir comigo à Hogsmeade... Como você tinha um compromisso com Sam, e os gêmeos queriam muito que o grupo se reunisse após seis anos, não te chamei.

- Não tem pelo quê se desculpar. – Bucky piscou e esfregou minhas mãos nas dele para aquecê-las. – E sim, eu adoraria.

- Você ia perguntar se eu estava saindo com Oli? – Me aproximei de seu corpo quente. – Ele é bem reservado, e me convidou para ir a uma festa com ele... Não queria privá-lo disto... Somos amigos há anos e ele só se solta quando estou perto.

- Não precisa me explicar nada. Nunca. – Seus olhos me fitavam, sérios. Mas ternos. – Só me preocupo com sua segurança.

- Sempre levo minha varinha comigo. – Indiquei com a cabeça para o bolso do casaco jogado ao meu lado. – E tudo que você me ensinou de luta.

Ele assentiu e desabou em um riso.

- Bem, todos esses dias eu usei as roupas dos garotos... que por sinal não vou devolver. – Soltei minhas mãos gentilmente e me dirigi às duas sacolas. – Então hoje resgatei meu dinheiro no banco e comprei algumas roupas.

Barnes parecia absorver tudo como se eu fosse fazer uma chamada oral depois de contar sobre meu passeio.

- Mas elas não são importantes. – Vasculhei uma sacola em busca de um tecido floral. – Fui a uma costureira que conhecia, amiga da família, e desenhei um vestido que vi em uma loja lá no Brooklyn. Ela o fez e vou usá-lo na festa. Quer ver?

- Claro! – Bucky se levantou sorrindo e esperou que eu subisse para me trocar.

No banheiro, me olhei naquela roupa delicada. Um vestido de mangas compridas levemente bufantes, pregadas. Assim como todo o corpo da roupa. Era rosa claro com flores e um elástico no meio, enrugando o corpo da peça até perto do busto. Comprei um sapato rosa de salto e um colar de rosa.

Adoro a magia porque posso arrumar meu cabelo rapidamente, assim como fazer minha maquiagem ou unhas.

Quando desci, Bucky estava encarando um quadro de leão. Ele se movimentava de tempos em tempos, e julgando pelos dedos do soldado batendo na lateral de sua perna, ele cronometrava o intervalo de tempo entre os movimentos.

A Feiticeira DesconhecidaWhere stories live. Discover now